sábado, abril 12, 2014
Consórcio de Universidades a norte
As universidades do norte vão formar um consórcio para terem massa crítica nas canndidaturas a programas europeus, segundo notícias vindas a público esta semana. Na verdade a união devia ser mais ampla, mas já é um começo. Por exemplo na otimização de recursos, com a utilização de equipamentos nas áreas das ciências e das engenharias. mas o que se adivinha é que com os alunos a deixarem de garantir a existência de todos os cursos, seria útil escolher os melhores cursos e encaminhar os alunos para esses cursos. Só assim temos verdadeiramente um nivelamento das Universidades, porque de outra maneira haverá sempre cursos duplicados e o das Universidades do Minho e ainda mais os da Universidade de Trás os Montes ficarão sempre para segunda escolha em relação aos da Universidade do Porto. Não porque os da Universidade do Porto são melhores, mas devido à sua localização privilegiada, junto à costa e geograficamente mais perto de uma maior população estudantil mais preparada para entrar na Universidade. Por estas razões é pouco provável que a Universidade do Porto vá mais longe do que aquilo a que se propõe, otimizar as suas candidaturas a projetos europeus, aumentando a massa crítica. Por isso, não se entusiasmem demasiado com consórcios, porque as Universidades competem umas com as outras na captação de alunos e tudo o resto é folclore. E infelizmente para a UM, não será o Vira.
quarta-feira, fevereiro 26, 2014
UM 40 anos- tolerância de ponto
Temos na Universidade três corpos: os docentes, os não-docentes e os alunos. Havia um equilíbrio na sua representação na eleição do reitor, o órgão máximo da Universidade. Pois com o ministro Mariano Gago tudo isso mudou, No Conselho Geral de 25 membros, há um único funcionário. O que tinha o Mariano Gago contra os funcionários? Nada , pura e simplesmente esqueceu-os. Aproveitando a deixa, os reitores esquecem também os funcionários, as suas aspirações e o seu trabalho na Universidade. É raro ouvir um reitor nos órgãos de comunicação ou mesmo nas suas intervenções na Universidade, falar nos funcionários. É como se não existissem. Mas na nossa instituição, que conhecemos melhor, temos o caso recente de no dia da comemoração dos 40 nos da Universidade do Minho não se ter dado tolerância de ponto aos funcionários para poderem comemorar este dia simbólico. Cada um comemora à sua maneira e mesmo não indo ao desfile, seria uma forma de se lembrar o passado e de respeitar a instituição. Parece que só os docentes que participam no desfile é que são membros de corpo inteiro da universidade e os outros corpos, como os não-docentes, podem ser dispensados dessa manifestação de pertença a algo, neste caso a universidade, e dispensados de comungarem do mesmo sentimento de orgulho. Devo confessar que nunca fui muito de comemorações, mas respeito os que o fazem e sei que muitos gostariam de comemorar esse dia dessa forma... ou de outra. Não o puderam fazer, fruto de um estatuto elitista e de uma universidade que neste dia se mostrou a indiferente aos que a mantêm a funcionar no dia a dia..
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sexta-feira, fevereiro 14, 2014
UM 40 anos
Tem razão o reitor em acusar o ministro de premiar as piores universidades no caso do corte dos 30 milhões(jornal Público hoje). O ministro dá o dito por não dito e agora tenta sair da embrulhada em que se meteu adiando o pagamento só para quem demonstrar que precisa. Há alguma lógica governamental nisto? Mais parece a Cáritas.
Noutra vertente da notícia, a UM faz 40 anos e tornou-se madura. Não sei se isso é uma boa designação. O que é maduro pode significar perda de frescura, de iniciativa, e pode insinuar acomodação à situação de penúria em que se encontra. Pode parecer uma contradição com a própria atitude de desafio, positiva, do reitor, nomeadamente de um reitor jovem. Ás vezes penso que o reitor até quer parecer mais velho, com um semblante carregado e muitas vezes discursos sorumbáticos. Gostaria que se portasse mais como um reitor jovem que é, com irreverência, e parece que foi um assomo dessa escondida irreverência que se vislumbrou nesta crítica ao ministro. Pode ser que seja indicativo de uma atitude mais combativa e dinâmica que só pode beneficiar a imagem da UM. Oxalá assim seja. Estamos a precisar.
Noutra vertente da notícia, a UM faz 40 anos e tornou-se madura. Não sei se isso é uma boa designação. O que é maduro pode significar perda de frescura, de iniciativa, e pode insinuar acomodação à situação de penúria em que se encontra. Pode parecer uma contradição com a própria atitude de desafio, positiva, do reitor, nomeadamente de um reitor jovem. Ás vezes penso que o reitor até quer parecer mais velho, com um semblante carregado e muitas vezes discursos sorumbáticos. Gostaria que se portasse mais como um reitor jovem que é, com irreverência, e parece que foi um assomo dessa escondida irreverência que se vislumbrou nesta crítica ao ministro. Pode ser que seja indicativo de uma atitude mais combativa e dinâmica que só pode beneficiar a imagem da UM. Oxalá assim seja. Estamos a precisar.
sábado, fevereiro 08, 2014
Alunos fora e dentro
Os alunos são o nosso projeto na Universidade, tanto como a ciência. No entanto tratamos os alunos como se fossem material descartável. Vêm e vão. Se vingaram na vida ou não com o que lhes ensinámos, não queremos saber. Eles pensam mais em nós e nos tempos da Universidade do que nós neles. É assim e sempre será, e nós sabemo-lo porque também já fomos alunos e lembramo-nos dos nossos professores, mas eles não se lembram de nós. Mas acontece que quando vemos os nossos ex-alunos em lugares de destaque, nas empresas ou em instituições públicas, sentimos um orgulho que talvez não merecemos sentir, porque se calhar eles estão nesses lugares mais pelo que demonstraram ser capazes lá fora do que demonstraram cá dentro. É por isso contraproducente marginalizar alunos que à partida são pouco trabalhadores ou que têm atitudes que são entendidas como de desinteresse pela matéria que tanto trabalho dá ao professor transmitir!
Também tenho deparado com alunos na indústria que me surpreendem pela forma como ainda tratam o Professor como se estivessem na Universidade a discutir um projeto, isto passados mais de 20 anos da sua formatura. É deveras interessante estar ao mesmo tempo numa discussão de um "projeto" mas na qualidade agora de colega de um ex-aluno. Acontece a alguns de nós mais ligados ao exterior, por força de sermos engenheiros, e é aqui que a Universidade do Minho faz a diferença pois está rodeada de empresas que empregam os nossos alunos e que, através deles ou não, têm projetos com a UM ou com as interfaces da UM com o exterior. Quando dizem que o ensino é para toda a vida, é assim que ele o é, e a meu ver nunca o será pela forma como o querem fazer, com aulas pós-laborais, pois os alunos dessas idades não estão para serem tratados da mesma forma do que quando tinha 20 e poucos anos. Muitos dos seus professores no entanto muitas vezes não compreendem isso. Há uma forma diferente de ensinar estes alunos, mas continuo a dizer que a aprendizagem, é sempre mais fácil no seu local de trabalho, através de diálogos entre pares, aluno e professor, do que intramuros na UM, sujeito a uma cartilha desadequada para este tipo de aluno. Sinto que há um esforço ainda muito grande a fazer para se ajustar o ensino nos cursos pós-laborais para fazermos justiça ao enorme esforço que muitos destes alunos fazem para conciliar a sua vida profissional com a frequência de cursos de ensino superior.
Também tenho deparado com alunos na indústria que me surpreendem pela forma como ainda tratam o Professor como se estivessem na Universidade a discutir um projeto, isto passados mais de 20 anos da sua formatura. É deveras interessante estar ao mesmo tempo numa discussão de um "projeto" mas na qualidade agora de colega de um ex-aluno. Acontece a alguns de nós mais ligados ao exterior, por força de sermos engenheiros, e é aqui que a Universidade do Minho faz a diferença pois está rodeada de empresas que empregam os nossos alunos e que, através deles ou não, têm projetos com a UM ou com as interfaces da UM com o exterior. Quando dizem que o ensino é para toda a vida, é assim que ele o é, e a meu ver nunca o será pela forma como o querem fazer, com aulas pós-laborais, pois os alunos dessas idades não estão para serem tratados da mesma forma do que quando tinha 20 e poucos anos. Muitos dos seus professores no entanto muitas vezes não compreendem isso. Há uma forma diferente de ensinar estes alunos, mas continuo a dizer que a aprendizagem, é sempre mais fácil no seu local de trabalho, através de diálogos entre pares, aluno e professor, do que intramuros na UM, sujeito a uma cartilha desadequada para este tipo de aluno. Sinto que há um esforço ainda muito grande a fazer para se ajustar o ensino nos cursos pós-laborais para fazermos justiça ao enorme esforço que muitos destes alunos fazem para conciliar a sua vida profissional com a frequência de cursos de ensino superior.
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sexta-feira, janeiro 31, 2014
A inevitablidade das praxes no atual contexto das universidades
As praxes entraram no quotidiano estudantil há anos com todos os abusos conhecidos que se praticam em seu nome. Já quase tudo foi dito nos últimos dias sobra a praxe. Esvaziou muito do que se poderia dizer nesta altura, muito por causa da tragédia ocorrida a praia do Meco recentemente. Não havendo mortes, não havia discussão. Mas mesmo assim nota-se um silêncio ensurdecedor por parte das associações de estudantes e das reitorias das universidades. Não há tomadas de posição enérgicas como se esperaria que houvesse.Talvez porque se sentem impotentes ou no caso dos reitores talvez porque são demasiado respeitadores da autonomia dos estudantes. Que relação existe e que acordos existem entre a administração das universidades, reitor e conselho geral, e as comissões de praxes? Algum acordo deve haver para a organização das praxes uma vez que elas ocorrem dentro dos campi. No entanto esses acordos não são conhecidos.
Para um aluno que entra numa Universidade e é confrontado com grupos organizados de alunos mais velhos, estando ele sozinho, que pode ele fazer senão submeter-se às ordens desses grupos, autodenominados comissões de praxe, subcomissões, sub-subcomissões e por aí fora, desde o 5º ano até ao segundo ano?
Para acabar com as praxes teria que haver uma proibição total de praxes no campus para começar. Em segundo lugar não deve haver receção aos alunos por alunos mais velhos, porque esse é uma forma de passar ao passo seguinte que será o encaminhamento dos alunos para as práticasdas praxes por infiltração nessas receções dos praxantes. É um pouco como a infiltração de grupos nazis nas claques de futebol. São ambos parasitas que aproveitam o momento para atuarem.
Os professores que tanto gostam destas receções são eles também, ingenuamente, ou não, veículos da transmissão de um sentido de impunidade dos alunos mais velhos. No caso da UM, muitos dos lugares chave da Universidade que lidam com os alunos, nos SASUM etc, são ocupados por ex-alunos que foram eles próprios líderes de comissões do género no âmbito das suas atividades na Associação Académica. São estes muitas vezes a face da autoridade da Universidade, envolvidos há anos em atividades estudantis com os mesmos que dominam as praxes. Como vai um aluno recém chegado reagir perante tal rede organizada e interligada por interesses do mais variado tipo: desportos, festas, subsídios, alojamento (residências), transportes, internet, farmácias, parques, etc. Por sua vez, existe uma presença elevada dos alunos da Associação Académica, ou quem eles lá colocam através de eleições pouco concorridas, no Conselho Geral que por sua vez elege o reitor.
As Associações Académicas, que por muito que digam que não têm nada a ver com as praxes e com as comissões das praxes quase ninguém acredita, porque não teriam a força que têm se não houvesse promiscuidade entre ambas, têm um poder exagerado nos órgãos da universidade e essa é uma das razões porque as praxes não acabam tão cedo.
As outras razões já foram discutidas: é uma forma de protagonismo coletivo dos mais velhos, que por terem uma capa ostentam-na como se um tecido preto significasse alguma coisa. Não a ganharam, compraram-na. Os professores para usarem uma coisa semelhante, o traje, tiveram que prestar provas. Os alunos não. No entanto parece da forma como a ostentam em frente dos caloiros, que ela foi ganha. Só se foi ganha por terem já sido praxados! Nesse caso, se é essa a perceção dos vários intervenientes, os caloiros aspiram a no ano seguinte poderem também a vestir, para também eles poderem ter esse estatuto que eles sentem como poder absoluto (e sentem-no na pele!).
Estamos perante um fenómeno muito parecido com aquilo que se passa em colégios internos, que têm uma hierarquia entre estudantes. Mas as praxes agravam esta hierarquia com pequenas malvadezes que só diferem de bullying por serem perpetradas em grupos de estudantes e não individualmente. O bullying pelo menos psicológico, vem a seguir, sobre aqueles que não integram as praxes. Por isso penso não ser possível permitir praxes de brincadeira e só proibir as violentas e humilhantes, como tem sido sugerido por algumas Associações e alguns reitores, incluindo o da UM, ao quererem fazer algo para minimizar os danos. Não é possível distingui-las objetivamente, a meu ver. Que as reitorias façam o seu dever e proíbam no campus quaisquer praxes e se os estudantes querem divertir-se que o façam sem a tutela dos mais velhos, porque está visto que os mais velhos se aproveitam da fragilidade psicológica que estes alunos se encontram quando entram na Universidade pelo facto de estarem num meio que desconhecem e não têm aliados. Aqueles que deveriam ser os seus aliados, os que ocupam cargos de relevo na instituição para os proteger não o são objetivamente. Para começar, o procurador do aluno deve ser extinto por não os proteger ou não ter a capacidade de os proteger. Para substitui-lo, cada aluno do primeiro ano poderia ter um tutor escolhido entre os professores do seu departamento. Seria alguém a quem o aluno pudesse recorrer. Lá fora, pelo menos na Universidade onde estudei, existe esse sistema. Uma coisa é certa, muitos de nós professores também nos sentimos impotentes por não atuarmos. Poderia ser desta forma ou de outra. Não podemos é desistir e deixar estes alunos indefesos. Para bem da nossa memória coletiva e do futuro desses alunos, praxados e expraxados/praxantes, como pessoas de mente sã.
Para um aluno que entra numa Universidade e é confrontado com grupos organizados de alunos mais velhos, estando ele sozinho, que pode ele fazer senão submeter-se às ordens desses grupos, autodenominados comissões de praxe, subcomissões, sub-subcomissões e por aí fora, desde o 5º ano até ao segundo ano?
Para acabar com as praxes teria que haver uma proibição total de praxes no campus para começar. Em segundo lugar não deve haver receção aos alunos por alunos mais velhos, porque esse é uma forma de passar ao passo seguinte que será o encaminhamento dos alunos para as práticasdas praxes por infiltração nessas receções dos praxantes. É um pouco como a infiltração de grupos nazis nas claques de futebol. São ambos parasitas que aproveitam o momento para atuarem.
Os professores que tanto gostam destas receções são eles também, ingenuamente, ou não, veículos da transmissão de um sentido de impunidade dos alunos mais velhos. No caso da UM, muitos dos lugares chave da Universidade que lidam com os alunos, nos SASUM etc, são ocupados por ex-alunos que foram eles próprios líderes de comissões do género no âmbito das suas atividades na Associação Académica. São estes muitas vezes a face da autoridade da Universidade, envolvidos há anos em atividades estudantis com os mesmos que dominam as praxes. Como vai um aluno recém chegado reagir perante tal rede organizada e interligada por interesses do mais variado tipo: desportos, festas, subsídios, alojamento (residências), transportes, internet, farmácias, parques, etc. Por sua vez, existe uma presença elevada dos alunos da Associação Académica, ou quem eles lá colocam através de eleições pouco concorridas, no Conselho Geral que por sua vez elege o reitor.
As Associações Académicas, que por muito que digam que não têm nada a ver com as praxes e com as comissões das praxes quase ninguém acredita, porque não teriam a força que têm se não houvesse promiscuidade entre ambas, têm um poder exagerado nos órgãos da universidade e essa é uma das razões porque as praxes não acabam tão cedo.
As outras razões já foram discutidas: é uma forma de protagonismo coletivo dos mais velhos, que por terem uma capa ostentam-na como se um tecido preto significasse alguma coisa. Não a ganharam, compraram-na. Os professores para usarem uma coisa semelhante, o traje, tiveram que prestar provas. Os alunos não. No entanto parece da forma como a ostentam em frente dos caloiros, que ela foi ganha. Só se foi ganha por terem já sido praxados! Nesse caso, se é essa a perceção dos vários intervenientes, os caloiros aspiram a no ano seguinte poderem também a vestir, para também eles poderem ter esse estatuto que eles sentem como poder absoluto (e sentem-no na pele!).
Estamos perante um fenómeno muito parecido com aquilo que se passa em colégios internos, que têm uma hierarquia entre estudantes. Mas as praxes agravam esta hierarquia com pequenas malvadezes que só diferem de bullying por serem perpetradas em grupos de estudantes e não individualmente. O bullying pelo menos psicológico, vem a seguir, sobre aqueles que não integram as praxes. Por isso penso não ser possível permitir praxes de brincadeira e só proibir as violentas e humilhantes, como tem sido sugerido por algumas Associações e alguns reitores, incluindo o da UM, ao quererem fazer algo para minimizar os danos. Não é possível distingui-las objetivamente, a meu ver. Que as reitorias façam o seu dever e proíbam no campus quaisquer praxes e se os estudantes querem divertir-se que o façam sem a tutela dos mais velhos, porque está visto que os mais velhos se aproveitam da fragilidade psicológica que estes alunos se encontram quando entram na Universidade pelo facto de estarem num meio que desconhecem e não têm aliados. Aqueles que deveriam ser os seus aliados, os que ocupam cargos de relevo na instituição para os proteger não o são objetivamente. Para começar, o procurador do aluno deve ser extinto por não os proteger ou não ter a capacidade de os proteger. Para substitui-lo, cada aluno do primeiro ano poderia ter um tutor escolhido entre os professores do seu departamento. Seria alguém a quem o aluno pudesse recorrer. Lá fora, pelo menos na Universidade onde estudei, existe esse sistema. Uma coisa é certa, muitos de nós professores também nos sentimos impotentes por não atuarmos. Poderia ser desta forma ou de outra. Não podemos é desistir e deixar estes alunos indefesos. Para bem da nossa memória coletiva e do futuro desses alunos, praxados e expraxados/praxantes, como pessoas de mente sã.
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quarta-feira, janeiro 01, 2014
Mensagens de ano novo
Já nos habituámos a receber mensagens de Natal e Ano Novo em formato eletrónico, e-mail ou telemóvel, e de muito mais gente do que acontecia há uns anos atrás, devido à facilidade que as novas tecnologias permitem que isso aconteça. Recebemos na UM-net mensagens até de pessoas que não conhecemos, por essas mensagens serem enviadas para listas, do género todos@. Quando se trata de um diretor de departamento ou Escola ou da reitoria, é natural. Pensamos que os que estão nesses lugares querem nos dar algum conforto sobre o ano que se adivinha. Quando são colegas do mesmo departamento aceita-se que esses votos são sinceros, por convivermos com eles no dia a dia. Mas quando são colegas de outros departamentos que mal conhecemos seja pelo nome ou pessoalmente? Mas quando são colegas que não detêm qualquer posto de gestão no momento em que envia a mensagem? Que dizer de mensagens que não só são universais, dirigindo-se a todos, mas que divulgam nomes de colegas que o autor da mensagem acha que merecem particularmente ser mencionados, pelo que têm alcançado em I&D, desejando-lhes a eles em particular mais sucessos no futuro ano? Que dizer se essas mensagens são de alguém que não detém um cargo de gestão mas que já a ocupou e que escolheu o momento depois de o deixar em vez de o ter feito durante? É conhecida a atitude de alguns envolvidos na gestão ou em equipas de investigação, o seu pudor compreensivo, quando não querem particularizar ninguém de um grupo, sob pena de ser injusto e deixar alguém de fora. Ora, parece que esse pudor desapareceu. Parece que não existe etiqueta ou boas maneiras neste capítulo. Nestes casos, percebe-se a falta de homens com um sentido de Estado, sentido do dever, mesmo que o "estado" seja só uma parcela desse estado, como por exemplo uma universidade, e só transmite para o exterior uma imagem de uma instituição de província que não consegue preencher esses lugares do topo com gente com o sentido do dever e da contenção, mas que só o consegue com gente com o instinto do que pode lucrar pessoalmente por via da sua posição no topo da hierarquia académica. Muitas vezes esses cargos de gestão, tal como cargos políticos, permitem os detentores desses cargos de conseguirem contactos que mais tarde lhes serão úteis para ocuparem cargos muitas vezes designados por "tachos". E esse trabalho de autopromoção pode continuar mesmo depois de deixar o "governo", entrando pelo novo ano adentro, com mensagens que muitos de nós dispensaríamos. Eu falo por mim e espero que esses auto-convencidos "opinion makers" me tirem da lista quando as enviarem para todos@ !
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domingo, dezembro 22, 2013
Discrepâncias do ensino público
Mais um ano a acabar e o Ensino Superior com cada vez mais preocupações para o futuro. O financiamento é a principal preocupação as há ainda a baixa no número de alunos que se verificou este ano e que não se perspetive que melhore. O descrédito na empregabilidade de um curso superior será a principal razão mas a crise que impede que muitos alunos de famílias em dificuldades frequentem o Ensino Superior é outra razão . E aqueles no interior do País estarão pior por terem que suportar, ou os seus pais, custos da sua estadia e viagens. Tudo isto é sabido e não merece mais que um encolher de ombros tanto pela aparte dos governantes como da generalidade da população. Por outro lado muitos cursos estão desajustados ao tecido empresarial, não sendo possível atribuir culpas só para um lado, ensino ou empresas, uma vez que ambos têm culpas. Os professores vivem do seu salário e o seu lugar a médio prazo depende do número de horas letivas. Por isso é natural que se defendam e se direcionem para áreas populares, que sabem que atraem mais alunos, aumentando o número cláusus não tendo em atenção a empregabilidade dos seus alunos. Não havendo no país empresas suficientes para todos estes licenciados, em áreas como a biologia, engenharia biomédica, engenharia biológica, gestão, direito, humanidades, educação e agora mais recentemente engenharia civil, porque se insiste em números cláusus tão elevados para estas áreas? Ao menos a engenharia têxtil já há muito que não ultrapassa os dez a quinze alunos, muito devido á impopularidade do setor espelhado nos meios de comunicação, havendo por isso uma oportunidade para os seus alunos terem acesso a um emprego na indústria.
A ideia do ministro de cursos mais curtos nos politécnicos, cursos de dois anos, se fossem cursos práticos, até que não é má ideia. Agora não exigindo o 12ºano, baixa logo o nível o que não é o que os empresários de empresas evoluídas querem, e não tendo os recursos em termos laboratoriais, ou parcerias industriais asseguradas, só pode ser mais uma medida avulso "sem pés para andar". Esperemos que me engane, a bem dos nossos jovens e das nossas empresas.
Também há o risco de estarmos a formar pessoas para serem soldadores e eletricistas no Luxemburgo, França ou Suiça, como já aconteceu com os cursos profissionais.
Mas não havendo alternativa, tem que haver ensino intermédio neste país, que tanta falta faz.
Em contraste com este nível de aplicação tão imediata, temos os cursos de doutoramento ou doutoramentos que proliferam, e que não são aproveitados pelas empresas, na sua grande maioria.
Li na imprensa que os jovens irlandeses estão a voltar à agricultura, e os islandeses à pesca (hoje no Público), fruto da crise porque passaram as profissões "de gabinete" durantes estes últimos anos de crise. Em Portugal também já se ensaiam alguns passos nesse sentido. Será uma alternativa digna para os jovens com essa vocação e talvez o país saia do buraco em que se meteu com a PAC desde que entrou para a CE e que simultaneamente como medida compensatória, que nós aceitámos como país subdesenvolvido que éramos, aliciou jovens a fazerem cursos de formação profissional que se percebeu eram mais uma forma de financiar monitores, consultores e os próprios alunos que tanto mal fizeram ao país, fazendo o país perder tempo, que era precioso para o país sair do atraso em que estava. O ensino secundário não ajudou com alguns (quantos?) turbo-professores a ensinar o pouco que aprenderem nas instituições superiores mais preocupadas em elas próprias terem alunos/professores. Por muito que me custe, até concordo com o ministro nesta tentativa de por alguma ordem nesta imensa vaga de professores que "assaltam" anualmente os poucos lugares vagos que existem. Quais os critérios de admissão? No ensino superior era e é a média, sendo que há uma avaliação prévia que se chama doutoramento. Quando é que os professores do ensino básico e secundário percebem que a avaliação é sinónimo de qualidade?
Claro que não pretendo que será esta avaliação que se tornou numa farsa (porquê só os contratados e desses aqueles que têm menos de 5 anos de profissão?), mas é que eles não quiseram nem querem nenhuma avaliação. E deste modo os pais que podem põem os seus filhos no privado, colégios em Lisboa, Porto e Coimbra, ficando o resto do País e os outros pais desses distritos que não têm posses, dependentes de um ensino público nos últimos lugares do ranking.
E então para piorar o ensino público afastam-se os melhores alunos com o cheque-ensino ! Será que ficará alguma coisa de pé no ensino público com toda esta confusão (por parte dos professores) e desmantelamento (do governo) quando acabar este período de insanidade coletiva?
A ideia do ministro de cursos mais curtos nos politécnicos, cursos de dois anos, se fossem cursos práticos, até que não é má ideia. Agora não exigindo o 12ºano, baixa logo o nível o que não é o que os empresários de empresas evoluídas querem, e não tendo os recursos em termos laboratoriais, ou parcerias industriais asseguradas, só pode ser mais uma medida avulso "sem pés para andar". Esperemos que me engane, a bem dos nossos jovens e das nossas empresas.
Também há o risco de estarmos a formar pessoas para serem soldadores e eletricistas no Luxemburgo, França ou Suiça, como já aconteceu com os cursos profissionais.
Mas não havendo alternativa, tem que haver ensino intermédio neste país, que tanta falta faz.
Em contraste com este nível de aplicação tão imediata, temos os cursos de doutoramento ou doutoramentos que proliferam, e que não são aproveitados pelas empresas, na sua grande maioria.
Li na imprensa que os jovens irlandeses estão a voltar à agricultura, e os islandeses à pesca (hoje no Público), fruto da crise porque passaram as profissões "de gabinete" durantes estes últimos anos de crise. Em Portugal também já se ensaiam alguns passos nesse sentido. Será uma alternativa digna para os jovens com essa vocação e talvez o país saia do buraco em que se meteu com a PAC desde que entrou para a CE e que simultaneamente como medida compensatória, que nós aceitámos como país subdesenvolvido que éramos, aliciou jovens a fazerem cursos de formação profissional que se percebeu eram mais uma forma de financiar monitores, consultores e os próprios alunos que tanto mal fizeram ao país, fazendo o país perder tempo, que era precioso para o país sair do atraso em que estava. O ensino secundário não ajudou com alguns (quantos?) turbo-professores a ensinar o pouco que aprenderem nas instituições superiores mais preocupadas em elas próprias terem alunos/professores. Por muito que me custe, até concordo com o ministro nesta tentativa de por alguma ordem nesta imensa vaga de professores que "assaltam" anualmente os poucos lugares vagos que existem. Quais os critérios de admissão? No ensino superior era e é a média, sendo que há uma avaliação prévia que se chama doutoramento. Quando é que os professores do ensino básico e secundário percebem que a avaliação é sinónimo de qualidade?
Claro que não pretendo que será esta avaliação que se tornou numa farsa (porquê só os contratados e desses aqueles que têm menos de 5 anos de profissão?), mas é que eles não quiseram nem querem nenhuma avaliação. E deste modo os pais que podem põem os seus filhos no privado, colégios em Lisboa, Porto e Coimbra, ficando o resto do País e os outros pais desses distritos que não têm posses, dependentes de um ensino público nos últimos lugares do ranking.
E então para piorar o ensino público afastam-se os melhores alunos com o cheque-ensino ! Será que ficará alguma coisa de pé no ensino público com toda esta confusão (por parte dos professores) e desmantelamento (do governo) quando acabar este período de insanidade coletiva?
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domingo, novembro 24, 2013
Coincidências
O reitor tomou posse do seu segundo mandato. Uma cosia curiosa, é a de ser mais um engenheiro para a reitoria que entra no seu segundo mandato. Será que isto tem algum significado? Aliás que me lembre só houve dois reitores que não eram engenheiros, o Chainho Pereira e o Lúcio Craveiro. Também foram os que estiveram lá menos tempo. Será que a apetência apara o cargo é maior por parte dos engenheiros? A Escola de Engenharia é a maior Escola mas isso já não explica tudo uma vez que é o Conselho Geral quem vota e os engenheiros nem são maioritários nesse Conselho. Regra geral também todos eles foram Presidentes da Escola de Engenharia.Terá a ver com o lobbying, mais eficaz por parte dos Presidentes da Escola de Engenharia junto das outras Escolas? O que é certo é que as coincidências são muitas e não serão só coincidências.
Falando de coincidências mas noutra nota completamente diferente; agora que se comemora os cinquenta anos da morte de John Fitzgerald Kennedy, JFK, recomendo o livro de Don De Lillo intitulado LIBRA. Dá uma visão dos factos que dá que pensar e acreditar na versão do complot.
Falando de coincidências mas noutra nota completamente diferente; agora que se comemora os cinquenta anos da morte de John Fitzgerald Kennedy, JFK, recomendo o livro de Don De Lillo intitulado LIBRA. Dá uma visão dos factos que dá que pensar e acreditar na versão do complot.
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segunda-feira, novembro 04, 2013
Qual estratégia?
As Universidades tiveram os maiores cortes de sempre. Estão em risco empregos de professores, começando mais uma vez pelos mais fracos, os convidados e os leitores. É muitas vezes dito pelos responsáveis da instituição que os salários cobrem 90% do orçamento. Sendo assim, como é possível continuarem com a abertura de concursos para os funcionários como tem vindo anunciado no DR nos últimos anos? O que é mais importante, abrir concursos para lugares de topo (técnicos superiores, chefes de divisão..) da função pública que se continuam a fazer que oneram a instituição para os próximos anos, numa altura de cortes orçamentais, caso se tenham esquecido, ou manter os professores convidados que trazem prestígio à instituição ou leitores que trazem conhecimento em línguas e culturas e enriquecem o ensino universitário? Sei que é difícil escolher, porque os funcionários também merecem um reconhecimento pelo seu trabalho. Mas precisamente porque não estamos em ano de vacas gordas, essa promoção deve ser feita criteriosamente e com parcimónia, sem portanto por em causa o bom funcionamento do ensino e a qualidade do ensino com despedimento de professores.
Outra consequência dos cortes é a degradação dos equipamentos da Universidade, que põem em causa o ensino experimental e a investigação, precisamente a pedra chave do programa de candidatura do reitor. Como conciliar tudo isto? Com a vinda de estudantes estrangeiros? Temos os de expressão portuguesa, a começar pelos brasileiros. Qual o resultado dos últimos anos no que respeita a estes alunos? Alguém fez uma avaliação séria? Só depois de uma avaliação do seu desempenho e da mais valia que trazem ara a Universidade é que se pode insistir nessa opção.
Não seria demais fazer também uma avaliação aos cursos e à sua empregabilidade senão a Universidade passa a ser um lugar para os jovens passarem uns anos entretidos, o que agrada aos pais, e depois logo se vê. E assim o desemprego jovem já ultrapassa os 40% para este jovens, e muitos empregados estão em profissões em muitos casos provisórias, e que não têm nada a ver com a sua área de formação.
Claro que o emprego também depende de medidas governamentais, e estas são no sentido de cortar nos consumo, ao cortar nos salários e pensões, e isto tem como todos sabem consequências nas empresas e consequentemente no trabalho. A Função Pública em vez de promover deveria empregar mais jovens, e a Universidade não seria uma exceção, não fosse o congelamento das novas contratações. Mesmo isto está mal contado, porque a Universidade tem-no feito a conta-gotas supostamente devido à autonomia universitária. Mas tem-no feito in extremis, enquanto que as promoções tem-no aparentemente feito sem complexos. Só que isto, como já referido, tem custos. É a tal anedota de puxa ao lençol, destapa os pés.
Outra consequência dos cortes é a degradação dos equipamentos da Universidade, que põem em causa o ensino experimental e a investigação, precisamente a pedra chave do programa de candidatura do reitor. Como conciliar tudo isto? Com a vinda de estudantes estrangeiros? Temos os de expressão portuguesa, a começar pelos brasileiros. Qual o resultado dos últimos anos no que respeita a estes alunos? Alguém fez uma avaliação séria? Só depois de uma avaliação do seu desempenho e da mais valia que trazem ara a Universidade é que se pode insistir nessa opção.
Não seria demais fazer também uma avaliação aos cursos e à sua empregabilidade senão a Universidade passa a ser um lugar para os jovens passarem uns anos entretidos, o que agrada aos pais, e depois logo se vê. E assim o desemprego jovem já ultrapassa os 40% para este jovens, e muitos empregados estão em profissões em muitos casos provisórias, e que não têm nada a ver com a sua área de formação.
Claro que o emprego também depende de medidas governamentais, e estas são no sentido de cortar nos consumo, ao cortar nos salários e pensões, e isto tem como todos sabem consequências nas empresas e consequentemente no trabalho. A Função Pública em vez de promover deveria empregar mais jovens, e a Universidade não seria uma exceção, não fosse o congelamento das novas contratações. Mesmo isto está mal contado, porque a Universidade tem-no feito a conta-gotas supostamente devido à autonomia universitária. Mas tem-no feito in extremis, enquanto que as promoções tem-no aparentemente feito sem complexos. Só que isto, como já referido, tem custos. É a tal anedota de puxa ao lençol, destapa os pés.
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sexta-feira, outubro 18, 2013
A repetição de mais um mandato
O reitor foi eleito pelo Conselho Geral por 13 votos a favor e 9 em branco. Foi uma votação em branco que vai para além das fações da "oposição" que compõem o Conselho Geral, o que pode significar um certo desgaste da sua imagem. Não deixa de ser uma vitória, mas que não cria grandes expetativas. O mandato anterior, passou sem grandes sobressaltos, não sem algumas pequenas ações derivado dos cortes orçamentais, como o despedimento dos professores convidados que ainda restavam e de leitores, nas humanidades. A implementação de um curso de Design do produto surgiu no início do seu mandato, sendo algo de novo que pode vir a dar frutos e que potencia as relações entre a UM e a Câmara de Guimarães, o que é positivo. Mas para quem está fora dos órgãos que acompanham o que se passa nas Escolas, já que é aí que ocorrem estas e outras ações, não se apercebe das mudanças que vão tendo lugar aos poucos nas estruturas e nas cúpulas nas Escolas e que influência isso tem tido no dia a dia dos Professores. Quanto à I&D, sem financiamento também não há milagres, mas espera-se sempre que quando há uma mudança que haja novidades. Na Escola de Engenharia, por exemplo, houve uma mudança de Presidente e espera-se para ver que novidades surgirão. Na reitoria, não tendo havido mudança de reitor, não se esperam grandes mudanças. Aliás a equipa reitoral quase se manteve inalterável, o que já indica alguma coisa. Talvez a maior novidade tenha sido a entrada de Rui Reis, que dará uma esperança aos que anseiam por um apoio à componente de I&D da UM. Mais uma vez, digo, não se fazem omeletes sem ovos, e sem recursos, é provável que não haja resultados. Não queria deixar de referir como positivo que no Conselho Geral estará (?) o António Murta, um homem formado na UM e que já demonstrou como é possível a alguém que, mostrou como se pode ter influencia para além das fronteiras restritas do Minho, com base no conhecimento, na força de vontade e sobretudo pragmatismo, algo que talvez precisemos para suportar o marketing de imagem da UM que tem sido um dos vértices da política do último mandato do reitor.
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domingo, setembro 08, 2013
O desaparecimento forçado dos cursos têxteis e as responsabilidades do CG na sua remodelação
Mais um ano de muito poucos alunos nesta primeira fase de colocações no curso de Engenharia Têxtil. Nada de extraordinário nisto, a não ser o facto de ser agora um curso diurno, que se pensava seria a solução ou parte dela, para aumentar o número de alunos significativamente. Penso que é altura de definitivamente pensar no fim do curso, por muito que nos custe a todos que ensinaram durante anos neste curso. Não é só inviável do ponto de vista económico mas também não é eficiente. Outros alunos entrarão por outras vias, alguns na segunda fase, outros vindos dos cursos tecnológicos com entrada direta, como tem acontecido nos últimos anos, mas o facto é que mesmo assim não serão suficientes e muitos destes alunos trabalham e prefeririam o curso pós-laboral que em princípio não funcionará por ter tido zero alunos nesta primeira fase. Há outras alternativas para o ensino de engenharia têxtil e particularmente para o ensino de química têxtil, uma área de extrema importância para a indústria de acabamentos, a que tem mais valor acrescentado no sector. Já existe um Mestrado em Química Têxtil. Poderia haver também um Mestrado em Engenharia Têxtil, vocacionado mais para a engenharia mecânica e de gestão industrial, podendo ser uma especialização para os alunos saídos destes cursos e engenharia que se interessavam ou conseguissem emprego na indústria têxtil, que se encontra neste momento de boa saúde, muito devido ao aumento das exportações.
O problema da indústria têxtil foi precisamente o seu divórcio das outras indústrias a montante, a de metalomecânica e a de produtos químicos têxteis. Assim acontece no ensino da UM entre os cursos correspondentes, o de metalomecânica e o de química. Num passado recente havia um curso de química têxtil que o departamento de química fechou. Embora os números rondassem os 10 a 15 alunos. Todos os alunos do último ano em que este curso funcionou encontraram emprego. Nos anos anteriores, embora não tendo dados sobre o emprego, tenho a noção que também não tiveram grandes problemas em arranjar emprego uma vez que me cruzo com ex-alunos desse curso em visitas a empresas de acabamentos e em redes sociais . A componente de química junto com a de têxtil assegura a sua competência para lugares chave nas empresas de acabamentos têxteis. Há atitudes de departamentos, que por razões de interesses próprios, prejudicam o serviço que a UM deveria ter para com a sociedade e neste caso em particular para com a indústria preponderante envolvendo o pólo de Azurém, Guimarães, e Barcelos, que é a indústria têxtil. Não se entende como a autonomia dos departamentos, como o de Química neste caso, e a autonomia da Escolas, a de Ciências, chegue a este ponto, sem que a Reitoria tenha atuado para defender o interesse da região e do País. Haverá outros casos em que cursos desaparecem, ou desaparecerão, com a crise de alunos a intensificar-se sem que a Universidade possa impedir. Segundo o RJIES, criar cursos depende agora do Conselho Geral e do reitor. E encerrar cursos ou alterá-los de forma a que para todos os efeitos desapareçam, como aconteceu com o curso de Química-opção materiais têxteis? Também ! Afinal com a extinção do Conselho Académico pelo RJIES não será o Conselho Geral senão que deve analisar a extinção ou alteração de cursos? E não deve criar comissões para sugerir alternativas como neste caso do curso de Engenharia Têxtil ou de Química Têxtil em que vários departamentos e Escolas terão que estar forçosamente envolvidas? Há ainda o curso de Design e Marketing Têxtil, o doutoramento, que funciona há anos sem a colaboração da Escola de Economia na componente de Marketing. Como foi isto possível? O resultado tem sido o de doutorados com teses que não têm a chancela de verdadeiros especialistas nessa área e talvez também por isso, já causaram dissabores à UM em casos mediáticos de plágio.
Alterações que descaracterizam os cursos devem ser cuidadosamente avaliadas e ramos ou opções devem ser escolhas logo de início para não haver descaracterização !Truncar o ramo têxtil e empurrando a sua escolha para o meio do curso, quando antes era obrigatório escolher o ramo têxtil,(ou polímeros) no ato de inscrição, deu aos professores de química a possibilidade de de desviar os alunos para um opção introduzida de química científica (?). O resultado foram zero alunos nos últimos anos nas opções têxteis. O que fizeram os responsáveis do departamento na altura? Aceitaram estas condições e concentraram-se no curso de Design têxtil, como se este curso compensasse esta perda em química têxtil. Parece que há agora uma tentativa tímida de recuperar algumas opções têxteis no remodelado curso de química, uma vez que o curso não teve o sucesso que o departamento esperava. Esperemos que esta tentativa não seja mais um "embuste", palavra que tem sido usada ultimamente para quem nos quer atirar poeira para os olhos, e que o Conselho Geral faça o seu trabalho na defesa dos interesses duma indústria tão importante para a região e para o País.
O problema da indústria têxtil foi precisamente o seu divórcio das outras indústrias a montante, a de metalomecânica e a de produtos químicos têxteis. Assim acontece no ensino da UM entre os cursos correspondentes, o de metalomecânica e o de química. Num passado recente havia um curso de química têxtil que o departamento de química fechou. Embora os números rondassem os 10 a 15 alunos. Todos os alunos do último ano em que este curso funcionou encontraram emprego. Nos anos anteriores, embora não tendo dados sobre o emprego, tenho a noção que também não tiveram grandes problemas em arranjar emprego uma vez que me cruzo com ex-alunos desse curso em visitas a empresas de acabamentos e em redes sociais . A componente de química junto com a de têxtil assegura a sua competência para lugares chave nas empresas de acabamentos têxteis. Há atitudes de departamentos, que por razões de interesses próprios, prejudicam o serviço que a UM deveria ter para com a sociedade e neste caso em particular para com a indústria preponderante envolvendo o pólo de Azurém, Guimarães, e Barcelos, que é a indústria têxtil. Não se entende como a autonomia dos departamentos, como o de Química neste caso, e a autonomia da Escolas, a de Ciências, chegue a este ponto, sem que a Reitoria tenha atuado para defender o interesse da região e do País. Haverá outros casos em que cursos desaparecem, ou desaparecerão, com a crise de alunos a intensificar-se sem que a Universidade possa impedir. Segundo o RJIES, criar cursos depende agora do Conselho Geral e do reitor. E encerrar cursos ou alterá-los de forma a que para todos os efeitos desapareçam, como aconteceu com o curso de Química-opção materiais têxteis? Também ! Afinal com a extinção do Conselho Académico pelo RJIES não será o Conselho Geral senão que deve analisar a extinção ou alteração de cursos? E não deve criar comissões para sugerir alternativas como neste caso do curso de Engenharia Têxtil ou de Química Têxtil em que vários departamentos e Escolas terão que estar forçosamente envolvidas? Há ainda o curso de Design e Marketing Têxtil, o doutoramento, que funciona há anos sem a colaboração da Escola de Economia na componente de Marketing. Como foi isto possível? O resultado tem sido o de doutorados com teses que não têm a chancela de verdadeiros especialistas nessa área e talvez também por isso, já causaram dissabores à UM em casos mediáticos de plágio.
Alterações que descaracterizam os cursos devem ser cuidadosamente avaliadas e ramos ou opções devem ser escolhas logo de início para não haver descaracterização !Truncar o ramo têxtil e empurrando a sua escolha para o meio do curso, quando antes era obrigatório escolher o ramo têxtil,(ou polímeros) no ato de inscrição, deu aos professores de química a possibilidade de de desviar os alunos para um opção introduzida de química científica (?). O resultado foram zero alunos nos últimos anos nas opções têxteis. O que fizeram os responsáveis do departamento na altura? Aceitaram estas condições e concentraram-se no curso de Design têxtil, como se este curso compensasse esta perda em química têxtil. Parece que há agora uma tentativa tímida de recuperar algumas opções têxteis no remodelado curso de química, uma vez que o curso não teve o sucesso que o departamento esperava. Esperemos que esta tentativa não seja mais um "embuste", palavra que tem sido usada ultimamente para quem nos quer atirar poeira para os olhos, e que o Conselho Geral faça o seu trabalho na defesa dos interesses duma indústria tão importante para a região e para o País.
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sábado, agosto 31, 2013
Empreendedorismo: aviso à navegação
O empreendedorismo é das apostas mais recentes das universidades e a Universidade do Minho em Portugal é pioneira nesta area. O progresso do empreendedorismo não acompanha no entanto o marketing do empreendedorismo; Há disciplinas de empreendedorismo em cursos de gestão e de economia, há workshops, eventos variados alguns com pretensos gurus, e há a promoção dessa ideia que pretende lançar a imagem de pessoas e instituições a seu reboque. No entanto quando alguém da universidade se aventura no empreendedorismo com um empresa spin-off, há um vazio no que concerne ao apoio da sua empresa, naquilo que a Universidade deveria de apoiar que será a defesa da tecnologia que a em que a spin-off se baseia, no caso de spin-offs de base tecnológica. Um professor que se aventure nessa senda, poderá ser ultrapassado por outros que para ele trabalharam como bolseiros, e que mesmo assinando um acordo de confidencialidade terão o caminho livre para utilizar essa tecnologia ou a entregar a outros sem que a universidade ou a spin-off tenha algum proveito dessa atitude leviana e provavelmente criminosa, no sentido de ter infringido um acordo legal, da pessoa que o faz. Infelizmente já existem casos recente que o provam. Não será altura das universidades se profissionalizarem com um gabinete jurídico dedicado a estes assuntos em particular, com juristas especializados nestas matérias do direito à propriedade intelectual e industrial? No caso da UM já constatei que existe ainda uma inocência por parte de professores que não dominando a componente empresarial, põem-se nas mãos de supostos empreendedores profissionais, que mais não querem que lhes sacar a tecnologia e daí tirar proveito para si próprios e seus correligionários. Ao contrário do que muitos destes professores pensam, um pedido de patente não e suficiente para proteger os seus interesses. Há toda uma negociação com esses empreendedores profissionais, que se munem de acordos parassociais que "entalam" os inventores/professores de tal forma que eles não podem mais tarde atuar para proteger os seus interesses. Se não houver uma subcontratação à universidade por parte de uma empresa, e aqui é preciso ter cuidado com os empreendedores profissionais oportunista que através de esquemas de programas QREN Vale I&DT se apoderam das tecnologias de professores incautos, a patente pertence à universidade. É preciso também que se perceba que os direitos da patente são negociados pela universidade com empresas sem interferência do inventor, salvaguardando o direito de opção da de empresas spin-off, se existirem. A universidade de facto concede ao inventor/es as royalties mas é preciso ter em conta se a empresa não as paga, de nada serve; ou se a universidade vende por um baixo preço a patente, também não compensa ao inventor/inventores a sua venda. A meu ver o inventor/es deveria fazer parte da negociação com eventuais interessados, caso o inventor não queira avançar com a sua própria empresa e queira vender a patente. Fica aqui a sugestão.
Dito isto, não há dúvida que o empreendedorismo dá à universidade uma imagem positiva de se encontrar ligada ao mundo exterior e de contribuir para a inovação do país, fugindo um pouco daquela imagem de ser uma produtora de artigos e comunicações científicas que o comum do cidadão não alcança o sentido da sua utilidade. Também por isso a Universidade deve se esforçar mais e proteger mais aqueles que contribuem para esta imagem.
Dito isto, não há dúvida que o empreendedorismo dá à universidade uma imagem positiva de se encontrar ligada ao mundo exterior e de contribuir para a inovação do país, fugindo um pouco daquela imagem de ser uma produtora de artigos e comunicações científicas que o comum do cidadão não alcança o sentido da sua utilidade. Também por isso a Universidade deve se esforçar mais e proteger mais aqueles que contribuem para esta imagem.
domingo, agosto 25, 2013
A lenta destruição do ensino público básico e secundário pelo governo e pelos próprios professores
As férias serviram para o governo aproveitar o período de desmobilização para funcionários públicos em geral e dos professores do ensino público em particular e fazer uns cortes e aumentar os encargos das instituições públicas. Nos institutos públicos incluindo as universidades e as escolas vai obrigar a todos pagarem 23,5% do salário do trabalhador para a CGA, caixa geral de aposentações, e no ensino superior em particular vai obrigar a uma cativação de 10% do seu orçamento, (excetuando as Universidades Fundação). Mas o mais grave verifica-se no ensino básico e secundário: depois de aumentar o número de alunos por turma o governo vai dar cheques para as famílias poderem ter os seus filhos em colégios privados e vão financiar turmas de colégios mesmo que estes se encontrem nas proximidades de escolas públicas. Se isto não é ideologia da direita mais liberal o que será? Não é captação de receitas, não é austeridade, não é investimento na Economia: é pura ideologia. Não é só menos Estado, é a destruição do ensino público aos poucos. Os professores também não ajudam,. Os pais não querem os alunos no ensino privado básico e secundário preferindo se tiverem dinheiro os colégios privados porque os resultados são melhores o que se deve em grande medida aos professores serem melhores. No ensino superior isso não acontece sendo as universidades públicas as que obtêm melhores resultados. Porquê? Deve-se a meu ver em parte aos professores das universidades publicas, ao contrários dos do básico e secundário, serem sujeitos a provas para entrarem na carreira e para progredirem na carreira. Os professores do secundário não querem ser sujeitos a uma avaliação do mesmo género por isso não serão os melhores os selecionados e os resultados estão à vista. Os que estão instalados e que dominam os sindicatos prejudicam os mais capazes ao defenderem com unhas e dentes os seus privilégio, ou seja, o seu lugar. Há professores que entraram para a profissão com a nota mínima e mesmo esses não se sabe como obtivera o diploma e que classificação tiveram nas disciplinas que lecionara, só porque havia vagas na altura em que concorreram. Agora que não há vagas para todos, tem eu forçosamente haver critérios para haver equidade. Quem não percebe o óbvio é porque não quer e porque tem capacidade para estragar a vida aos alunos e pais com greves aos exames. Já conseguiram que governo recuasse nos exames para outros que não só os professores contratados, conseguiram que se prescindisse da nota 14, bastando a nota 10 para ser admitido. Onde está o orgulho da classe? Nota 10 é a nota que os próprios dão aso seus alunos quando não os querem chumbar. Por aqui se vê a dualidade de critérios destes professores.
domingo, agosto 04, 2013
O mérito a quem o merece: colaboração com a indúsria e spin-offs da UM
A UM é das Universidades portuguesas a que mais contribui para o tecido industrial do País, Quem o afirma é a Reitoria e a vice-reitoria, conforme veio publicado no Público hoje e no Correio e no Diário do Minho ontem. No Publico dá-se como principal exemplo a empresa DST e referem-se alguns exemplos de novidades em empresas têxteis, transferidas pela Universidade, como por exemplo um fato de bombeiro que transmite sinais de perigo pro intermédio de sensores. Há no entanto dois exemplos que figuram no artigo do público que não tiveram origem na Universidade, sendo um do CeNTI -Centro de Nanotecnologias de Famalicão e outro na TMG automotive também há dúvidas se originou na UM. Com tantos exemplos de projetos e empresas bem sucedidas com origem na UM, não precisavam os repórteres de andar à pesca de projetos e empresas. Há a Impetus, empresa de prestígio de "underwear" que desenvolveu uma solução para incontinentes; há a Locatoni que fabrica equipamento de desporto para a equipa do Guimarães com propriedades de dry-release, mantendo o corpo seco; há a Endutex que produz revestimentos para outdoors e outras aplicações que inovou em alguns destes produtos em parceria com a UM. Quanto a empresas, não foram mencionadas spin-offs da UM, que embora não faturem tanto como a DST, são no entanto fruto do empreendedorismo de investigadores da UM. Não como a DST que já existia muito antes, sendo um negócio de família, não obstante com todo o mérito que merece um dos seus filhos por se ter formado na UM e ter uma visão de expansão correta, colaborando com a UM e alavancando a imagem da sua empresa desta forma.
A primeira spin-off de base Tecnológica da UM foi a Micropolis, fundada em 2001, agora Devan-Micropolis por ter sido vendida a uma empresa belga /(Devan), mas que continua a laborar em Portugal, no TecMaia, comercializando um produto inovador de acabamento funcional que garante uma temperatura constante de conforto junto ao corpo. Na venda a Universidade vendeu a patente que suportava a tecnologia, sendo a primeira transação do género efetuada pela UM. Foi um caso de sucesso em empreendedorismo com a empresa de capitais de risco, a PME Capital, a vender a sua participação, largamente maioritária, com lucro.
Há uma lista de spin-offs no site da Tecminho que vale a pena visitar para constatar que a vocação dos empreendedores da UM continua, com um número apreciável de spin-offs formadas nos últimos anos que procuram transformar o tecido empresenrial e industrial do Minho com uma maioria de empresas têxteis, metalomecânicas e de construção civil em empresas biotecnologia, química verde, materiais, software (onde a UM já tem tradição em empresas como a Primavera fundadas por ex-alunos), eletrónica, entre outras.
São estes os exemplos que nos devemos orgulhar, totalmente nascidos na UM !
A primeira spin-off de base Tecnológica da UM foi a Micropolis, fundada em 2001, agora Devan-Micropolis por ter sido vendida a uma empresa belga /(Devan), mas que continua a laborar em Portugal, no TecMaia, comercializando um produto inovador de acabamento funcional que garante uma temperatura constante de conforto junto ao corpo. Na venda a Universidade vendeu a patente que suportava a tecnologia, sendo a primeira transação do género efetuada pela UM. Foi um caso de sucesso em empreendedorismo com a empresa de capitais de risco, a PME Capital, a vender a sua participação, largamente maioritária, com lucro.
Há uma lista de spin-offs no site da Tecminho que vale a pena visitar para constatar que a vocação dos empreendedores da UM continua, com um número apreciável de spin-offs formadas nos últimos anos que procuram transformar o tecido empresenrial e industrial do Minho com uma maioria de empresas têxteis, metalomecânicas e de construção civil em empresas biotecnologia, química verde, materiais, software (onde a UM já tem tradição em empresas como a Primavera fundadas por ex-alunos), eletrónica, entre outras.
São estes os exemplos que nos devemos orgulhar, totalmente nascidos na UM !
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sábado, julho 20, 2013
Projeto da quinta dos peões avança sem auscultação à população
Em notícia avançada pelo diário do minho é difundido o desfecho do percurso da quinta dos peões: foi decidido em reunião da Assembleia da Câmara de Braga por maioria, merecendo os votos favoráveis também dos partidos da oposição. A quinta dos peões era do Estado, mais propriamente do Ministério da Agricultura, saíu para a Câmara para logo de seguida ser vendida ao senhor Rodrigues Névoa. Nunca se percebeu porque é que não reverteu para a UM uma vez que estava contígua aos terrenos destinados à UM, mas deste tipo de mistérios está a cidade de Braga cheia, por isso não espanta. Também à boa maneira do que se tem feito em Braga, um espaço verde, talvez o único que restava naquela zona da cidade tão saturada de trânsito devido à entrada do campus de Gualtar da Universidade, vai dá lugar a mais cimento, mais trânsito e estrangulamentos, para não falar da poluição, uma vez que se vai construir um centro de congressos e a associação de estudantes !
A oposição aprova provavelmente porque é influenciada por designações nobres dadas aos edifícios que lá se constroem e supostamente beneficiam a Universidade, tais como o centro de congressos e o centro de empreendedorismo. Essa é a cenoura meus senhores ! Quem fica com a fava? São os utentes do campus de Gualtar, professores, alunos e funcionários, claro. Mas esses não foram consultados. Que me conste não houve uma auscultação à população como é costume nestes casos, quanto mais aos utentes do campus. Assim vai a câmara de Braga, tomando decisões estruturantes em vésperas de eleições autárquicas, não fosse o diabo tecê-las e o próximo executivo estudar melhor esta questão e decidir manter o espaço verde !
A oposição aprova provavelmente porque é influenciada por designações nobres dadas aos edifícios que lá se constroem e supostamente beneficiam a Universidade, tais como o centro de congressos e o centro de empreendedorismo. Essa é a cenoura meus senhores ! Quem fica com a fava? São os utentes do campus de Gualtar, professores, alunos e funcionários, claro. Mas esses não foram consultados. Que me conste não houve uma auscultação à população como é costume nestes casos, quanto mais aos utentes do campus. Assim vai a câmara de Braga, tomando decisões estruturantes em vésperas de eleições autárquicas, não fosse o diabo tecê-las e o próximo executivo estudar melhor esta questão e decidir manter o espaço verde !
sábado, julho 13, 2013
Os dois pólos da UM: uma história por contar
A divisão da Universidade do Minho em dois pólos ocorreu em 1976, contra o desejo da Comissão instaladora que geria a Universidade na altura, e desde então já se fizeram milhares de viagens entre Braga e Guimarães. Muitos professores e funcionários gastaram do seu próprio bolso os custos dessas viagens. Já alguém pensou no que se teria poupado só em combustível se não tivesse havido essa divisão? Se a universidade fosse só num sitio como estava previsto? Quando a auto-estrada foi construída, a pensar sem dúvida nos dois pólos da universidade e no negócio que isso traria, somou-se ao combustível as portagens, as mais caras do país por km. Não seria demais a concessionária pagar parte dos lucros que tem com os alunos e professores à universidade ! E o prejuízo para a vida dos professores que foram destacados para Guimarães e viajaram durante anos num pequeno autocarro (mais tarde foi substituído por um transporte comum com o dos alunos)? Para evitar este incómodo as novas engenharias, a Biológica por exemplo, conseguiu ficar em Braga, quando o acordo inicial era de que as engenharias ficariam em Guimarães. Houve outras engenharias que se dividiram em duas, como os Polímeros. No entanto a sua maior incidência era no pólo de Azurém em Guimarães. Isso não evitou no entanto, desmultiplicações desnecessárias dos professores entre pólos, agravado pelo arranque de cursos, como o de engenharia de materiais, com a participação de departamentos sediados em Guimarães, o de Engenharia Mecânica e o de Engenharia de Polímeros. Claro que estas constantes viagens e estadias nos dois pólos tiveram consequências no atendimento dos alunos, na orientação de mestrados e doutoramentos e nos currícula dos professores.Tudo feito em cima do joelho para remediar uma situação anormal de uma universidade com dois pólos, e fruto do interesse de professores com influencia junto do centro de decisões, ou seja, junto da reitoria e do poder político da altura.
A transferência de cursos para Guimarães em 1976 seria com o objetivo de desenvolver a cidade. Guimarães demorou muito tempo a obter aquilo que dizia ter direito, O desenvolvimento da cidade com a vinda dos estudantes e professores ocorreu bastante mais tarde, e ainda hoje muito aquém do que Braga beneficiou. Qual a razão? Não me ocorre nada mais do que dar-se o caso que durante muitos anos os primeiros anos eram em Braga e os alunos já estariam hospedados em Braga. Mas e nos últimos anos quando isso deixou de ser a norma e os cursos eram lecionados na totalidade em Guimarães? Continua o movimento de alunos e professores entre as duas cidades. Conclui-se que entre o que se perdeu para a região, com uma universidade dividida e necessariamente prejudicada por essa razão, e o que se ganhou para Guimarães, ficou a região prejudicada e o país gastou mais dinheiro, sem contar com o desperdício para os professores e alunos à conta das deslocações diárias.
Razão tinha a Comissão Instaladora, com Lloyd Braga como Presidente e onde pontuavam figuras como Barbosa Romero e Santos Simões, de querer ficar unida. independentemente do local. É interessante folhear as páginas de um documento na forma de livro publicado em 1976 pela ADMIN-Associação dos Interesses do Minho, e encontrar nos vários capítulos relatos de documentos que relatam as várias etapas do processo, desde o despacho do Ministério da Educação de então (MIEC) que dividiu a universidade em duas, o despacho 61/76, passando pela posição tomada pela comissão nomeada elo Conselho Pedagógico da UM, da qual faziam parte Luis Soares, Sérgio Machado dos Santos, Chainho Pereira, António Guimarães Rodrigues e Jaime Rocha Gomes (eu próprio, acabado de chegar à Universidade no início desse ano !). Embora mais novo que os outros elementos e sendo ainda só assistente convidado, senti como os outros que este seria um erro cujas consequencias perdurariam durante anos. Infelizmente, não nos enganámos.
A transferência de cursos para Guimarães em 1976 seria com o objetivo de desenvolver a cidade. Guimarães demorou muito tempo a obter aquilo que dizia ter direito, O desenvolvimento da cidade com a vinda dos estudantes e professores ocorreu bastante mais tarde, e ainda hoje muito aquém do que Braga beneficiou. Qual a razão? Não me ocorre nada mais do que dar-se o caso que durante muitos anos os primeiros anos eram em Braga e os alunos já estariam hospedados em Braga. Mas e nos últimos anos quando isso deixou de ser a norma e os cursos eram lecionados na totalidade em Guimarães? Continua o movimento de alunos e professores entre as duas cidades. Conclui-se que entre o que se perdeu para a região, com uma universidade dividida e necessariamente prejudicada por essa razão, e o que se ganhou para Guimarães, ficou a região prejudicada e o país gastou mais dinheiro, sem contar com o desperdício para os professores e alunos à conta das deslocações diárias.
Razão tinha a Comissão Instaladora, com Lloyd Braga como Presidente e onde pontuavam figuras como Barbosa Romero e Santos Simões, de querer ficar unida. independentemente do local. É interessante folhear as páginas de um documento na forma de livro publicado em 1976 pela ADMIN-Associação dos Interesses do Minho, e encontrar nos vários capítulos relatos de documentos que relatam as várias etapas do processo, desde o despacho do Ministério da Educação de então (MIEC) que dividiu a universidade em duas, o despacho 61/76, passando pela posição tomada pela comissão nomeada elo Conselho Pedagógico da UM, da qual faziam parte Luis Soares, Sérgio Machado dos Santos, Chainho Pereira, António Guimarães Rodrigues e Jaime Rocha Gomes (eu próprio, acabado de chegar à Universidade no início desse ano !). Embora mais novo que os outros elementos e sendo ainda só assistente convidado, senti como os outros que este seria um erro cujas consequencias perdurariam durante anos. Infelizmente, não nos enganámos.
terça-feira, julho 02, 2013
Correias de transmissão
Temos como portugueses a tendência para ajudar aqueles que nos enviam informações, reenviando essas informações para outros. Assim surgem informacoes sobre as farmácias que estão nos campi, promovendo as suas atividades e outros servem-nos informação sobre cursos de formação de empresas privadas, cursos esses subsidiados. Não há mal nenhum nisso, no entanto alguém pediu essa informação? E porquê informação sobre de uma empresa e não outras? qual o critério da escolha? Ao menos as farmácias estão no campus, mas e no caso da formação?
Também temos o coração grande e divulgamos situações verdadeiramente trágicas de crianças que precisam de tratamento, muitas vezes no estrangeiro, para sobreviverem ou ao menos melhorarem a sua qualidade de vida. No entanto se calhar o próprio não fez nada para ajudar essa criança, passando a responsabilidade e o peso na consciência para outros. Ninguém pode individualmente resolver problemas graves desta ordem e desta forma. O estado é que deve resolver, não premiando os ricos enão retirando capacidade ao serviço nacional de saúde. No entanto, esses que fazem esses apelos, muitas vezes não apoiam o serviço nacional de saúde, são normalmente incentivados por sentimentos religiosos ou de compaixão, que vertendo lágrimas de crocodilo, contribuem inconscientemente para a caridadezinha tão querida do antigamente, do tempo da outra senhora. Nos tempos do PREC estas pessoas seriam apelidadas de correias de transmissão....mas desta vez, do lado oposto, daquilo que é iniciativa privada é não daquilo que é do coletivo.
Resta salvaguardar aqueles e aquelas que genuinamente contribuem para colmatar as deficiências do SNS salvando estas crianças, como os médicos, enfermeiros e porquê não dize-lo, alguns políticos.
Também temos o coração grande e divulgamos situações verdadeiramente trágicas de crianças que precisam de tratamento, muitas vezes no estrangeiro, para sobreviverem ou ao menos melhorarem a sua qualidade de vida. No entanto se calhar o próprio não fez nada para ajudar essa criança, passando a responsabilidade e o peso na consciência para outros. Ninguém pode individualmente resolver problemas graves desta ordem e desta forma. O estado é que deve resolver, não premiando os ricos enão retirando capacidade ao serviço nacional de saúde. No entanto, esses que fazem esses apelos, muitas vezes não apoiam o serviço nacional de saúde, são normalmente incentivados por sentimentos religiosos ou de compaixão, que vertendo lágrimas de crocodilo, contribuem inconscientemente para a caridadezinha tão querida do antigamente, do tempo da outra senhora. Nos tempos do PREC estas pessoas seriam apelidadas de correias de transmissão....mas desta vez, do lado oposto, daquilo que é iniciativa privada é não daquilo que é do coletivo.
Resta salvaguardar aqueles e aquelas que genuinamente contribuem para colmatar as deficiências do SNS salvando estas crianças, como os médicos, enfermeiros e porquê não dize-lo, alguns políticos.
sábado, junho 22, 2013
A reforma dos funcionários públicos
Os funcionários públicos são tratados como se fossem privilegiados. Depois de todos os cortes que já sofreram vão agora ter revistas as suas reformas, para "aproximá-las" do setor privado. Assim todos aqueles que descontaram segundo uma determinada lógica, e contrato com o Estado, vêm agora as suas expetativas goradas em relação à sua reforma. Como não têm possibilidade de causarem mossa ao governo, ao contrário dos professores do secundário, por exemplo, são o alvo óbvio do governo.
Assim vai o país, com um governo que ataca os mais fracos e poupa ao mais fortes. Um governo que divide para reinar, e usa o setor privado como arma de arremesso para com o setor público. Muitos funcionários e principalmente patrões do privado concordarão com estas medidas, porque não lhes toca a eles. Mas esquecem que os descontos que os funcionários do setor público fazem foram mais elevados que os do setor privado, porque foram baseados no salário real, não havendo possibilidade de "fugir" ao fisco, enquanto que todos sabemos que muitos no setor privado não declaram o salário real que auferem nas suas empresas, usando outras compensações para complementar o seu salário, de forma a evitar que nelas incida IRS, o que também implica descontarem menos para a Segurança Social. Que não se pense que o governos mais tarde ou mais cedo também não irá atrás daqueles que agora escapam ! Haverá de chegar a sua vez. Por isso será melhor não esfregarem as mãos de contentes ou a testa de alívio. Fala-se agora do pós-troika. Pois quando recuperarmos e começarmos a crescer de novo, o funcionalismo público estará desfalcado e em muitos setores, privados dos seus melhores elementos, que ou se reformaram ou foram despedidos. e nessa altura o governo abre lugares na função pública e o que acontecerá? Alguém que tem um oportunidade de emprego no privado quererá ir para o público, onde ganha menos e não tem qualquer contrapartida, como tinha antes, tal como maior segurança de emprego e melhor reformas ou ADSE? Será como nos EUA, onde só os serviços privados funcionam bem, e esses são só para quem tem dinheiro.
Assim vai o país, com um governo que ataca os mais fracos e poupa ao mais fortes. Um governo que divide para reinar, e usa o setor privado como arma de arremesso para com o setor público. Muitos funcionários e principalmente patrões do privado concordarão com estas medidas, porque não lhes toca a eles. Mas esquecem que os descontos que os funcionários do setor público fazem foram mais elevados que os do setor privado, porque foram baseados no salário real, não havendo possibilidade de "fugir" ao fisco, enquanto que todos sabemos que muitos no setor privado não declaram o salário real que auferem nas suas empresas, usando outras compensações para complementar o seu salário, de forma a evitar que nelas incida IRS, o que também implica descontarem menos para a Segurança Social. Que não se pense que o governos mais tarde ou mais cedo também não irá atrás daqueles que agora escapam ! Haverá de chegar a sua vez. Por isso será melhor não esfregarem as mãos de contentes ou a testa de alívio. Fala-se agora do pós-troika. Pois quando recuperarmos e começarmos a crescer de novo, o funcionalismo público estará desfalcado e em muitos setores, privados dos seus melhores elementos, que ou se reformaram ou foram despedidos. e nessa altura o governo abre lugares na função pública e o que acontecerá? Alguém que tem um oportunidade de emprego no privado quererá ir para o público, onde ganha menos e não tem qualquer contrapartida, como tinha antes, tal como maior segurança de emprego e melhor reformas ou ADSE? Será como nos EUA, onde só os serviços privados funcionam bem, e esses são só para quem tem dinheiro.
domingo, junho 09, 2013
Vêm aí os despedimentos no Ensino Superior
Vêm aí os despedimentos no Ensino Superior. Já foi dito pelo Secretário de Estado da tutela e a sua anunciação está na proposta de lei nº154/XII/2 a ser apresentado à Assembleia da República dia 12 deste mês, daqui a dois dias. Não houve sequer negociação, embora a SNEsup dê a atender que foi fruto da pressão negocial deles que foi introduzida a cláusula de salvaguarda no nº 4 do artº 4 da "especificidade em relação ao respetivo corpo docente e investigador", o que quer que isso signifique (o que é específico se não quase tudo?).
Esta proposta de lei também "especifica" quem serão os primeiros a ser enviados para a mobilidade, leia-se desemprego: os Assistentes e Professores Convidados. Mas não ficam a salvo aqueles Professores Auxiliares que não têm ainda os 5 anos. Não se sabe como se vai mobilizar o pessoal docente daqueles departamentos que já não têm ninguém nestas condições. E é que são muitos, na Engenharia pelo menos. Parece que quem vai decidir são as chefias intermédias, que no caso dos Professores serão os chefes de departamento. Como se exige dois, o outro será o diretor do Centro? São duvidas que em breve serão dissipadas. Quanto aos critérios, há aquilo que se chama a Avaliação do desempenho que no caso dos funcionários será o SIADAP e no caso dos Professores o RAD? É que nem todos os Professores foram avaliados pelo RAD. A outra possibilidade será a "avaliação da competência profissional", o que basicamente será a adequabilidade às suas funções. Pode ser arbitrário uma vez que o que se pode dizer de um professor em relação a isto? Para um técnico será mais fácil se por exemplo não tiver capacidade de utilizar um determinado programa informático, mas em relação a um professor? Pois se ele foi contratado para lecionar uma determinada área como decidir que não tem "competência profissional"?
São todas estas questões que fazem com que todo este processo vá ser polémico e eu não quero estar onde isso acontecer. Não quero ver os mais vulneráveis mais uma vez a serem despedidos (já foram os leitores e convidados). Não quero ver os protegidos das chefias a serem poupados, aqueles que até foram beneficiados no passado, com promoções, prémios e outras benesses. Já chega de ouvir e sentir também na pele, os funcionários públicos a serem privados de parte dos seus salários, para agora estar no meio de um processo de despedimento que nos vai tocar de muito perto. E é para começar ainda este ano, ao contrário dos outros professores do básico e secundário, que podem esperar para o ano, vá-se lá saber porquê, ou por outra, sabemos que é por serem os que têm mais força negocial. E não foram avaliados, o que dificulta o critério de base, ou seja, a avaliação do desempenho. Eles lá sabiam porque não queriam a avaliação....
Esta proposta de lei também "especifica" quem serão os primeiros a ser enviados para a mobilidade, leia-se desemprego: os Assistentes e Professores Convidados. Mas não ficam a salvo aqueles Professores Auxiliares que não têm ainda os 5 anos. Não se sabe como se vai mobilizar o pessoal docente daqueles departamentos que já não têm ninguém nestas condições. E é que são muitos, na Engenharia pelo menos. Parece que quem vai decidir são as chefias intermédias, que no caso dos Professores serão os chefes de departamento. Como se exige dois, o outro será o diretor do Centro? São duvidas que em breve serão dissipadas. Quanto aos critérios, há aquilo que se chama a Avaliação do desempenho que no caso dos funcionários será o SIADAP e no caso dos Professores o RAD? É que nem todos os Professores foram avaliados pelo RAD. A outra possibilidade será a "avaliação da competência profissional", o que basicamente será a adequabilidade às suas funções. Pode ser arbitrário uma vez que o que se pode dizer de um professor em relação a isto? Para um técnico será mais fácil se por exemplo não tiver capacidade de utilizar um determinado programa informático, mas em relação a um professor? Pois se ele foi contratado para lecionar uma determinada área como decidir que não tem "competência profissional"?
São todas estas questões que fazem com que todo este processo vá ser polémico e eu não quero estar onde isso acontecer. Não quero ver os mais vulneráveis mais uma vez a serem despedidos (já foram os leitores e convidados). Não quero ver os protegidos das chefias a serem poupados, aqueles que até foram beneficiados no passado, com promoções, prémios e outras benesses. Já chega de ouvir e sentir também na pele, os funcionários públicos a serem privados de parte dos seus salários, para agora estar no meio de um processo de despedimento que nos vai tocar de muito perto. E é para começar ainda este ano, ao contrário dos outros professores do básico e secundário, que podem esperar para o ano, vá-se lá saber porquê, ou por outra, sabemos que é por serem os que têm mais força negocial. E não foram avaliados, o que dificulta o critério de base, ou seja, a avaliação do desempenho. Eles lá sabiam porque não queriam a avaliação....
sábado, maio 25, 2013
Fim de ciclo de um curso e uma ideia alternativa
Na Universidade do Minho em Guimarães no Departamento de Engenharia Textil há 30 anos atrás, 1983, os professores eram jovens e os alunos também. Agora, os professores não são novos e os alunos também o não são, se considerarmos a média normal de idades dos alunos universitários. Que situação! Os professores, muitos a caminho da reforma, e nenhuns com menos de 45 anos, os alunos são do curso pós-laboral já com as suas vidas organizadas durante dia, com pouco entusiamo para ouvirem a teoria da que se ensina no curso, ansiosos por aprenderem coisas práticas e novas. Portanto que conclusão tiramos do curso? É um fim de ciclo. O que os professores têm, ou pelo menos alguns, é experiência e neste ramo não há muitos que tenham essa experiência combinada de tecnologia e ciência.
A partir de agora, o ensino terá que ser de outra forma, mais personalizado, com os professores a transmitirem os seus conhecimentos com base na sua experiência, não através de um curso já esgotado, mas tem que ser de uma forma diferente. O reduzido número de alunos presta-se a isso. Se cada professor tomasse nas suas mãos o ensino e orientação pedagógica e científica de 5 alunos, cobrir-se-ia dessa forma todos os alunos de engenharia textil. O aluno podia ter os dois primeiros anos de ensino geral, e a partir daí ficaria a estudar só com um professor. Os professores deviam ser escolhidos entre os mais experientes em termos de projetos de I&DT e de PSECS, e estabelecer o ranking. Ao esgotar os alunos os restantes professores ficariam sem alunos mas com outras tarefas, e com a obrigatoriedade de estabelecer contactos com a indústria e de se candidatarem a projetos de IDT par ganharem experiência tanto industrial como científica. Poderiam também fazer parte do grupo dos professores mais experientes e coadjuvá-los.
Aqui fica a ideia.
A partir de agora, o ensino terá que ser de outra forma, mais personalizado, com os professores a transmitirem os seus conhecimentos com base na sua experiência, não através de um curso já esgotado, mas tem que ser de uma forma diferente. O reduzido número de alunos presta-se a isso. Se cada professor tomasse nas suas mãos o ensino e orientação pedagógica e científica de 5 alunos, cobrir-se-ia dessa forma todos os alunos de engenharia textil. O aluno podia ter os dois primeiros anos de ensino geral, e a partir daí ficaria a estudar só com um professor. Os professores deviam ser escolhidos entre os mais experientes em termos de projetos de I&DT e de PSECS, e estabelecer o ranking. Ao esgotar os alunos os restantes professores ficariam sem alunos mas com outras tarefas, e com a obrigatoriedade de estabelecer contactos com a indústria e de se candidatarem a projetos de IDT par ganharem experiência tanto industrial como científica. Poderiam também fazer parte do grupo dos professores mais experientes e coadjuvá-los.
Aqui fica a ideia.
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