domingo, dezembro 16, 2012

O RJIES para profissionais de eleições

Estamos no meio ou fim de eleições para os Conselhos das Escolas e a caminho das eleições para o Conselho Geral da UM. Por muito democráticas que sejam as eleições para estes órgãos, o que de facto está a acontecer são movimentações para a eleição dos futuros líderes, sejam os das Escolas ou, no caso do Conselho Geral, o próprio reitor.  Assim, o RJIES, tira à Academia a possibilidade de votar diretamente para estes lugares de topo. O Universo dos eleitores da Universidade seria demasiado amplo para poder haver este tipo de jogo, sendo por isso muito menos permeável a pressões e angariações de apoiantes do que com o regime atual de eleição de colégio eleitoral. Na perpetuação dos lugares pelos mesmos de sempre, o RJIES serve-lhes às mil maravilhas. uma vez que têm ao longo dos tempos juntado grupos de apoiantes em lugares chave, que lhes são dedicados, e que trabalham nos bastidores para conservar os seus privilégios através da angariação de votos de subordinados, demasiado vulneráveis para não alinharem.  Outros, que não estão no poder mas querem lá chegar, socorrem-se muitas vezes de argumentos populistas, muitas vezes conotados com um certo facilitismo para a carreira dos Professores, como seja o processo de avaliação. Nem num caso nem noutro a democracia fica bem servida.  O que se passa com as listas é uma extrapolação do que se passa nos departamentos, em que por serem unidades mais pequenas a totalidade dos eleitores do departamento é também angariada por estes profissionais de política, para alcançarem o seu objetivo. E quem são estes profissionais? São normalmente professores como nós. Têm no entanto uma agenda diferente que a maioria dos professores. São ambiciosos e querem os lugares de topo para se vangloriarem perante os demais mortais com o seu ego e assim provarem a si próprios e aos outros que têm uma missão, que é demasiado importante para se entregar a outros, sendo os outros todos nós.