segunda-feira, agosto 31, 2009

Mais Publicidade negativa na imprensa do Minho

UNIVERSIDADE COLOCA DINHEIRO EM "CLUBE DE RICOS" DE BRAGA
Este foi o título com que mimosearam a UM no Diário do Minho hoje, um artigo de uma página sobre o investimento da UM na empresa capital de risco 2B Partner-Sociedade Capital de Risco, SA. Outros sócios desta sociedade são empresas conhecidas de Braga, tais como a DST (a título de exemplo) e uma Associação, a AIM.
O artigo refere a posição do Tribunal de Contas que considerou a participação da UM nesta empresa ilegal, mesmo depois da argumentação do reitor A. Guimarães Rodrigues que não havendo legislação específica no que respeita à participação de Universidades em empresas deste tipo, significaria que nada haveria em contrário. Segundo o supremo de juízes do TC é precisamente a ausência de regulamentação específica que torna ilegal o envolvimento da UM na 2B Partner! Parece haver aqui alguma ingenuidade(ou impunidade?) na argumentação de AGR...
Embora a empresa tenha como Presidente do Assembleia a UM, na pessoa do seu Vice-Reitor Professor Manuel Mota desde 2007, E tenha um capital social de 750 000 euros, não há qualquer divulgação no site da UM sobre esta empresa o que se estranha quando outras empresas do mesmo género, tais como a SpinValor, uma empresa do mesmo tipo, capital de risco, mas muito mais modesta, está mencionada. Resta acrescentar que fazendo uma pesquisa num motor de busca da net com o nome da empresa, não aparece qualquer actividade desde a sua fundação.
Além deste artigo, logo na página seguinte aparece outro com o título “PARTICIPAÇÃO DA UM EM PRIVADOS ACUMULAM PREJUÍZOS”, referindo o jornalista que o Tribunal de contas também estranhou o facto de em quase todas as sociedades em que a UM participa ser o Professor Manuel Mota que representa a UM. Neste artigo é referido mais uma vez a verba que a UM transferiu em 2007 para as sociedades em que participa: 2 milhões de euros, já divulgado no relatório oficial do TC e referido aqui neste blog. O artigo refere que são 17 as entidades em que a UM participa! Só não vi nas várias sociedades a referência à Fundação Lloyd Braga, que sabemos que existe mas não sabemos o que faz! Por outro lado, descobrimos coisas interessantes no relatório do Tribunal de Contas, tais como a participação da UM desde 2005 duma entidade chamada CENTITVC-Centro de Nanotecnologias e Materiais Técnicos Funcionais e Inteligentes, e que teve com este Centro em 2007 perdas de 230 00 euros, dos quais 65000 com pessoal (qual pessoal? Note-se que este Centro está sediado em Famalicão, nas instalações do CITEVE-Centro Tecnológico Têxtil) e 155 000 outros custos aproximadamente. Note-se que a variação entre 2006 e 2007 foi de 500%! Mais um investimento desastroso por explicar entre muitos outros. Ou será que o reitor ao demitir-se lava dali as suas mãos? Pelo menos uma nota de imprensa com explicações sobre as actividades das participadas nos último dois anos (pós-relatório do TC) seria o mínimo. Afinal estão quantidades avultadas em questão e o próprio reitor expôs-se ao anunciar medidas extremas para poupar, dada a aparente penúria da UM, tais como o corte de energia, quando aparentemente desperdiçava dinheiro nestas entidades em que participava!

quarta-feira, agosto 26, 2009

As eleições em cima das férias: quem beneficia?

As eleições para Reitor e para as Escolas serão já a seguir às férias, mais uma vez beneficiando a estrutura instalada. O "timing" pode não ser intencional, mas que dá muito jeito a quem já está no terreno há mais tempo, isso não há dúvida. Já quando foi para o Conselho Geral apanharam-se as férias de Natal pelo meio, fazendo com que novas listas de possíveis candidatos fizessem um esforço de mobilização hercúleo, coisa que as listas já existentes não necessitavam. Para tornar ainda mais difícil a concorrência estipulou-se a obrigatoriedade de cada lista apresentar 100 subscritores, além dos candidatos e suplentes. Alguém duvida que esta exigência não foi inocente? Veremos agora qual a estratégia para as próximas eleições para as listas das Escolas, se será a mesma ou outra ainda mais "inocente".
Se queremos uma nova estrutura, queremos também que se dê uma oportunidade a outros, porque os que lá estiveram, nas Escolas e nas Pro-reitorias e Vice-reitorias já tiveram a sua vez e não têm muito que se orgulhar, a julgar pelo relatório do Tribunal de Contas. Por outro lado, o que a UM conseguiu em termos científicos dificilmente se pode atribuir aos seus gestores. Houve até oportunidades que dificilmente se repetirão, como seja o financiamento ao projecto conjunto com o MIT, que foi administrado na UM por A.C, actual candidato a reitor e suponho que também pelo Vice Reitor M.M. Não quero fazer juízo sobre os resultados para a UM de tal projecto, mas desconfio que foram só membros da lista liderada por A.C. ao Conselho Geral e seus apoiantes/subscritores que beneficiaram do financiamento referido, não contando com os bolseiros que presumo foram seleccionados através de concurso. Muitas vezes isto acontece por ser uma gestão "empresarial" em que se quer avançar rápido e com gente que se conhece e portanto se pode mais facilmente "comandar" e acompanhar. Pode por isso não ter nada de político por detrás nem sequer qualquer intenção de beneficiar alguém. O que é um facto é que da parte de quem recebe, há sempre um reconhecimento que tende a sobrepor-se ao juízo do próprio quando se trata de decidir sobre quem apoiar futuramente em cargos de gestão, se quem ele já conhece e de quem obteve uma mostra de confiança, ou um candidato desconhecido. Formam-se assim as "clientelas" que em qualquer altura, tempo lectivo ou férias, são fáceis de mobilizar para fins eleitorais.
Há que mudar o estilo de governação e distribuir o financiamento da UM neste e noutros projectos, por via do concurso interno, para aqueles mais capazes e não para os que estão mais próximos do gestor financeiro do projecto.
Esperemos que os candidatos a Reitor e às Presidências das Escolas venham com uma nova postura, sejam eles os mesmos de sempre ou outros, porque convençam-se que é através da gestão democrática que os líderes se afirmam e merecem o respeito da comunidade académica e não através do incentivo ao clientelismo!

domingo, agosto 09, 2009

A ferrovia como meio de acessibilidade aos dois pólos da UM

Ora aqui está algo que o novo Conselho Geral e o novo reitor se deveriam empenhar na suas actividades de defesa da Universidade num contexto mais amplo: o conceito de acessibilidade mais fácil, ecológica e mais barata, para os dois pólos e entre os dois pólos: a ferrovia.
Recomendo uma leitura atenta deste post no blog Avenida Central aos futuros dirigentes da UM.

sábado, agosto 08, 2009

Férias antes de eleições-descansar para unir forças!

Uns já entraram de férias e outros, como é o meu caso, estão prestes a entrar. Claro que as férias são para descansar mas para muitos são a transição para outros voos. É o caso dos políticos, que têm as eleições à porta, e em muito menor escala, para a maioria das Universidades, que vão ter as eleições para os novos órgãos definidos pelo novo regulamento RJIES. No caso da UM, como o reitor demorou em se demitir, também vamos ter as eleições para reitor. No caso da maioria das outras Universidades o reitor já foi eleito e já está em funções. Com este atraso significa que já estamos numa situação de desvantagem em relação às outras instituições nas negociações que seguramente virão aí entre o Ministério e as Universidades. Podemos agradecer ao nosso reitor este atraso. Quando a lista de candidatura ao Conselho Geral a que pertenci sugeriu uma mudança de reitor para entrar no Novo Ciclo, era precisamente para evitar esta situação de indefinição que a UM viveu nos últimos meses. Mas mais vale tarde que nunca, e os novos responsáveis pelos diversos órgãos, incluindo o que estará no topo da hierarquia, o reitor, saberão começar de novo, com mais ânimo e motivação, uma vez que estão legitimados pelo voto. Por isso o voto é tão importante, seja qual for o sentido. Desde que legitime os ocupantes dos vários cargos, é o mais importante. Em primeiro lugar, a meu ver, deve haver mais que um candidato para o cargo de Reitor e mais tarde para Presidentes de Escola. Não havendo mais que um candidato, uma elevada abstenção ou número de votos em branco seria muito mau para essa legitimação, o que deveria levar os ocupantes desses cargos a reflectir, seja o futuro reitor ou sejam os futuros Presidentes de Escola.
E aqui é que está o problema. Na UM ao longo dos anos, fosse por desinteresse ou por clientelismo, só um grupo de docentes se movimentou para se candidatar ou eleger colegas, no caso da massa amorfa desinteressada ou da clientela, para esses lugares. O Universo fora desse grupo, que embora fosse sofrendo algumas alterações pontuais manteve-se muito uniforme, era um universo sem ligação entre os seus vários membros, talvez por não haver muito em comum entre eles, a não ser uma vaga noção de injustiça, o que embora possa ser uma boa base para se construir um movimento, não seria suficiente. Entretanto surgiu o RJIES que trouxe uma oportunidade para a “oposição” se mobilizar para tentar por essa via ter uma voz nos vários órgãos da Universidade e no curto espaço de tempo desde que foi anunciado, formaram-se na UM dois movimentos claramente da oposição e um que teve a sua origem na anterior hierarquia, mas que acabou por se distanciar do reitor nos momentos finais da candidatura ao Conselho Geral, muito por mérito da força dos grupos da oposição junto do eleitorado, que prenunciavam um Novo Ciclo. Essa oposição, na qual me incluo, deve agora mostrar que não é simplesmente aquele conjunto inicial de insatisfeitos, mas que tem um projecto de mudança e que consegue unir forças para atingir essa mudança. Se o fizer, estou convencido que os eleitores corresponderão a esse anseio de mudança com uma votação expressiva.
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sábado, agosto 01, 2009

Falhas na Gestão da UM

José Abreu do semanário SOL neste seu artigo, parece saber mais do que muitos de nós sobre o passado da UM...pelo menos dos menos atentos. A ser verdade, seria mais matéria a investigar segundo a nova lei sobre o enriquecimento ilícito de gestores de altos cargos da Função Pública, neste caso duma Universidade, com base nos sinais exteriores de riqueza...