domingo, novembro 24, 2013

Coincidências

O reitor tomou posse do seu segundo mandato. Uma cosia curiosa, é a de ser mais um engenheiro para a reitoria que entra no seu segundo mandato. Será que isto tem algum significado? Aliás que me lembre só houve dois reitores que não eram engenheiros, o Chainho Pereira e o Lúcio Craveiro. Também foram os que estiveram lá menos tempo. Será que a apetência apara o cargo é maior por parte dos engenheiros? A Escola de Engenharia é a maior Escola mas isso já não explica tudo uma vez que é o Conselho Geral quem vota e os engenheiros nem são maioritários nesse Conselho. Regra geral também todos eles foram Presidentes da Escola de Engenharia.Terá a ver com o lobbying, mais eficaz por parte dos Presidentes da Escola de Engenharia junto das outras Escolas? O que é certo é que as coincidências são muitas e não serão só coincidências.
Falando de coincidências mas noutra nota completamente diferente; agora que se comemora os cinquenta anos da morte de John Fitzgerald Kennedy, JFK, recomendo o livro de Don De Lillo intitulado LIBRA. Dá uma visão dos factos que dá que pensar e acreditar na versão do complot.

segunda-feira, novembro 04, 2013

Qual estratégia?

As Universidades tiveram os maiores cortes de sempre. Estão em risco empregos de professores, começando mais uma vez pelos mais fracos, os convidados e os leitores. É muitas vezes dito pelos responsáveis da instituição que os salários cobrem 90% do orçamento. Sendo assim, como é possível continuarem com a abertura de concursos para os funcionários como tem vindo anunciado no DR nos últimos anos? O que é mais importante, abrir concursos para lugares de topo (técnicos superiores, chefes de divisão..) da função pública que se continuam a fazer que oneram a instituição para os próximos anos, numa altura de cortes orçamentais, caso se tenham esquecido, ou manter os professores convidados que trazem prestígio à instituição ou leitores que trazem conhecimento em línguas e culturas e enriquecem o ensino universitário? Sei que é difícil escolher, porque os funcionários também merecem um reconhecimento pelo seu trabalho. Mas precisamente porque não estamos em ano de vacas gordas, essa promoção deve ser feita criteriosamente e com parcimónia, sem portanto por em causa o bom funcionamento do ensino e a qualidade do ensino com despedimento de professores.
Outra consequência dos cortes é a degradação dos equipamentos da Universidade, que põem em causa o ensino experimental e a investigação, precisamente a pedra chave do programa de candidatura do reitor. Como conciliar tudo isto? Com a vinda de estudantes estrangeiros? Temos os de expressão portuguesa, a começar pelos brasileiros. Qual o resultado dos últimos anos no que respeita a estes alunos? Alguém fez uma avaliação séria? Só depois de uma avaliação do seu desempenho e da mais valia que trazem ara a Universidade é que se pode insistir nessa opção.
Não seria demais fazer também uma avaliação aos cursos e à sua empregabilidade senão a Universidade passa a ser um lugar para os jovens passarem uns anos entretidos, o que agrada aos pais, e depois logo se vê. E assim o desemprego jovem já ultrapassa os 40% para este jovens, e muitos empregados estão em profissões em muitos casos provisórias, e que não têm nada a ver com a sua área de formação.
Claro que o emprego também depende de medidas governamentais, e estas são no sentido de cortar nos consumo, ao cortar nos salários e pensões, e isto tem como todos sabem consequências nas empresas e consequentemente no trabalho. A Função Pública em vez de promover deveria empregar mais jovens, e a Universidade não seria uma exceção, não fosse o congelamento das novas contratações. Mesmo isto está mal contado, porque a Universidade tem-no feito a conta-gotas supostamente devido à autonomia universitária. Mas tem-no feito in extremis, enquanto que as promoções tem-no aparentemente feito sem complexos. Só que isto, como já referido, tem custos. É  a tal anedota de puxa ao lençol, destapa os pés.