sábado, novembro 28, 2009

As eleições para os órgãos da Escola de Engenharia 1-as listas para o Conselho de Escola

Foram divulgadas as listas para o Conselho de Escola e para o Conselho Científico, dois órgãos decisivos para o futuro da Escola. As duas listas candidatas ao Conselho de Escola não trouxeram grandes novidades, reflectindo as listas que já se tinham apresentado para a Assembleia Estatutária. Nota-se no entanto que não há propriamente duas listas com dois programas distintos em todas as áreas que distinguem a vida académica dos professores: a docência, a investigação e a gestão (incluindo a ligação ao exterior), sendo que só a lista B apresenta algumas ideias gerais sobre estes temas. A lista A assume-se como uma lista departamental, defendendo mais aspectos de defesa dos seus próprios interesses do que propriamente da Escola. Este é um aspecto preocupante que já se arrasta desde as workshops organizadas pela Escola, avançando na altura com a ideia que tinha aspirações a ser uma unidade orgânica independente e que, a meu ver, devia ter sido resolvido na altura pelo Conselho Geral da Universidade e não agora no seio da Escola de Engenharia. Seria melhor o Departamento de Informática ter um estatuto próprio, fosse Escola ou departamento autónomo, do que se assumir como defensor dos seus direitos especiais no interior do Conselho de Escola, olhando mais para o seu umbigo do que para a Escola no seu todo. Por isso não espanta que tenham sentido a necessidade de afirmar no fim do seu manifesto que não têm um nome para candidato a Presidente de Escola, porque não é esse o seu objectivo. Já a lista B assume claramente esse objectivo, consciente como é óbvio que o Conselho de Escola não é um órgão de governo, mas que decide quem é o órgão de governo que efectivamente governa, o Presidente e os seus vice-presidentes. Por isso, como já o afirmei aqui, quem vota numa lista estará a votar no Presidente de Escola indirectamente, que será tudo o indica, o cabeça de lista dessa lista. Quanto a isso tudo como os Estatutos prevêem, embora os professores desejassem talvez elegê-lo directamente como se fazia antes, o que seria mais democrático. Os restantes membros da lista, dois nos lugares de topo serão vice-presidentes, os outros reunirão de vez em quando para avaliar a estratégia do Presidente, que sendo sempre forçosamente vaga não causará, grandes razões para se tomarem decisões contrárias ao que o Presidente propor, especialmente se a sua lista tiver a maioria dos lugares. É o que se está a verificar, e cada vez mais, no Conselho Geral da Universidade, que é o órgão análogo ao Conselho de Escola, mas para toda a Universidade. Assim, concluímos que o resto do poder centra-se no Conselho Científico, para o qual se apresentam também duas listas e sobre o qual me debruçarei na próxima mensagem.