sexta-feira, dezembro 19, 2014

Natal Mau e Natal Bom

O que eu não gosto da quadra natalícia: -boas festas de pessoas que não conheço -boas festas por e-mail de pessoas que não conheço -boas festas por e-mail de pessoas que não prezo -boas festas por e-mail de pessoas que não prezo em lugares institucionais -boas festas por e-mail de pessoas que não prezo em lugares institucionais de que nunca ouvi falar -boas festa em várias línguas -boas festas com a frase "um santo natal" -boas festas com a frase "santa Klaus" ou coisa parecida -boas festas em postais com música -música de natal em supermercados -música de natal em altifalantes da cidade -música de natal que nos dão "música" (anúncios) -música de natal cantada por pessoas que não sabem cantar -música de natal para promoção dos músicos no "natal dos hospitais" -músicos pimba a cantar no "Natal dos Hospitais" -display dos doentes dos hospitais no "natal dos hospitais" O que eu gosto do Natal: - luzes de natal (simples) - música White Xmas de Frank Sinatra - Bacalhau com todos na véspera - Perú no forno no dia, com recheio (stuffing) à maneira inglesa - Um bom vinho português a acompanhar - doces de natal (rabanadas, aletria, filhoses, azevias, formigos) - bolo rei, pela nossa tradição - Xmas cake, pela tradição inglesa E por fim -sentimento de família - sentimento de paz e.....desejos de.. BOM NATAL a todos de quem eu gosto e conheço ou pelo menos que não desgosto e para quem o sentimento é mútuo !

domingo, dezembro 07, 2014

Uma sociedade esfrangalhada por uma política hipócrita

O Governo humilhou muitos, fez perder a muitos aquilo que mais gostavam, a sua profissão, e ainda vai ficar mais um ano para terminar de enterrar definitivamente a esperança. O governo como é feito de anjinhos, ninguém vê que nos está a aniquilar com palavras mansas e jogando com as clivagens que a sociedade portuguesa tem, duma forma muito subtil sacia os preconceitos da sociedade: são os do setor privado contra os dos setor público, cortando nas "regalias" do público tal como a ADSE; são os empresários contra os desempregados, instituindo um plafond máximo de subsídio, são os "ricos" do setor público contra os mais pobres e vice-versa, procurando agradar à maioria do setor público, taxando mais os que ganham mais que são muito menos em número; os novos contra os velhos, permitindo despedimentos por "inadequação" às novas tecnologias e procurando desta forma agradar aos mais novos, são os que falam contra os do rendimento mínimo, apelidando-os para todos os efeitos de mandriões. Agora o primeiro ministro vem dizer que acabou com os que mandam nisto tudo e protegeu os "mexilhões". Quais? Os do rendimento mínimo que reduziu para mais de metade ou os velhos a quem lhes cortou o rendimento de solidariedade, os desempregados a quem vai introduzir um plafond para que não recebem mais que um subsídio (a que teriam direito), aos inquilinos que têm sido despejados a torto e a direito com a nova regulamentação da ministra, ou os jovens do ensino especial que não terão os professores que os acompanhem devidamente, já para não falar da escola pública em geral prejudicada pela política de incentivo ao ensino particular (cheque ensino e subsídios a colégios privados). É preciso muita lata ! E quais os donos disto tudo que foram destituídos por este governo? Ou o governo confunde-se com a justiça, o que é natural dado os recentes acontecimentos, ou é melhor estar calado uma vez que os poderosos e ricos são cada vez mais, e o governo com a baixa do IRC, por exemplo, só os beneficia ao beneficiar as grandes empresas, prejudicando os restantes cidadãos com um pesado IRS. O governo obrigou-nos a uma austeridade que foi muito mais pesada para os funcionários públicos e todos os que dependem dele (desempregados, alunos, professores, enfermeiros, médicos..) e está a destruir a sociedade tal qual nós a conhecíamos até há bem pouco tempo, instigando a clivagens e aumentado o fosso entre os mais ricos e os mais pobres. Essa é que é essa. A Espanha não mandou vir a troika e com exceção do emprego que já era muito superior ao nosso, está muito melhor que nós. Os partidos do governo forçaram a vinda da troika e o governo até foi para além da troika, não olhando a quem espezinhava. Agora, com o argumento que o governo anterior levou o país à bancarrota (só o governo anterior esbanjou ou muitas autoestradas já estavam construídas ou em vias de construção e os submarinos que "tanta faltam fazem", quem foi que os encomendou?) corta a torto e a direito, e força de facto a bancarrota de muitas empresas portuguesas e muitos cidadãos portugueses. Assim se vê a hipocrisia desta frase, já muito gasta de tanto uso.