quarta-feira, setembro 19, 2012

O desafio dos praxistas ao reitor

Arrancou o ano letivo muito da mesma forma dos outros anos. As praxes embora oficialmente devessem estar fora dos campi, continuam à vista de todos e pior que isso aos ouvidos de todos, a fazer-se sentir. Diria que os alunos desafiam a UM. Gritam obscenidades e fazem dos mais novos os bobos da festa. O drama é que os "doutores" não são modelo para ninguém e muito menos para os caloiros. Desconfio que são os piores alunos, os mais seguidistas e com menos ideias e menos piada. Desconfio, porque o melhor que conseguem imaginar para os caloiros se integrarem, é gritarem obscenidades, o que representa realmente tudo o que de mais grosseiro há na nossa sociedade, leia-se "povo", revelando um apelo à ignorância, precisamente o oposto do objetivo dos alunos ao quererem entrar na Universidade, e uma falta de ideias confrangedora. Todos os anos é o mesmo cenário. Os "doutores" segundo notícia no DM deixaram a sala em protesto quando falava o reitor numa sessão de boas vindas aos novos alunos. Vê-se bem aqui a falta de decoro destes "velhos" alunos e a sua força. São obviamente pessoas que são poderosas no seu meio e procuram mostrar desta forma perante os caloiros e os movimentos anti-praxe a sua força, pressionando o reitor a ceder. Se o reitor ceder, e espero que a lenta invasão dos campi pelos praxistas não seja um indício disso, será, na minha opinião, o maior revés que o reitor e a UM poderia sofrer em termos mediáticos neste início de ano letivo.

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