sábado, dezembro 01, 2012

Os enigmas na avaliação de funcionários e professores


Na avaliação dos Professores não se sabe se os resultados vão ser divulgados. Discutiu-se muito no passado de os então resultados das avaliações e no caso da Escola de Engenharia a discussão incidia sobre um relatório bianual preenchido pelos Professores. No caso dos funcionários li uma notícia de um caso no tribunal de um funcionário que contestou a sua avaliação e que queria saber quem eram os felizes contemplados com excelente no regime de quotas. O tribunal deu-lhe razão. Não entendo porque é que as Universidades não divulgam quem teve excelente, por exemplo. Seria natural que isso funcionasse como um estímulo para os próprios e para os outros. Ou não. Pode até acontecer que alguns desses excelentes sejam atribuições que não contemplam somente o mérito relativo aos outros concorrentes, o que num regime de quotas prejudicaria os outros candidatos à classificação de excelente, como supostamente teria acontecido no caso relatado. Pela razão do estímulo ou pela da transparência, seria importante revelar pelo menos quem teve excelente. Já os outros com muito bom, bom ou inferior, não se ganha nada em revelar e poderia ser incómodo para quem teve classificações baixas, em termos de imagem e auto-estima, podendo inclusive ser usado contra o avaliado pelos seus superiores. Nestes casos seria mais correto divulgar com autorização do avaliado. No caso dos Professores, a avaliação na Escola de Engenharia por exemplo, teve a particularidade de permitir que os Professores optassem por não ser avaliados no período de 2008-2012, o que no reglamento original seria só aplicável aos anos anteriores a 2008. Isto por si só implica que neste caso a avaliação por quotas, os excelentes, fique comprometida. Por isso teremos que esperar até à próxima avaliação para sugerir que os excelentes sejam divulgados. Depois ainda há a complicação do resultado ser anual e não referente ao período completo. Parece que já se fazem os regulamentos da avaliação para que não sejam completamente transparentes, tanto no caso dos funcionários como dos Professores. No primeiro caso a avaliação é potencialmente subjetiva, por não haver, como há no caso dos Professores, parâmetros claros e quantificáveis (publicações científicas, por exemplo). No caso dos Professores avançam e recuam constantemente com o processo de avaliação, provocando uma confusão tal que ninguém ao certo sabe se vale a pena ser avaliado ou não, independentemente de não ser previsível a compensação remuneratória por via dos escalões para queles que alcançam o excelente, devido aos cortes orçamentais na função pública. Mas ao menos seria um reconhecimento do trabalho desenvolvido por aqueles que ainda levam muito a sério as suas funções.

2 comentários:

anónimUM disse...

CONSULTE POR FAVOR: Nota informativa PRT-CV-01-2012, ano de 2012
Nota informativa PRT-CV-01-2012 - Avaliação de desempenho dos docentes no período 2004-2007.
09-02-2012, em vigor
http://intranet.uminho.pt/Arquivo/files/Outros/2012/Nota_informativa_PRT-CV-01-2012.pdf

Anónimo disse...

Jaime
em educação, na UM, fizemos tudo direitinho (que são inquéritos diferentes dos vossos, como sabe, aliás são diferentes de escola para escola,ainda que as quotas sejam por universidade, suponho) em fevereiro, no máximo. Os avaliadores estiveram a trabalhar como uns doidos,incluindo sábados,e como temos poucos catedráticos, pediu-se ajuda a colegas de outras escolas e aposentados (que, pelo que sei, não foram pagos). Uma trabalheira meodnha, com regras a mudar em cada semana. Aliás, eu já tinha entregue tudo quando queriam mudar mais algo. Enfim, uma imensa pressão. E para quê? Não faço ideia pois ainda ninguém nos disse quais os resultados, e não estou a falar publicamente. Não, o que se passa é que não sabemos individualmente qual a nossa pontuação. Sabemos, sim, que podemos optar pela classificação administrativa, que penso que foi uma opção para toda a UM, mas para isso queremos saber os resultados individuais! Pois bem, estão feitos desde Fevereiro/Março guardadinhos a sete chaves. Quem lucra com essa situação? É sempre a pergunta que faço nestas situações...ajuda a pensar!
abraço. clara