segunda-feira, outubro 17, 2011

Praxes na UM limitadas ao mínimo

Foi difundido um comunicado do reitor limitando a prática das praxes dentro dos campi da UM. É de louvar esta iniciativa. O cenário a que nos habituámos nos últimos anos tem sido confrangedor. O que não sabemos é se este despacho vai eficiente nos seus desígnios. Como muitas leis em Portugal, há sempre forma de as contornar. Mas ao menos valha-nos a intenção. A UM está de parabéns por esta iniciativa.
Os estudantes têm que deixar de pensar que o facto de frequentarem um curso lhes dá o direito de aparecerem aos olhos dos outros que ainda não frequentaram ou que nunca frequentaram, caloiros inclusive, como uma espécie de raça superior. Além do mais é caricato, porque quando mais velho e mau aluno mais possibilidades tem de ser o "papa" da praxe, o que denota uma tendência de aceno à mediocridade. As obscenidades gritadas aos sete ventos são mais um sinal dessa mediocridade. Parece que quanto mais boçal melhor. Ora isto contradiz o espírito da Universidade. Se querem ser boçais ninguém os proíbe, mas deixem de obrigar os outros a serem-no também. Chamar ” bestas” a alunos mais jovens, já é um abuso. Agora obrigà-los a actos de submissão, alguns raiando o "bullying", é em si um acto de prepotência por parte de quem tem um ascendente sobre outros, para não dizer de cobardia, ao aproveitar-se da sua posição de praxante e portante intocável. A coacção psicológica pode ser um crime e deve ser punida severamente num Estado de Direito se for levado até às últimas consequências pela vítima, apoiada por um (bom) advogado. Infelizmente quase nunca chega a acontecer, muito por culpa da vontade legítima que o caloiro tem de ser aceite pelos seus pares e não ser considerado como alguém que estraga a "festa".
O convívio entre os alunos que já cá estão com os caloiros é saudável, sem dúvida, e é natural que se divirtam todos para aliviar um pouco o peso das responsabilidades que vão pesar sobre um aluno no seu percurso ao longo dos anos na UM. Mas já não é saudável quando uns se divertem à custa de outros especialmente quando se trata de jovens desenraizados e ainda sem amigos, como é o caso da maioria dos caloiros.

sexta-feira, outubro 07, 2011

Mega serviços na UM

Passados que são dois anos de governo do actual reitor, que balanço podemos fazer no que respeita à sua actuação em relação aos Serviços da UM? Aparentemente o que a maioria dos professores e funcionários considerava que eram as idiossincrisias, para não dizer anomalias, na estrutura da UM continuam a coexistir com o que é o normal funcionamento da instituição. Estou-me a lembrar dos Serviços de Acção Social, SASUM, que foram muito protegidos pelo anterior reitor, que nomeou o seu antigo secretário da Escola de Engenharia para a frente destes serviços como pontapé de saída. Ora acontece que nunca houve tantas promoções nesses serviços como no governo deste reitor.
Os Serviço Técnicos são outro exemplo que continua tudo na mesma. Em Gualtar as obras têm sido de fachada, e em Azurém continuam sem resolver os problemas com que debatem no dia a dia os utentes do campus: salas com péssima insonorização e péssima climatização; inundações todos os anos por falhas antigas que nunca foram tratadas e que pioraram devido a obras avulso que fizeram ao longo dos anos. Onde estão os Serviços Técnicos para resolverem estes e outros problemas? A julgar pelo que vi numa visita que fiz por causa de um cartão de acessos os parques, estão quase todos(as) sentados(as) em secretárias na sede em Gualtar. De técnicos estes serviços têm muito pouco. Contei na lista de contactos na página da UM pelo menos 63 funcionários. Em Azurém são 3 funcionários! Considerando que a maior parte da Escola de Engenharia está em Azurém, dir-se-ia que não há qualquer lógica neste desiquibrio, já para não falar no número total de funcionários. Não os vemos a arranjar nada, mas antes vemos empresas subcontratadas, a julgar pelas carrinhas que estão á vista de todos nas obras. Dir-se-ia que é um pouco como o Ministério da Agricultura há uns anos atrás onde havia mais funcionários nesse ministério do que agricultores!
O futuro antevê que hajam cortes. Já começaram nas Humanidades, com professores convidados a terem a exclusividade cortada e outros a serem dispensados. Corta-se nos professores que dão aulas mas não se corta nos serviços com gente a mais.Enfim, são os chamados cortes cirúrgicos naqueles com vínculos mais precários. Não há uma estratégia de emagrecimento. E tudo indica que assim vai continuar, sem estratégia.

segunda-feira, outubro 03, 2011

Acesso motorizado à UM: obras úteis ou de fachada?

Voltamos ao dia a dia de entrada na UM pelos nossos próprios meios, normalmente o automóvel. O que deveria ser um processo simples, torna-se muitas vezes um processo complicado. Ora são as barreiras que baixam a meio e podem danificar os carros, como se pode ler em UM para todos, ou são as filas intermináveis na entrada norte daqueles que esperam pacientemente que os seguranças expliquem a carros sem a vinheta de entrada, os mistérios do estacionamento nos parques da UM. Sim, porque o tempo que demora muitas vezes essa conversa, faz pensar que de um mistério se trata.
Fizeram agora duas auto-estradas para entrada e saída na UM (lado sul) mas continuam os problemas mencionados no lado norte. Porquê que não introduzem mais uma entrada, para aqueles que têm cartão de parques condicionado, do lado norte? Em Azurém existe essa possibilidade o que torna o trânsito mais célere, mas em Gualtar obrigam-se os funcionários, professores e outros demais a ficar na fila dos que não têm esse cartão, fazendo perder tempo precioso a esses utentes, exceptuando alunos membros da Associação e outros que não dão aulas nem picam o ponto que conseguem cartões não se sabe como (e já agora porque não dizê-lo: que enchem os lugares dos parques condicionados à discrição reduzindo o número de lugares disponíveis para aqueles que realmente precisam). Pode-se argumentar que os que têm cartão que se dirijam para a entrada sul. Mas quem diz isso não sabe ou não quer saber que essa "voltinha" pode demorar 15 minutos ou mais devido ao trânsito na rua por fora da UM em frente à Quinta dos peôes e que faz a ligação entre as duas entradas. Esse trânsito acrescido iria aliás entupir ainda mais a entrada sul, o que já causa enormes problemas na rotunda imediatamente junto à entrada, e onde passam autocarros e muitos carros que vêm de Gualtar para o centro (a propósito, de quem foi a brilhante ideia de meter uma passadeira mesmo á saída da rotunda para quem entra na nova "auto-estrada " de acesso às cancelas da UM do lado sul?). Enfim...quando se fez a obra os engenheiros estavam de férias? Afinal era Agosto!