Onde pára o Ministro da Educação? E da Investigação Científica? E do Ensino Superior? Parece que desde que houve eleições, nada foi planeado em relação ao Ensino Superior a não ser cortes financeiros. Aliás, é generalizada esta forma de governar nos vários Ministérios, dizem que fruto da crise. Por sua vez a crise é apontada como sendo causada pelo anterior governo. Mas por isso ele foi derrotado nas eleições para que este fizesse alguma coisa. Não para ficar tudo parado! Por quanto tempo vamos esperar para que saiamos deste período de nada fazer para o futuro a não ser cortes e impostos por causa do défice? Estamos paralisados e o pior é que isto é contagiante. Ninguém se mexe. Os bancos não emprestam às empresas, as empresas tentam sobreviver sem investir e o Ensino duma maneira geral está imutável a viver uma época de incertezas. No Ensino Superior os cursos não têm saídas profissionais para tantos alunos; em muitos cursos os alunos passam pelo sistema em mitos casos sem conhecimentos práticos. No Ensino Secundário, os alunos não têm rendimento, sendo notória a vantagem dos alunos do privado. Muitos dos professores foram eles próprios nos seu tempo alunos fracos não podendo portanto em teoria formar bons alunos. O que é que o governo faz? Incentiva o Ensino privado em vez de investir na qualificação e na avaliação dos professores, cedendo em grande parte às exigências corporativistas da classe no que respeita à avaliação.
Seria necessário um Estadista da craveira do Churchill para mobilizar o País! Os nossos estadistas também prometem sangue suor e lágrimas mas não para a vitória, como prometeu o Churchill, mas antes para …pagar um défice. Precisaríamos de um povo sem esquemas mas com vontade de vencer e com auto-estima, que parece ter desaparecido ao longo das décadas, mas que sabemos que já existiu quando os portugueses "deram novos mundos ao mundo". Nessa altura a periferia da Europa não era o sul mas sim o norte, sendo a Finlândia o extremo mais pobre da Europa. Agora dá-se ao luxo de vetar o acesso aos fundos por parte do País que não há muito tempo lhes enviou roupas e agasalhos após a grande guerra mundial e que muito antes disso era um país evoluído para a época enquanto que eles andavam a pastar as renas.
Temos que ter um orgulho colectivo que por exemplo os americanos têm e até os nossos vizinhos espanhóis têm. E nós não temos porquê? Não será pela nossa história. Será por sermos os mais pobres da Europa do euro? Mas então porque têm os indianos orgulho quando são muito mais pobres que nós? É algo que os analistas e historiadores terão que explicar às gerações vindouras. Nessa altura espero que a nossa geração não seja culpabilizada por não saber dar a volta à situação de estagnação em que vivemos. O Ensino tem uma responsabilidade acrescida para uma mudança, formando os futuros cientistas, engenheiros, gestores e administradores de forma a que possam eles próprios fazer essa mudança. Mas para isso nós no Ensino também temos que mudar de atitude, e isso não está á vista. Também não ajuda um Ministro ausente e ainda sem estratégia para o Ensino Superior.
quarta-feira, outubro 26, 2011
segunda-feira, outubro 17, 2011
Praxes na UM limitadas ao mínimo
Foi difundido um comunicado do reitor limitando a prática das praxes dentro dos campi da UM. É de louvar esta iniciativa. O cenário a que nos habituámos nos últimos anos tem sido confrangedor. O que não sabemos é se este despacho vai eficiente nos seus desígnios. Como muitas leis em Portugal, há sempre forma de as contornar. Mas ao menos valha-nos a intenção. A UM está de parabéns por esta iniciativa.
Os estudantes têm que deixar de pensar que o facto de frequentarem um curso lhes dá o direito de aparecerem aos olhos dos outros que ainda não frequentaram ou que nunca frequentaram, caloiros inclusive, como uma espécie de raça superior. Além do mais é caricato, porque quando mais velho e mau aluno mais possibilidades tem de ser o "papa" da praxe, o que denota uma tendência de aceno à mediocridade. As obscenidades gritadas aos sete ventos são mais um sinal dessa mediocridade. Parece que quanto mais boçal melhor. Ora isto contradiz o espírito da Universidade. Se querem ser boçais ninguém os proíbe, mas deixem de obrigar os outros a serem-no também. Chamar ” bestas” a alunos mais jovens, já é um abuso. Agora obrigà-los a actos de submissão, alguns raiando o "bullying", é em si um acto de prepotência por parte de quem tem um ascendente sobre outros, para não dizer de cobardia, ao aproveitar-se da sua posição de praxante e portante intocável. A coacção psicológica pode ser um crime e deve ser punida severamente num Estado de Direito se for levado até às últimas consequências pela vítima, apoiada por um (bom) advogado. Infelizmente quase nunca chega a acontecer, muito por culpa da vontade legítima que o caloiro tem de ser aceite pelos seus pares e não ser considerado como alguém que estraga a "festa".
O convívio entre os alunos que já cá estão com os caloiros é saudável, sem dúvida, e é natural que se divirtam todos para aliviar um pouco o peso das responsabilidades que vão pesar sobre um aluno no seu percurso ao longo dos anos na UM. Mas já não é saudável quando uns se divertem à custa de outros especialmente quando se trata de jovens desenraizados e ainda sem amigos, como é o caso da maioria dos caloiros.
Os estudantes têm que deixar de pensar que o facto de frequentarem um curso lhes dá o direito de aparecerem aos olhos dos outros que ainda não frequentaram ou que nunca frequentaram, caloiros inclusive, como uma espécie de raça superior. Além do mais é caricato, porque quando mais velho e mau aluno mais possibilidades tem de ser o "papa" da praxe, o que denota uma tendência de aceno à mediocridade. As obscenidades gritadas aos sete ventos são mais um sinal dessa mediocridade. Parece que quanto mais boçal melhor. Ora isto contradiz o espírito da Universidade. Se querem ser boçais ninguém os proíbe, mas deixem de obrigar os outros a serem-no também. Chamar ” bestas” a alunos mais jovens, já é um abuso. Agora obrigà-los a actos de submissão, alguns raiando o "bullying", é em si um acto de prepotência por parte de quem tem um ascendente sobre outros, para não dizer de cobardia, ao aproveitar-se da sua posição de praxante e portante intocável. A coacção psicológica pode ser um crime e deve ser punida severamente num Estado de Direito se for levado até às últimas consequências pela vítima, apoiada por um (bom) advogado. Infelizmente quase nunca chega a acontecer, muito por culpa da vontade legítima que o caloiro tem de ser aceite pelos seus pares e não ser considerado como alguém que estraga a "festa".
O convívio entre os alunos que já cá estão com os caloiros é saudável, sem dúvida, e é natural que se divirtam todos para aliviar um pouco o peso das responsabilidades que vão pesar sobre um aluno no seu percurso ao longo dos anos na UM. Mas já não é saudável quando uns se divertem à custa de outros especialmente quando se trata de jovens desenraizados e ainda sem amigos, como é o caso da maioria dos caloiros.
sexta-feira, outubro 07, 2011
Mega serviços na UM
Passados que são dois anos de governo do actual reitor, que balanço podemos fazer no que respeita à sua actuação em relação aos Serviços da UM? Aparentemente o que a maioria dos professores e funcionários considerava que eram as idiossincrisias, para não dizer anomalias, na estrutura da UM continuam a coexistir com o que é o normal funcionamento da instituição. Estou-me a lembrar dos Serviços de Acção Social, SASUM, que foram muito protegidos pelo anterior reitor, que nomeou o seu antigo secretário da Escola de Engenharia para a frente destes serviços como pontapé de saída. Ora acontece que nunca houve tantas promoções nesses serviços como no governo deste reitor.
Os Serviço Técnicos são outro exemplo que continua tudo na mesma. Em Gualtar as obras têm sido de fachada, e em Azurém continuam sem resolver os problemas com que debatem no dia a dia os utentes do campus: salas com péssima insonorização e péssima climatização; inundações todos os anos por falhas antigas que nunca foram tratadas e que pioraram devido a obras avulso que fizeram ao longo dos anos. Onde estão os Serviços Técnicos para resolverem estes e outros problemas? A julgar pelo que vi numa visita que fiz por causa de um cartão de acessos os parques, estão quase todos(as) sentados(as) em secretárias na sede em Gualtar. De técnicos estes serviços têm muito pouco. Contei na lista de contactos na página da UM pelo menos 63 funcionários. Em Azurém são 3 funcionários! Considerando que a maior parte da Escola de Engenharia está em Azurém, dir-se-ia que não há qualquer lógica neste desiquibrio, já para não falar no número total de funcionários. Não os vemos a arranjar nada, mas antes vemos empresas subcontratadas, a julgar pelas carrinhas que estão á vista de todos nas obras. Dir-se-ia que é um pouco como o Ministério da Agricultura há uns anos atrás onde havia mais funcionários nesse ministério do que agricultores!
O futuro antevê que hajam cortes. Já começaram nas Humanidades, com professores convidados a terem a exclusividade cortada e outros a serem dispensados. Corta-se nos professores que dão aulas mas não se corta nos serviços com gente a mais.Enfim, são os chamados cortes cirúrgicos naqueles com vínculos mais precários. Não há uma estratégia de emagrecimento. E tudo indica que assim vai continuar, sem estratégia.
Os Serviço Técnicos são outro exemplo que continua tudo na mesma. Em Gualtar as obras têm sido de fachada, e em Azurém continuam sem resolver os problemas com que debatem no dia a dia os utentes do campus: salas com péssima insonorização e péssima climatização; inundações todos os anos por falhas antigas que nunca foram tratadas e que pioraram devido a obras avulso que fizeram ao longo dos anos. Onde estão os Serviços Técnicos para resolverem estes e outros problemas? A julgar pelo que vi numa visita que fiz por causa de um cartão de acessos os parques, estão quase todos(as) sentados(as) em secretárias na sede em Gualtar. De técnicos estes serviços têm muito pouco. Contei na lista de contactos na página da UM pelo menos 63 funcionários. Em Azurém são 3 funcionários! Considerando que a maior parte da Escola de Engenharia está em Azurém, dir-se-ia que não há qualquer lógica neste desiquibrio, já para não falar no número total de funcionários. Não os vemos a arranjar nada, mas antes vemos empresas subcontratadas, a julgar pelas carrinhas que estão á vista de todos nas obras. Dir-se-ia que é um pouco como o Ministério da Agricultura há uns anos atrás onde havia mais funcionários nesse ministério do que agricultores!
O futuro antevê que hajam cortes. Já começaram nas Humanidades, com professores convidados a terem a exclusividade cortada e outros a serem dispensados. Corta-se nos professores que dão aulas mas não se corta nos serviços com gente a mais.Enfim, são os chamados cortes cirúrgicos naqueles com vínculos mais precários. Não há uma estratégia de emagrecimento. E tudo indica que assim vai continuar, sem estratégia.
segunda-feira, outubro 03, 2011
Acesso motorizado à UM: obras úteis ou de fachada?
Voltamos ao dia a dia de entrada na UM pelos nossos próprios meios, normalmente o automóvel. O que deveria ser um processo simples, torna-se muitas vezes um processo complicado. Ora são as barreiras que baixam a meio e podem danificar os carros, como se pode ler em UM para todos, ou são as filas intermináveis na entrada norte daqueles que esperam pacientemente que os seguranças expliquem a carros sem a vinheta de entrada, os mistérios do estacionamento nos parques da UM. Sim, porque o tempo que demora muitas vezes essa conversa, faz pensar que de um mistério se trata.
Fizeram agora duas auto-estradas para entrada e saída na UM (lado sul) mas continuam os problemas mencionados no lado norte. Porquê que não introduzem mais uma entrada, para aqueles que têm cartão de parques condicionado, do lado norte? Em Azurém existe essa possibilidade o que torna o trânsito mais célere, mas em Gualtar obrigam-se os funcionários, professores e outros demais a ficar na fila dos que não têm esse cartão, fazendo perder tempo precioso a esses utentes, exceptuando alunos membros da Associação e outros que não dão aulas nem picam o ponto que conseguem cartões não se sabe como (e já agora porque não dizê-lo: que enchem os lugares dos parques condicionados à discrição reduzindo o número de lugares disponíveis para aqueles que realmente precisam). Pode-se argumentar que os que têm cartão que se dirijam para a entrada sul. Mas quem diz isso não sabe ou não quer saber que essa "voltinha" pode demorar 15 minutos ou mais devido ao trânsito na rua por fora da UM em frente à Quinta dos peôes e que faz a ligação entre as duas entradas. Esse trânsito acrescido iria aliás entupir ainda mais a entrada sul, o que já causa enormes problemas na rotunda imediatamente junto à entrada, e onde passam autocarros e muitos carros que vêm de Gualtar para o centro (a propósito, de quem foi a brilhante ideia de meter uma passadeira mesmo á saída da rotunda para quem entra na nova "auto-estrada " de acesso às cancelas da UM do lado sul?). Enfim...quando se fez a obra os engenheiros estavam de férias? Afinal era Agosto!
Fizeram agora duas auto-estradas para entrada e saída na UM (lado sul) mas continuam os problemas mencionados no lado norte. Porquê que não introduzem mais uma entrada, para aqueles que têm cartão de parques condicionado, do lado norte? Em Azurém existe essa possibilidade o que torna o trânsito mais célere, mas em Gualtar obrigam-se os funcionários, professores e outros demais a ficar na fila dos que não têm esse cartão, fazendo perder tempo precioso a esses utentes, exceptuando alunos membros da Associação e outros que não dão aulas nem picam o ponto que conseguem cartões não se sabe como (e já agora porque não dizê-lo: que enchem os lugares dos parques condicionados à discrição reduzindo o número de lugares disponíveis para aqueles que realmente precisam). Pode-se argumentar que os que têm cartão que se dirijam para a entrada sul. Mas quem diz isso não sabe ou não quer saber que essa "voltinha" pode demorar 15 minutos ou mais devido ao trânsito na rua por fora da UM em frente à Quinta dos peôes e que faz a ligação entre as duas entradas. Esse trânsito acrescido iria aliás entupir ainda mais a entrada sul, o que já causa enormes problemas na rotunda imediatamente junto à entrada, e onde passam autocarros e muitos carros que vêm de Gualtar para o centro (a propósito, de quem foi a brilhante ideia de meter uma passadeira mesmo á saída da rotunda para quem entra na nova "auto-estrada " de acesso às cancelas da UM do lado sul?). Enfim...quando se fez a obra os engenheiros estavam de férias? Afinal era Agosto!
sexta-feira, setembro 09, 2011
Estilos de poder
Vêm aí cortes que implicam despedimentos e/ou perda de poder de compra dos Professores da UM. Nesta fase crítica da Universidade do Minho o que sabemos é-nos transmitido na forma de números: tantos por cento de cortes de Professores convidados. Nem uma palavra aos visados, de conforto ou de justificação do porquê que foram eles os escolhidos. Nem um comunicado fosse escrito ou falado pelo sr. Reitor (pelo menos que viesse a público). Já tivemos como ocupante anterior do cargo um reitor mudo em relação a uma explicação aos visados de que iria cativar as suas verbas provenientes dos seus projectos; agora temos um reitor que corta a direito sem grandes explicações, e já não são verbas de projectos, são salários que ferem o nível de vida de muitos Professores e que inevitavelmente lhes vai causar sérios problemas pessoais. É um estilo de líder apolítico e tecnocrata, já para não falar da falta de sensibilidade social,um pouco como o Ministro das Finanças actual. Pode ser que as coisas mudem com o tempo e que o reitor fique mais temperado e mais maleável com o continuado malhar do Ministro no orçamento da UM (linguagem de engenharia talvez apropriada a quem se dirige)... e mude de estilo.
Ficar-lhe-ia bem.
Ficar-lhe-ia bem.
domingo, setembro 04, 2011
Os cortes na UM são cegos?
Os cortes das Universidades vêm dar o seu contributo forçado à dívida. Que seja. Mas quem sairá prejudicado? Os professores convidados serão os primeiros a serem despedidos segundo instruções do reitor. À primeira vista parece bem uma vez que são "convidados". No entanto muitos destes Professores estão há anos nesta situação só porque as contratações estão congeladas. Não estão por opção! E muitos fazem mais serviço do que os contratados, uma vez que não podem dizer que não ao seu vínculo precário. Quem vai fazer o trabalho deles? Quem sofre? Os alunos, claro! Se os cortes não são cegos porque estão direccionados aos mais fracos, são cegos no que respeita às consequências, porque quem tem mais professores convidados é quem mais vai sofrer e possivelmente cursos vão fechar nestas Escolas por essa razão. Houve muitas promoções recentes entre os funcionários para Directores, talvez seja aqui que se deva também começar a cortar. Afinal o Governo não está a cortar chefias intermédias em várias instituições por não se justificar tantas chefias? Na UM aumentaram-se o número de Divisões para acomodaram mais chefes e desta forma promoverem funcionários que até não teriam nem os anos de serviço nem as qualificações que normalmente são exigidas para essas funções. Chegou-se ao ridículo de fazerem Divisões que aparentam não chegar sequer à meia dúzia de funcionários portanto sem qualquer massa crítica (é como se os romanos tivessem nas suas legiões centúrias com menos de cem romanos e os centuriões as comandassem)! Não seria também de reestruturar as Divisões e poupar também aqui? Fizeram-se ainda promoções à pressa em Serviços como que adivinhando o que vinha aí: o congelamento até 2003 nas promoções d a Função Pública anunciado esta semana. É assim que querem mobilizar as pessoas desta casa? Chama-se a isto em inglês um "pre-emptive attack", em linguagem militar. Antes dos cortes é preciso “atacar”, mas para o benefício de alguns. Quando isto acontece, normalmente não são os mais capazes que são promovidos como é evidente. São aqueles cujo "currículo" as chefias, leia-se Director, conhecem melhor. Agora os outros funcionários que estiveram anos à espera, que melhoraram o seu currículo, até que passaram a licenciados, podendo ser promovidos pelo seu esforço, ficam mais uma vez sem qualquer esperança de ver os seus justos desígnios alcançados.
No caso dos professores, fez-se um Regulamento de avaliação o RAD, “para inglês ver”. É mais uma auto-avaliação do que uma avaliação por terceiros. Só 15% da avaliação no RAD da Engenharia é que pesa a avaliação do avaliador! Ora por muito incompetentes que os professores sejam nunca vão ter a avaliação que pudesse distinguir o trigo do joio. E depois criticamos os professores do ensino secundário que não querem ser avaliados e torcem-se todos por uma auto-avaliaçãozinha. Nós vamos pelo mesmo caminho! Quando chegar a altura depois de 2013 para retomar as promoções e enviar alguns para a mobilidade, não haverá bases para o fazer. E os cortes serão realmente cegos, porque nessa altura vai haver despedimentos, com o rumo que as coisas levam.
Sejamos corajosos e arrume-se a casa, preparando-a para os maus tempos que se avizinham, e por uma vez façamo-lo duma forma objectiva, sem compadrios nem mediocridade.
No caso dos professores, fez-se um Regulamento de avaliação o RAD, “para inglês ver”. É mais uma auto-avaliação do que uma avaliação por terceiros. Só 15% da avaliação no RAD da Engenharia é que pesa a avaliação do avaliador! Ora por muito incompetentes que os professores sejam nunca vão ter a avaliação que pudesse distinguir o trigo do joio. E depois criticamos os professores do ensino secundário que não querem ser avaliados e torcem-se todos por uma auto-avaliaçãozinha. Nós vamos pelo mesmo caminho! Quando chegar a altura depois de 2013 para retomar as promoções e enviar alguns para a mobilidade, não haverá bases para o fazer. E os cortes serão realmente cegos, porque nessa altura vai haver despedimentos, com o rumo que as coisas levam.
Sejamos corajosos e arrume-se a casa, preparando-a para os maus tempos que se avizinham, e por uma vez façamo-lo duma forma objectiva, sem compadrios nem mediocridade.
sábado, setembro 03, 2011
Os cortes no Ensino Superior
Os cortes abrangem as Universidades. Até aqui nada demais, uma vez que a prioridade deste Governo nos cortes não é como se julgava na gordura do Estado, mas apesar de gestos simbólicos de cortes nas gravatas e nos motoristas, os cortes vão para aquilo que é o essencial para os portugueses menos privilegiados, ou seja, as urgências hospitalares na saúde, o subsidio de Natal que para muitos servia para cobrir despesas que o ordenado não cobria, nos transportes públicos, etc. Despesismo da Madeira não é atacado ao contrário do despesismo do anterior governo que serve de desculpa para o acréscimo dos impostos. Promoções nas Forças Armadas sancionadas, ao arrepio do que já tinha decidido o governo anterior, ao declarar ilegais essas promoções; enfim, o corte não é assim tão cego como se julga, porque se fosse também os muito ricos, á excepção do Américo Amorim que não é rico e pertence à classe trabalhadora segundo afirma, seriam taxados nas suas fortunas. O argumento de Passos Coelho que assim os outros ricos, nomeadamente estrangeiros, não investem se isso for para a frente, dá vontade de perguntar se o P.C quer Portugal equiparado às repúblicas das bananas, com salários baixos e sem impostos para quem investe. Esse dinheiro que entra também não fica lá como se pode ver no seu nível de vida e como se comprovou nos últimos anos com a saída das empresas estrangeiras para outros locais de mão de obra mais barata. A não ser que seja essa a estratégia do P.C., baixar o custo da mão de obra em simultâneo com as benesses para esses potenciais investidores milionários. O que é certo que esses senhores, Amorim, Belmiro e Soares (Pingo Doce) ganharam dinheiro muito à custa do trabalho dos outros e de mão de obra barata (quanto se paga para fazer rolhas?) e agora seria altura de compensar um pouco o Estado do qual beneficiaram (sem falar nos programas de auxílio do Estado, Pedip e QRENs de que beneficiaram largo).
terça-feira, agosto 30, 2011
Uma rentrée universitária atribulada
Ao aproximar o novo ano lectivo e o fim do ano financeiro, demite-se a Vice-Reitora que tem o pelouro das finanças da Universidade, Margarida Proença. A altura não podia ser pior, principalmente com o aproximar do fim do ano e do fechar de contas, que é sempre um quebra cabeças para a instituição. Daqui se podem tirar várias ilações: Uma é que o reitor foi apanhado de surpresa, precisamente porque não iria demitir a pessoa que instituiu e que controla todo um novo processo de contabilização das despesas, com a introdução de dimensões e outras designações que aparecem na página da intranet que dá acesso à contabilidade dos projectos e que são para muitos ainda um mistério.
Outra possível ilação é que foi o reitor que a demitiu, mesmo em má altura, aproveitou as férias tal como fazem as empresas, para arrumar a casa. Mas nesse caso, demitiu porquê? Tal como aparece noutro blogue, se a demitisse teria alguém já na manga, o que parece não ser o caso, senão teria anunciado a sua substituição e não a sua demissão.
Há aqui toda uma telenovela por desvendar se o reitor não vier explicar os porquês da demissão. Em jogo está a estabilidade e a celeridade dos processos na Divisão Financeira e Patrimonial e em última análise, a imagem da Universidade perante a tutela, em momentos de crise que exigem uma gestão muito profissional e criteriosa das contas deste ano que está próximo do fim.
Aguarda-se pois uma substituição célere e suave, com a ajuda activa de quem cessa funções na passagem do testemunho.
Outra possível ilação é que foi o reitor que a demitiu, mesmo em má altura, aproveitou as férias tal como fazem as empresas, para arrumar a casa. Mas nesse caso, demitiu porquê? Tal como aparece noutro blogue, se a demitisse teria alguém já na manga, o que parece não ser o caso, senão teria anunciado a sua substituição e não a sua demissão.
Há aqui toda uma telenovela por desvendar se o reitor não vier explicar os porquês da demissão. Em jogo está a estabilidade e a celeridade dos processos na Divisão Financeira e Patrimonial e em última análise, a imagem da Universidade perante a tutela, em momentos de crise que exigem uma gestão muito profissional e criteriosa das contas deste ano que está próximo do fim.
Aguarda-se pois uma substituição célere e suave, com a ajuda activa de quem cessa funções na passagem do testemunho.
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