segunda-feira, dezembro 14, 2009

As eleições para os órgãos da Escola de Engenharia 3-O Presidente

Aqui estão os factos:
O Presidente da Escola será eleito pelo Conselho de Escola, como é do conhecimento geral (ou não?). As listas para o Conselho de Escola irão a votos na Quarta-feira. Os cabeças das duas listas já fizeram o seu apelo ao voto. O cabeça de lista A entre outras considerações sobre o programa, afirma que não se compromete com nenhum nome para a Presidência da Escola.
Agora as hipóteses:
A lista B não revelando quem é o Presidente, deixa em aberto a hipótese mais provável de ser Paulo Pereira, o cabeça de lista. O nº 2 da lista, João Álvaro será provavelmente um dos Vices, repetindo a sua função no tempo da anterior Presidência de A. Cunha.
Sendo assim, seria importante que a lista B abrisse o jogo, porque quem vota na lista B estará presumivelmente a votar para o Presidente da Escola.
Porquê que é relevante esta questão? Porque o Presidente terá muito mais importância que o Conselho de Escola. Será quem gere a Escola e o seu programa e as suas ideias serão de muito maior importância que o programa da lista para o Conselho de Escola, que não deixa de ser um órgão consultivo na prática, embora de em teoria ser um órgão de poder da Escola (ver anterior mensagem).

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Universidades portuguesas desperdiçam dinheiro?

Hoje tivemos a notícia no Jornal de Negócios dum estudo encomendado ao ISEG pela Comissão Europeia, que conclui que as Universidades portuguesas produziriam o mesmo com metade do dinheiro, desde que as verbas tivessem sido aplicadas eficientemente.
E mais não adianta a notícia.
Ficamos sem saber:
1) se o desperdício é devido ao excesso de professores, funcionários ou outro tipo de gastos considerados supérfluos.
2) se é uma questão de a produção, eventualmente aferida pelo número de alunos formados, ser aquém do que se esperaria, ou se é de produção científica que se refere o estudo.
3) se quem fez o estudo o fez "eficientemente" uma vez que o ISEG também é uma Universidade portuguesa
4) se este estudo foi encomendado para o nosso ministro Gago cortar nas verbas às Universidades
5) se adianta alguma coisa este estudo, sem sugerir uma reforma da universidade (a última que se fez, o RJIES, já todos percebemos que vai deixar tudo na mesma)
6) Se agora que foram publicados os novos estatutos do Ensino Superior, ECDU, vamos alterá-los outra vez para melhorar a "eficiência" das Universidades ou se este novo Estatuto vai resolver alguma coisa
7) Se os professores vão ligar alguma a este estudo
8) se.....

Concluindo: não é com críticas destrutivas que vamos lá, é preciso também que se sugiram medidas que alterem este aparente cenário de desperdício de dinheiros públicos.

sábado, dezembro 05, 2009

As eleições para os órgãos da Escola de Engenharia 2- listas para o Conselho Científico

Tal como para o Conselho de Escola são duas as listas que se apresentam para o corpo dos "professores e investigadores de carreira", e tal como para o CG uma das listas (A) apresenta-se como departamental, embora neste caso avance com algumas linhas gerais em que outros se possam identificar. Sendo uma atitude mais positiva não deixa de ser uma candidatura departamental.
A outra lista (B) não oferece grandes surpresas na orientação, sendo uma orientação já assumida por vários dos seus elementos no passado recente, como sendo a proposta de parcerias do tipo MIT, que teve um responsável por parte da UM no ex-vice-reitor Manuel Mota, que lidera esta lista. Um aspecto curioso é que com o currículo científico e de gestão científica do seu cabeça de lista, M.M., esta lista torna-se uma lista macrocéfala, estando os outros elementos tanto quanto me é possível avaliar pelos elementos curriculares que estão acessíveis ao público em geral, num patamar muito inferior, apresentando um currículo mais de gestão, pelo que se põe a questão se esta lista não deveria ser de facto a lista para o Conselho de Escola e o seu cabeça de lista o candidato a Presidente da Escola. Aliás nada impede que M.M. se candidate á Presidência da Escola, o que tornaria esta lista acéfala em termos de currículo científico.
Independentemente do currículo científico, há na lista pessoas com experiência de gestão, alguns ex-pró-reitores que penso que estarão nessa lista como uma espécie de continuidade das suas funções como pró-reitores, mas agora não na UM como um todo, mas na Escola de Engenharia. Ter ex-vice-reitores e pró-reitores no Conselho Científico será uma experiência curiosa. A meu ver, não será mau ter elementos no Conselho Científico com essa experiência, mas espera-se que não tragam alguns dos aspectos piores da governação de A. Guimarães Rodrigues para o Conselho Científico, que para o bem e para o mal foi A.G.R o grande responsável e não os seus vice e pró-reitores, como é do conhecimento geral.
Podemos considerar que o Conselho Científico é mais que um órgão que determina a política científica da Escola? O programa da lista B tem uma proposta de formação de novas unidades de interface e uma de interacção com a indústria tradicional com equipas multi-disciplinares de vários departamentos (ou centros?)que é interessante, e fugindo um pouco á ciência é um exemplo de como a relação com o exterior aparece neste órgão e também no programa da lista B concorrente ao órgão que define a estratégia da Escola, o Conselho de Escola. É uma das indefinições do RJIES e do Regulamento da Escola, é precisamente onde é definida a relação com o exterior. Embora a proposta refere que é em conjunto com o Conselho Consultivo e as Unidades de Interface, esquece o facto de que quem propõe é o Presidente do Científico que é ao mesmo tempo Presidente da Escola e o artigo 14, alínea e) dos Estatutos da Escola refere que quem decide a estratégia Geral da Escola é o Conselho de Escola que não está sob a alçada do Presidente. Por isso espero que realmente funcione a articulação entre estes dois órgãos, o CE e o CC, para que a relação com o exterior, tão importante para uma Escola de Engenharia, realmente funcione. Resta acrescentar que quem dirige a banda é o Presidente e se não for um bom maestro será difícil qualquer articulação.