sexta-feira, fevereiro 06, 2009

Morreu John Updike

Para quem não conhece, recomendo a leitura do livro mais famoso de John Updike, que só ficou agora conhecido da muitos de vós por ter morrido e isso ter sido noticiado, da trilogia Rabbit (Coelho), e ficam a conhecer através duma vida do sr Rabbit como a vida nos EUA era no período desde o pós-guerra até aos anos 80 para o comum dos mortais. E porque é que isto tem algum interesse para nós portugueses? A não ser que nos interessemos por livros bem escritos duma forma despretenciosa, que é o meu caso, ou nos interessemos pela vida do outro lado do Atlântico, que poucos se interessam a não ser que seja a dos actores de Hollywood, não tem de facto qualquer interesse. Agora, se pensarmos um bocadinho que este foi um dos escritores mais considerados das últimas décadas, naquela que é a maior potencia editorial do Mundo mas que afinal de contas não teve um Fernando Pessoa, e nós aqui no nosso cantinho, neste país com tanta rodagem literária, não temos escritores que retratem o País duma forma tão eficiente e aliciante, e só temos escritores de ficção e um nóbel (gosto muito do Saramago mas quem sou eu para dizer que também fazia falta um não-nobel que retratasse o País real mas com vírgulas?)ou potenciais nóbeis que com palavrões pensam dar mais autenticidade aos romances (A.L.A.), ou no outro extremo os jornalistas-escritores que estão muito na moda (mas que a meu ver faziam melhor se ficassem pelos telejornais e deixarem-se de brincar aos escritores), então já começamos a pensar que também podiamos ter uns Johns Updikes que espelhassem melhor a vida em Portugal.

O Comboio Braga-Guimarães e o TGV

Todos sabemos que a auto-estrada Braga-Guimarães foi construida com uma ajudazinha do Euro 2004. Era necessário que os adeptos rapidamente chegassem a um e outro estádio, nas duas cidades, sem atrasos e mais importante, era a imagem do País que estava em jogo! Vejam a força que o futebol tem, que conseguiu ser decisivo naquilo que era mais evidente e que vinha a ser adiado durante anos!
Ora agora há uma outra mega-obra que vem a caminho, o TGV, e já se fala que havendo uma paragem em Braga, os Vimaranenses devem ter um acesso por ferrovia ao termibnal TGV em Braga. Assim, repete-se o processo: só com uma grande obra se satisfazem os anseios de décadas na ligação entre as duas cidades. E eu digo: antes assim que nunca!

quinta-feira, janeiro 29, 2009

A Renovação numa sociedade democrática

Em qualquer organização, seja empresa ou instituição, a renovação é fundamental. Em governos de países democráticos também é evidente que essa renovação é ciclica. Nuns casos leva mais tempo que noutros, mas a renovação normalmente ocorre após um segundo ou terceiro mandato do partido no governo. Ela é essencial porque sem renovação os que ocupam cargos de responsabilidade tornam-se complacentes com o que os rodeia, no que respeita a possíveis injustiças e/ou desinteressados de iniciativas de outros que não os que os rodeiam ou seus dependentes.
Forma-se assim uma teia de interesses, em que todos se autoajudam a manter os respectivos cargos. Por sua vez, esta teia tem uma outra mais ampla de muitos que receosos do seu futuro, não contestam esta supremacia e aceitam-na na convicção que ficarão protegidos de eventuais azares.
A Renovação é necessária, é o que a democracia nos oferece. Podemos ou não aproveitar consoante estejamos satisfeitos com o estado actual das coisas ou não. Isso também diz muito de quem somos e também isso nos deve fazer reflectir.
Pensem nisso.

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Eleições para a Assembleia Estatutária da Escola: um "Non-event?"

As listas para a Assembleia Estatutária da Escola de Engenharia aí estão. Não se esperam grandes novidades. Por um lado as conclusões das Workshops promovidas pela Escola de Engenharia sugeria um caminho de "clusterização" de departamentos que não foi depois confirmado por uma sondagem aos departamentos que optaram por ficar imutáveis. A Assembleia já está portanto condicionada por esta tomada de posição por parte dos departamentos. Por outro lado as grandes decisões já foram tomadas pela Assembleia Estatutária da Universidade e encontram-se por exemplo definidos nos Estatutos da UM a estrutura dos Departamentos, do Conselho Científico, do Conselho de Gestão, etc. Não existem por exemplo "clusters" nem podem existir por não estarem previstos nos Estatutos da UM. O que resta? A meu ver só atribuir os nomes aos bois, nomeadamente no que diz respeito aos Departamentos. Ainda poderia haver uma alteração da geometria departamental, com fusões ou cisões, mas no período dum mês vai a Assembleia reverter o que foi já decidido pelos departamentos? Não me parece ser plausível. Como nos Centros de ID não se pode mexer por serem Centros da FCT...não há muito que se pode fazer e conclui-se assim, por muito que nos custe admitir, que não há razões para nos entusiamarmos muito com estas eleições.