Foi anunciado recentemente pelo Vice Reitor Vasco Teixeira o retorno de algum apoio do GAP em Azurém para candidaturas a projectos. O "Prálemd'Azurém" congratula-se com esta medida que vai inverter um pouco o êxodo dos vários serviços de Azurém nos últimos anos. Aquele que foi o mais marcante, pela negativa, foi o abandono dos Serviços Técnicos daquele que é o Pólo mais tecnológico da UM. Pergunta-se: para que servem tantos funcionários sentados nas suas secretárias em Gualtar quando grande parte do apoio técnico será em Azurém? Faz lembrar um pouco o que acontecia na Ministério da Agricultura não há muito tempo atrás, em que haviam mais funcionários administrativos no Ministério do que agricultores! Porque se sub-contratam serviços básicos de "remendos" (canalizadores, trolhas) com tantos funcionários nos serviços? Quando é urgente, no caso duma fuga de água dum radiador, como já presenciei, é necessário recorrer ao que há à mão, no caso um trolha que estava a trabalhar no Departamento de Engenharia Civil! No edifício mais antigo, aqueles que trabalham em laboratórios sabem das dificuldades que enfrentam, quando querem ar comprimido, arranjo duma fuga de água ou transporte de equipamento, por exemplo. Duma maneira geral as instalações são velhas, precisam de apoio constante e algumas são de envergonhar qualquer responsável quando comparadas com outras instituições congéneres. As instalações tecnológicas mais recentes estão entregues a meia dúzia de departamentos, como por exemplo o Departamento e Centro de Polímeros, ou estão inseridas em instalações dos Centros Tecnlógicos (PIEP) em terrenos e infra-estruturas cedidas, pelo menos parcialmente, pela Universidade. Seria justo que outros departamentos tivessem agora o mesmo tratamento. Num contexto de crise, fala-se muito em prioridades. Outros no passado já tiveram a sua prioridade. Não será tempo de abordar o investimento em infra-estruturas numa lógica de novas prioridades? Porque não se instala de raiz um laboratório de Nanomateriais por exemplo? Vai-se deixar que outros o façam? A ligação ao laboratório de Nanotecnologia de Braga só se fará se a UM mostrar que tem uma estrutura no seu seio que pode colaborar em pé de igualdade com este laboratório. Mas esse não seria a meu ver o objectivo principal dum laboratório de Nanomateriais, uma vez que prevê-se que se fará nesse laboratório mais investigação fundamental ligada à saúde do que I&D com possibilidade de aplicação na nossa indústria ou mesmo na indústria europeia. Ou ainda, porque não se cria uma incubadora de empresas “spin-off” de base tecnológica? A proximidade com a instituição onde se encontram os investigadores seria uma grande vantagem. Veja-se o exemplo do Spin-Park que não consegue atrair as empresas spin-off da UM, mesmo estando a UM a uns escassos 10 Kilómetros aproximadamente. O facto é que se um investigador quiser ir à spin-off que criou perde uma manhã ou uma tarde, quando se fosse dentro do campus ia e vinha sem perturbar muito a sua vida profissional na Universidade.
Resumindo, venha o GAP, venham os Serviços Técnicos, que ajuda muito, mas venham também os investimentos em novas infra-estruturas, seja com verbas do contrato confiança, seja com verbas do FEDER ou doutros programas de financiamento. Os responsáveis pela instituição, O Conselho Geral e os Conselhos de Escola que trabalhem em conjunto com reitor e Presidentes de Escola, respectivamente, em soluções deste tipo (nanomateriais, incubadora de empresas…) para o futuro, porque tenho a certeza que motivariam uma boa parte da comunidade académica em Azurém a acompanhá-los.
quarta-feira, abril 14, 2010
sexta-feira, abril 09, 2010
O futuro do IPCA passa pela integração na UM?
Numa referência ao IPCA, Instituto Politécnico do Cávado, por parte do Presidente do Conselho Geral da UM o engenheiro Braga de Cruz, foi dito que não teria futuro e sugerido que fosse integrado na UM como terceiro pólo. Penso que para esta instituição e para o seu futuro, não há nada pior que anunciar o seu hipotético fim.
Não conheço a instituição e não conheço a sua génese, mas suponho que nasceu no período áureo da frequência de alunos no Ensino Superior Público, tal como muitos outros politécnicos e Universidades privadas. Estas, se têm dificuldades fecham, por seguirem uma lógica do lucro. As públicas, supõe-se que têm outra lógica e que é um serviço público, tal como outras instituições públicas o são. Pode haver uma reestruturação, sem dúvida que será necessária, mas não penso que terá um fim. Seria o primeiro caso de um politécnico a fechar as portas, que me lembre. Também penso que os sub-sistemas foram criados para serem diferentes, e é estranho que um Presidente de um Conselho Geral sugira anular essa diferença administrativamente integrando o IPCA na UM! Será mais importante a meu ver, arrumar a casa do que arranjar mais confusão. Já há áreas que se sobrepõem dentro da própria UM, por isso não temos necessidade de mais sobreposições de cursos que aconteceriam com a integração do IPCA.
Quanto à existência de dois sub-sistemas, o Universitário e o do Politécnico, tenho consciência que Bolonha veio baralhar muito essa divisão, com as Universidades a leccionarem cursos de três anos que antes eram exclusivos dos Politécnicos. Mas daí a baralharem tudo e darem as cartas de novo, como se os cursos fossem iguais, penso que seria admitir o falhanço de Bolonha, porque essa não era a intenção de quem pensou em Bolonha, disso tenho a certeza.
Não conheço a instituição e não conheço a sua génese, mas suponho que nasceu no período áureo da frequência de alunos no Ensino Superior Público, tal como muitos outros politécnicos e Universidades privadas. Estas, se têm dificuldades fecham, por seguirem uma lógica do lucro. As públicas, supõe-se que têm outra lógica e que é um serviço público, tal como outras instituições públicas o são. Pode haver uma reestruturação, sem dúvida que será necessária, mas não penso que terá um fim. Seria o primeiro caso de um politécnico a fechar as portas, que me lembre. Também penso que os sub-sistemas foram criados para serem diferentes, e é estranho que um Presidente de um Conselho Geral sugira anular essa diferença administrativamente integrando o IPCA na UM! Será mais importante a meu ver, arrumar a casa do que arranjar mais confusão. Já há áreas que se sobrepõem dentro da própria UM, por isso não temos necessidade de mais sobreposições de cursos que aconteceriam com a integração do IPCA.
Quanto à existência de dois sub-sistemas, o Universitário e o do Politécnico, tenho consciência que Bolonha veio baralhar muito essa divisão, com as Universidades a leccionarem cursos de três anos que antes eram exclusivos dos Politécnicos. Mas daí a baralharem tudo e darem as cartas de novo, como se os cursos fossem iguais, penso que seria admitir o falhanço de Bolonha, porque essa não era a intenção de quem pensou em Bolonha, disso tenho a certeza.
sábado, março 27, 2010
Progamas Doutorais em Engenharia
Antes eram doutoramentos. Agora são programas doutorais. Diferenças que detectei entre um e outro, no caso do programa doutoral em Engenharia Têxtil:
1)-Antes só se entrava em doutoramento com Mestrado e por sua vez no Mestrado só se entrava com 14 de média, ou currículo equivalente. Agora pode-se entrar com o Mestrado Integrado, que não é muito mais e ás vezes menos que a antiga licenciatura de 5 anos, com nota de 10 e/ou algum currículo. Portanto de uma assentada eliminou-se o Mestrado pelo meio e baixou-se a média para 10! Ao fim e ao cabo, significa que se pode chegar a doutor qualquer aluno que tenha sempre sido um aluno que conseguia os mínimos para passar ao longo de todo o seu percurso, desde o secundário ao Universitário.
2)- O programa Doutoral tem 4 Opções no primeiro ano nas áreas de Tecnologias Complementares, com 140 horas cada uma e 5 ECTS. O que são? Têm nomes do género: Metodologias da investigação. Qual a necessidade de tantas horas de disciplinas que procuram ensinar ao aluno as competências que ele iria adquirir ao longo do seu doutoramento? A pesquisa ensina-se? Os professores dessas UCs que mais-valia conferem à pesquisa?
Imagino que um aluno que entra para doutoramento não quer mais aulas de "encher". Muitos já vêm do Mestrado com a tese delineada e com a pesquisa iniciada. Tudo isto só faz sentido para os professores de cartilha mas não para investigadores. Estar-se a transformar o doutoramento que era uma tese de investigação num curso é, a meu ver, o caminho para retirar aquilo que de melhor havia nas Universidades, ao estilo anglo-saxónico, e introduzir mais matéria inerte, desnecessária e desmotivadora, muito ao estilo do continente europeu (a velha Europa). Se isto é Bolonha então prefiro Londres ou Nova Iorque, como quem diz, prefiro o ensino experimental ao napoleónico.
1)-Antes só se entrava em doutoramento com Mestrado e por sua vez no Mestrado só se entrava com 14 de média, ou currículo equivalente. Agora pode-se entrar com o Mestrado Integrado, que não é muito mais e ás vezes menos que a antiga licenciatura de 5 anos, com nota de 10 e/ou algum currículo. Portanto de uma assentada eliminou-se o Mestrado pelo meio e baixou-se a média para 10! Ao fim e ao cabo, significa que se pode chegar a doutor qualquer aluno que tenha sempre sido um aluno que conseguia os mínimos para passar ao longo de todo o seu percurso, desde o secundário ao Universitário.
2)- O programa Doutoral tem 4 Opções no primeiro ano nas áreas de Tecnologias Complementares, com 140 horas cada uma e 5 ECTS. O que são? Têm nomes do género: Metodologias da investigação. Qual a necessidade de tantas horas de disciplinas que procuram ensinar ao aluno as competências que ele iria adquirir ao longo do seu doutoramento? A pesquisa ensina-se? Os professores dessas UCs que mais-valia conferem à pesquisa?
Imagino que um aluno que entra para doutoramento não quer mais aulas de "encher". Muitos já vêm do Mestrado com a tese delineada e com a pesquisa iniciada. Tudo isto só faz sentido para os professores de cartilha mas não para investigadores. Estar-se a transformar o doutoramento que era uma tese de investigação num curso é, a meu ver, o caminho para retirar aquilo que de melhor havia nas Universidades, ao estilo anglo-saxónico, e introduzir mais matéria inerte, desnecessária e desmotivadora, muito ao estilo do continente europeu (a velha Europa). Se isto é Bolonha então prefiro Londres ou Nova Iorque, como quem diz, prefiro o ensino experimental ao napoleónico.
domingo, março 21, 2010
Vamos limpar Portugal 1- Universidades
Ontem foi o dia da iniciativa"Vamos Limpar Portugal". Foi e é uma campanha meritória e original sem dúvida.
Sugiro outras campanhas:
Vamos limpar as Universidades...dos yes-men
Vamos limpar as Universidades...dos incompetentes
Vamos limpar as Universidades...dos burocratas
Vamos limpar as Universidades...dos arranjinhos
Vamos limpar as Universidades...dos prémios
Vamos limpar as UNiversidades...dos oportunistas
Vamos limpar as Universidades...dos professores de gabinete
Vamos limpar as Universidades...dos grupos de interesse
Vamos limpar as Universidades...dos carros dos alunos no campus
Vamos limpar as Universidades...das praxes no campus
Vamos limpar as Universidades...do ensino Wikepediano
Vamos limpar as Universidades...do ensino à distância
Vamos limpar as Universidade....dos alunos permanentes
Vamos limpas as Universidades...das disciplinas supérfluas
Vamos limpar as Universidades...dos programas doutorais
Vamos limpar Portugal...
Fico à espera de mais sugestões.
Sugiro outras campanhas:
Vamos limpar as Universidades...dos yes-men
Vamos limpar as Universidades...dos incompetentes
Vamos limpar as Universidades...dos burocratas
Vamos limpar as Universidades...dos arranjinhos
Vamos limpar as Universidades...dos prémios
Vamos limpar as UNiversidades...dos oportunistas
Vamos limpar as Universidades...dos professores de gabinete
Vamos limpar as Universidades...dos grupos de interesse
Vamos limpar as Universidades...dos carros dos alunos no campus
Vamos limpar as Universidades...das praxes no campus
Vamos limpar as Universidades...do ensino Wikepediano
Vamos limpar as Universidades...do ensino à distância
Vamos limpar as Universidade....dos alunos permanentes
Vamos limpas as Universidades...das disciplinas supérfluas
Vamos limpar as Universidades...dos programas doutorais
Vamos limpar Portugal...
Fico à espera de mais sugestões.
domingo, março 14, 2010
Avaliação intercalar
o ECDU sempre previu a avaliação, embora só para os concursos. No entanto entre concursos não havia avaliação e durante muito tempo os concursos estiveram praticamente congelados para muitos departamentos, o que significou que quase nenhuma avaliação, a não ser aquela referente às nomeações definitivas, foi efectuada. Agora que se instalou a avaliação intermédia (entre concursos), muitos se interrogam como será feita esta avaliação, havendo uma proposta já formulada na UM para regulamentar esta avaliação, estando esta a ser discutida pela Academia.
Mais uma vez põe-se a questão do que deve ser avaliado e com que peso. No entanto não é discutido se esta avaliação vai fazer alguma diferença. Pessoalmente penso que só daqui a alguns anos fará alguma diferença, uma vez que a maioria dos professores estão no escalão máximo, devido ao tempo que passaram na mesma categoria. Pode afectar os Professores Auxiliares sem Nomeação Defnitiva. Sabemos no entanto que a maioria dos Professores já tem a Nomeação Definitiva na maioria das Escolas.
Se servir para alguma coisa será mais um treino para os Professores se prepararem para os concursos, um pouco como já se fazia com os relatórios de biénio que algumas Escolas, como a de Engenharia, faziam. Por isso a pergunta impõe-se: para quê tanto sururu em relação às Avaliações?
Mais uma vez põe-se a questão do que deve ser avaliado e com que peso. No entanto não é discutido se esta avaliação vai fazer alguma diferença. Pessoalmente penso que só daqui a alguns anos fará alguma diferença, uma vez que a maioria dos professores estão no escalão máximo, devido ao tempo que passaram na mesma categoria. Pode afectar os Professores Auxiliares sem Nomeação Defnitiva. Sabemos no entanto que a maioria dos Professores já tem a Nomeação Definitiva na maioria das Escolas.
Se servir para alguma coisa será mais um treino para os Professores se prepararem para os concursos, um pouco como já se fazia com os relatórios de biénio que algumas Escolas, como a de Engenharia, faziam. Por isso a pergunta impõe-se: para quê tanto sururu em relação às Avaliações?
terça-feira, março 09, 2010
Eleições para reitor e Presidentes de Escola: A lógica das facções nos Conselhos das Universidades
É sintomático que aqueles candidatos que não pertenciam ou não eram apoiados pelas facções que constituiram listas no Conselho Geral das Universidades tenham tido poucos ou nenhuns votos na sua candidatura para reitor. Aconteceu em várias Universidades e na nossa também. Aquela ideia idealista e até romântica por parte do Ministro de ter alguém vindo de qualquer parte do Mundo para ser reitor da UM, baseado no seu currículo, caiu por terra com a eleição sempre por esmagadora maioria dos candidatos da casa, e entre aqueles apoiados pela lista que ganhou as eleições para o Conselho Geral. Todo o espectáculo dos concursos internacionais foi um desperdício e perda de tempo para os candidatos que não sabiam ao que vinham. É desprestigiante para o Ministério e para o País. Quando é que nos deixamos destas coisas? De querer parecer mas não ser como aqueles que procuramos imitar, neste caso as Universidades anglo-saxónicas? Por muitas leis que se façam, caímos sempre naquela particularidade tão portuguesa, o compadrio.
Os Conselhos de Escola que são a réplica do Conselho Geral seguem o mesmo padrão. É evidente que neste caso sendo candidatos internos sabem ao que vão, e quando alguém independente das lista representadas no Conselho se candidata, como foi o meu caso, é só para divulgar as suas ideias, sabendo perfeitamente que as lista votam disciplinadamente segundo a orientação dos seus cabeças de lista. Há quem não entenda isto, e só veja a lógica dos números. Alguém duvida que se o plebiscito fosse directamente efectuado por todos os membros da Universidade no caso do Conselho Geral e por todos os membros da Escola, no caso da Escola, o resultado seria muito diferente?
Tal como no País, numa Universidade há poucas oportunidades para alguém que não esteja envolvido na lógica "partidária" divulgar as suas ideias. Uma candidatura individual é uma das formas de divulgar e discutir ideias, embora a participação de outros individuais seja muito pequena, por não haver uma organização "partidária", o que é sempre de lamentar.
Com a miniaturização das Assembleias de Escola, com centenas de membros onde todos os doutores estavam representados, para Conselhos de Escola com 11 professores, a oportunidade para se discutirem ideias perde-se. Talvez o exercício em que me vi envolvido de apresentação de uma a candidatura e discussão dos seus princípios tenha sido o último debate institucional da Escola de Engenharia. Os próximos debates serão à porta fechada entre os membros do Conselho de Escola, somente 11 professores. É um adeus a uma era, que o anterior Presidente de Escola, actual reitor, já tinha referido na sua última sessão da Assembleia, com alguma premonição que na altura ninguém ligou mas que agora se percebe tão claramente. Vozes independentes que na Assembleia se pronunciavam e eram ouvidas, provocando o que de mais elementar há numa democracia, o debate, ficam arredadas para sempre dessa oportunidade.
Restam a essas vozes esta forma de divulgarem as suas ideias, um blogue, que nunca substituirá o debate vivo mas que de alguma maneira compensará a sua frustração.
Comigo funciona!
Os Conselhos de Escola que são a réplica do Conselho Geral seguem o mesmo padrão. É evidente que neste caso sendo candidatos internos sabem ao que vão, e quando alguém independente das lista representadas no Conselho se candidata, como foi o meu caso, é só para divulgar as suas ideias, sabendo perfeitamente que as lista votam disciplinadamente segundo a orientação dos seus cabeças de lista. Há quem não entenda isto, e só veja a lógica dos números. Alguém duvida que se o plebiscito fosse directamente efectuado por todos os membros da Universidade no caso do Conselho Geral e por todos os membros da Escola, no caso da Escola, o resultado seria muito diferente?
Tal como no País, numa Universidade há poucas oportunidades para alguém que não esteja envolvido na lógica "partidária" divulgar as suas ideias. Uma candidatura individual é uma das formas de divulgar e discutir ideias, embora a participação de outros individuais seja muito pequena, por não haver uma organização "partidária", o que é sempre de lamentar.
Com a miniaturização das Assembleias de Escola, com centenas de membros onde todos os doutores estavam representados, para Conselhos de Escola com 11 professores, a oportunidade para se discutirem ideias perde-se. Talvez o exercício em que me vi envolvido de apresentação de uma a candidatura e discussão dos seus princípios tenha sido o último debate institucional da Escola de Engenharia. Os próximos debates serão à porta fechada entre os membros do Conselho de Escola, somente 11 professores. É um adeus a uma era, que o anterior Presidente de Escola, actual reitor, já tinha referido na sua última sessão da Assembleia, com alguma premonição que na altura ninguém ligou mas que agora se percebe tão claramente. Vozes independentes que na Assembleia se pronunciavam e eram ouvidas, provocando o que de mais elementar há numa democracia, o debate, ficam arredadas para sempre dessa oportunidade.
Restam a essas vozes esta forma de divulgarem as suas ideias, um blogue, que nunca substituirá o debate vivo mas que de alguma maneira compensará a sua frustração.
Comigo funciona!
quarta-feira, março 03, 2010
Início de um novo mandato na Escola de Engenharia: o (des)equilíbrio forçado
Tomou hoje posse o novo Presidente da Escola de Engenharia. Ao contrário da maior parte das outras Escolas não foi eleito por unanimidade, mas sim por maioria, o que só abona a favor da democracia na Universidade e como já disse anteriormente, reforça a sua legitimidade no cargo.
Na sua tomada de posse o reitor anunciou que as Escolas vão ter maior autonomia. Depreende-se daqui que a distribuição de verbas e de lugares do quadro pelos departamentos não são definidos pela Reitoria mas sim pela Presidência da Escola.
Não serei o único a descortinar no Conselho de Escola uma representação de interesses muito díspares, como referi na minha candidatura. Os membros do Departamento de Informática , por exemplo, estarão à espera que o Presidente, em quem votaram, responda ás suas exigências de maior transparência na retribuição devida aos departamentos que mais verbas captam para a Universidade, leia-se maior proporcionalidade desta retribuição com o número de alunos e eventualmente com as "overheads" dos projectos. A retribuição será em termos de orçamento, de áreas ocupadas e de vagas de lugares do quadro. Não sei como o Presidente vai agir e que ponderação irá utilizar e como os outros departamentos irão reagir, mas ao agradar a uns, vai ter que enfrentar a crítica e a desmotivação de outros, muitas vezes menos reivindicativos devido à sua menor dimensão e menor visibilidade. Veremos como percorrerá este longo caminho dos seus dois mandatos que pretende, sendo o primeiro de análise e o segundo de execução de um plano estratégico, com tantas contradições entre os membros das duas listas. Será um caminho longo e penoso que segundo o seu programam se inicia propriamente daqui a três anos, depois de executada a análise para o plano estratégico. Esperemos que não se fique pela análise após três anos, tendo sucumbido às contradições do órgão de que depende, o CE, que alguém já se referiu como sendo um "saco cheio de gatos", porque nessa altura haverá de novo eleições para o Conselho de Escola, e o senhor que se segue, se não for ele, não seguirá certamente o seu programa estratégico delineado durante os três anos do seu mandato. Seria tempo perdido e tempo é o que temos menos para desperdiçar, a julgar pelos desafios que temos pela frente.
Para o ajudar tem o apoio de vários quadrantes da Universidade, sendo o mais óbvio a julgar pelos seus vices, o quadrante profundamente ligado ao passado da governação da Escola e da própria Universidade.
Para já temos um mandato de três anos, que espero que ele exerça com firmeza e justiça, e com total independência em relação aos vários sectores que o apoiaram. Não se deve esquecer que tal como o Presidente da República em relação aos portugueses, ele deve ser o Presidente de todos os membros da Engenharia e não só daqueles que já andam nestas lides há muitos anos e que se servem dos Presidentes para continuar no topo da pirâmide.
Na sua tomada de posse o reitor anunciou que as Escolas vão ter maior autonomia. Depreende-se daqui que a distribuição de verbas e de lugares do quadro pelos departamentos não são definidos pela Reitoria mas sim pela Presidência da Escola.
Não serei o único a descortinar no Conselho de Escola uma representação de interesses muito díspares, como referi na minha candidatura. Os membros do Departamento de Informática , por exemplo, estarão à espera que o Presidente, em quem votaram, responda ás suas exigências de maior transparência na retribuição devida aos departamentos que mais verbas captam para a Universidade, leia-se maior proporcionalidade desta retribuição com o número de alunos e eventualmente com as "overheads" dos projectos. A retribuição será em termos de orçamento, de áreas ocupadas e de vagas de lugares do quadro. Não sei como o Presidente vai agir e que ponderação irá utilizar e como os outros departamentos irão reagir, mas ao agradar a uns, vai ter que enfrentar a crítica e a desmotivação de outros, muitas vezes menos reivindicativos devido à sua menor dimensão e menor visibilidade. Veremos como percorrerá este longo caminho dos seus dois mandatos que pretende, sendo o primeiro de análise e o segundo de execução de um plano estratégico, com tantas contradições entre os membros das duas listas. Será um caminho longo e penoso que segundo o seu programam se inicia propriamente daqui a três anos, depois de executada a análise para o plano estratégico. Esperemos que não se fique pela análise após três anos, tendo sucumbido às contradições do órgão de que depende, o CE, que alguém já se referiu como sendo um "saco cheio de gatos", porque nessa altura haverá de novo eleições para o Conselho de Escola, e o senhor que se segue, se não for ele, não seguirá certamente o seu programa estratégico delineado durante os três anos do seu mandato. Seria tempo perdido e tempo é o que temos menos para desperdiçar, a julgar pelos desafios que temos pela frente.
Para o ajudar tem o apoio de vários quadrantes da Universidade, sendo o mais óbvio a julgar pelos seus vices, o quadrante profundamente ligado ao passado da governação da Escola e da própria Universidade.
Para já temos um mandato de três anos, que espero que ele exerça com firmeza e justiça, e com total independência em relação aos vários sectores que o apoiaram. Não se deve esquecer que tal como o Presidente da República em relação aos portugueses, ele deve ser o Presidente de todos os membros da Engenharia e não só daqueles que já andam nestas lides há muitos anos e que se servem dos Presidentes para continuar no topo da pirâmide.
terça-feira, março 02, 2010
Os SASUM promovem a maquilhagem
Temos recentemente recebido e-mails do responsável pelos SASUM sobre alguns assuntos menos académicos, como por exemplo os malefícios da obesidade e a aprendizagem da maquilhagem. Até que são coisas interessantes para muitas pessoas e que regularmente vemos na TV a serem apresentados por especialistas na matéria. Aqui dentro dos Campi pelos vistos são as farmácias (ou parafarmácias) recentemente instaladas que são especialistas na matéria. Não estou a admirado com estas especialidades destes estabelecimentos. Não sabia era que fazia parte dos estatutos dos SASUM a promoção de negócios instalados nos campi. Talvez seja essa a razão da contratação de mais oito técnicos superiores, para que os SASUM se possam também dedicar a estes cuidados tão importantes para o corpo humano.
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