Por ocasião duma digressão em redor do campus de Azurém, passei pelo campo de treino de golfe da UM. Fiquei deveras desiludido. Á espera de ver pelo menos uns buracos, uns montes verdes ondulantes, umas zonas com oliveiras e espelhos de água, o que se vê é um campo diminuto com uma rede de apanhar bolas no fim. Depois de ter lido tantas críticas ao despesismo da UM, tendo sido eu próprio um dos denunciadores de tal despesismo, verifico agora que a montanha pariu um rato: o campo de golfe mais parece outra coisa, com lugares separados para os vários intervenientes baterem as suas bolas. Mas tal estrutura também podia ser para observação de aves com binóculos, tiro aos pratos (ou pombos), observação dos astros com telescópios nas várias posições (dado que a zona é particularmente exposta), e outras actividades mais recentes entre nós (Tai-chi por exemplo). E assim ao menos teria ocupação, coisa que quem por lá passa amiúde, diz não se verificar.
Resta saber se com o que se gastou neste "magnífico" campo não se poderia ter feito algo mais parecido com um campo de golfe.
sábado, dezembro 20, 2008
quarta-feira, dezembro 17, 2008
Venham conhecer a alternativa para a UM
Caros(as) Colegas
Escrevo-vos desta forma aberta atendendo à forma frontal e transparente como gosto de lidar com os assuntos da instituição, não aguardando necessariamente uma resposta positiva mesmo daqueles com quem me relaciono comummente no dia-a-dia.
Optei por divulgar a mensagem desta forma, consciente que chegará a muitos que acompanham este meu "jornal de parede", e em especial àqueles que são membros da Escola de Engenharia, embora saiba que há quem esteja comprometido com outros projectos para a Universidade do Minho e com outras candidaturas. Os ditos colegas não me levarão a mal esta iniciava se tiverem presente a postura e princípios que assinálo antes.
Como sabem, foram publicados os novos Estatutos da UMinho e daí decorre que se vão realizar a breve prazo diversos processos eleitorais.
Neste momento, estou envolvido e solidário com um conjunto de colegas de diversas Escolas da UMinho com vista à constituição de uma lista a candidatar ao Conselho Geral. Contudo, a referida lista só será aceite se tiver um número mínimo de subscritores, que não podem ser em simultâneo candidatos ou subscritores de outras listas.
Assim, gostaria desde já de vos solicitar que não subscrevam qualquer outra lista sem saberem primeiro qual a composição da lista de candidatos e quais os princípios orientadores da candidatura na qual estou envolvido. Como referi anteriormente, apenas busco a vossa solidariedade (em nome de princípios democráticos básicos) para o movimento que levará à viabilização da candidatura da lista que temos em preparação, deixando naturalmente ao vosso critério a opção de a subscreverem ou não.
Desde já posso referir que a lista não é liderada por nenhum dos grupos que estiveram na génese da elaboração dos estatutos acabados de publicar em Diário da Républica
Escrevo-vos desta forma aberta atendendo à forma frontal e transparente como gosto de lidar com os assuntos da instituição, não aguardando necessariamente uma resposta positiva mesmo daqueles com quem me relaciono comummente no dia-a-dia.
Optei por divulgar a mensagem desta forma, consciente que chegará a muitos que acompanham este meu "jornal de parede", e em especial àqueles que são membros da Escola de Engenharia, embora saiba que há quem esteja comprometido com outros projectos para a Universidade do Minho e com outras candidaturas. Os ditos colegas não me levarão a mal esta iniciava se tiverem presente a postura e princípios que assinálo antes.
Como sabem, foram publicados os novos Estatutos da UMinho e daí decorre que se vão realizar a breve prazo diversos processos eleitorais.
Neste momento, estou envolvido e solidário com um conjunto de colegas de diversas Escolas da UMinho com vista à constituição de uma lista a candidatar ao Conselho Geral. Contudo, a referida lista só será aceite se tiver um número mínimo de subscritores, que não podem ser em simultâneo candidatos ou subscritores de outras listas.
Assim, gostaria desde já de vos solicitar que não subscrevam qualquer outra lista sem saberem primeiro qual a composição da lista de candidatos e quais os princípios orientadores da candidatura na qual estou envolvido. Como referi anteriormente, apenas busco a vossa solidariedade (em nome de princípios democráticos básicos) para o movimento que levará à viabilização da candidatura da lista que temos em preparação, deixando naturalmente ao vosso critério a opção de a subscreverem ou não.
Desde já posso referir que a lista não é liderada por nenhum dos grupos que estiveram na génese da elaboração dos estatutos acabados de publicar em Diário da Républica
sábado, dezembro 13, 2008
A avaliação dos docentes do Superior, presente e futura
Está em negociação o Estatuto da Carreira Docente.
Para além da situação referente á progressão na carreira através de escalões, nada mais parece interessar aos sindicatos, ao ponto de admitir que tal passagem pode, ao contrário do que acontece agora, ser sujeita a avaliação. A lei das carreiras da Função Pública estipula que essa avaliação seja feita e a adaptação a esta lei por parte do Ministério a Ciência e do Ensino Superior é o que está em cima da mesa de negociações. O Sindicato admite que se faça esta avaliação. Mas no Ensino Superior já existe a avaliação para subir de categoria, através de concursos próprios e diferentes dos da Função Publica em geral, para quê complicar e fazer avaliações para os escalões? Até pode confundir sobre o mérito dos docentes uma avaliação que pode se sobrepôr à avaliação para mudança de categoria. Imaginem que acontece que um docente é avaliado positivamente por concurso para passagem para Professor Associado e por coincidência tem uma avaliação para passar de escalão e esta avaliação é negativa. O que significa isto? Que o docente é suficientemente bom para passar a Professor Associado mas não para passar de escalão?
Seria talvez aceitável esta sobreposição se a avaliação de subida de escalão fosse por exemplo baseada em critérios diferentes dos concursos para subida na categoria, que na prática é uma avaliação curricular científica. Por exemplo se a subida de escalão fosse uma avaliação mais centrada na componente pedagógica, incluindo a avaliação efectuada pelos alunos, já faria sentido haver estes dois tipos de avaliação.
Aliás, a avaliação com base quase só no currículo científico, tem produzidoa algumas anomalias no Ensino Superior, com docentes a trabalhar quase exclusivamente para o seu currículo e não dedicando tempo suficiente aos seus alunos, já para não falar daqueles que, desrespeitando o ECDU e o seu contrato, faltam constantemente ás aulas porque estão fora do País em reuniões, conferências e projectos internacionais que poderão lhes trazer benefícios em termos de currículum científico e progressão na carreira.
Sempre defendi que o currículum científico é mais importante que o pedagógico, na avaliação de passagem de categoria, até porque é mais objectiva a sua avaliação. No entanto, parte-se do pressuposto que o docente candidato executa aquilo para o qual é pago: dar aulas e dá-las duma forma profissional. Acresce que o júri nestes concursos normalmente não tem acesso nem a essa informação nem á avaliação feita pelos alunos ao professor, não podendo portanto avaliar essa componente duma forma objectiva. Talvez a avaliação pedagógica na passagem de escalões não fosse uma má ideia para cobrir esta lacuna na avaliação dos docentes universitários...
Para além da situação referente á progressão na carreira através de escalões, nada mais parece interessar aos sindicatos, ao ponto de admitir que tal passagem pode, ao contrário do que acontece agora, ser sujeita a avaliação. A lei das carreiras da Função Pública estipula que essa avaliação seja feita e a adaptação a esta lei por parte do Ministério a Ciência e do Ensino Superior é o que está em cima da mesa de negociações. O Sindicato admite que se faça esta avaliação. Mas no Ensino Superior já existe a avaliação para subir de categoria, através de concursos próprios e diferentes dos da Função Publica em geral, para quê complicar e fazer avaliações para os escalões? Até pode confundir sobre o mérito dos docentes uma avaliação que pode se sobrepôr à avaliação para mudança de categoria. Imaginem que acontece que um docente é avaliado positivamente por concurso para passagem para Professor Associado e por coincidência tem uma avaliação para passar de escalão e esta avaliação é negativa. O que significa isto? Que o docente é suficientemente bom para passar a Professor Associado mas não para passar de escalão?
Seria talvez aceitável esta sobreposição se a avaliação de subida de escalão fosse por exemplo baseada em critérios diferentes dos concursos para subida na categoria, que na prática é uma avaliação curricular científica. Por exemplo se a subida de escalão fosse uma avaliação mais centrada na componente pedagógica, incluindo a avaliação efectuada pelos alunos, já faria sentido haver estes dois tipos de avaliação.
Aliás, a avaliação com base quase só no currículo científico, tem produzidoa algumas anomalias no Ensino Superior, com docentes a trabalhar quase exclusivamente para o seu currículo e não dedicando tempo suficiente aos seus alunos, já para não falar daqueles que, desrespeitando o ECDU e o seu contrato, faltam constantemente ás aulas porque estão fora do País em reuniões, conferências e projectos internacionais que poderão lhes trazer benefícios em termos de currículum científico e progressão na carreira.
Sempre defendi que o currículum científico é mais importante que o pedagógico, na avaliação de passagem de categoria, até porque é mais objectiva a sua avaliação. No entanto, parte-se do pressuposto que o docente candidato executa aquilo para o qual é pago: dar aulas e dá-las duma forma profissional. Acresce que o júri nestes concursos normalmente não tem acesso nem a essa informação nem á avaliação feita pelos alunos ao professor, não podendo portanto avaliar essa componente duma forma objectiva. Talvez a avaliação pedagógica na passagem de escalões não fosse uma má ideia para cobrir esta lacuna na avaliação dos docentes universitários...
domingo, julho 20, 2008
A Autonomia das Escolas
Os novos estatutos da UM não contemplam a autonomia financeira das Escolas.É caso para perguntar: porque não? Quando temos pelo menos uma Escola,a de Engenharia, que tem receitas que o justificariam, e eventualmente outras Escolas que mesmo que não se justificasse em termos de receitas teriam muito a ganhar com a descentralização da Divisão Financeira.
Nos estatutos há institutos minúsculos que gozarão de Autonomia Financeira, designados por unidades diferenciadas (artº 108), sem que seja explicado o que são. Sá há duas, uma delas sendo o Instituto Confúcio, que divulga a lingua Chinesa. E o Instituto de Letras e Ciêncas Humanistas não divulga línguas? É caso para perguntar, poderia o ILCH ser considerado uma unidade diferenciada e gozar de autonomia financeira? Quais são os critérios? Estou confúcio!
Há casos de espera de mais de dois meses para pagamentos ou reembolsos pela Universidade. Os recursos são exíguos, pelos vistos, tanto na Divisão Financeira como na Tesouraria. No entanto temos espalhados pelas unidades funcionários que poderiam fazer esse serviço aliviando estes dois serviços centrais. Houvesse autonomia de outras unidades, que poderiam ser também diferenciadas, pela sua especificidade, como a de Engenharia, e os prazos encurtariam de que maneira. Isto não quer dizer que obrigatoriamente não houvesse um acordo em que uma percentagem das receitas das unidades com autonomia financeira não continuassem a ser transferidas para a UM, como sejam, os "overheads" dos projectos financiados e dos serviços prestados ao exterior. Por uma questão de coesão. Com o papão da Fundação muitos conseguem os seus objectivos do controlo centralizado no Largo do Paço. Não se trata de fazer uma Fundação, mas sim de agilizar o fluxo das verbas e os pagamentos.
Ganhavamos todos com esta mudança, creio, mas mudança é algo que não se vislumbra nestes estatutos e neste aspecto, o da autonomia financeira, também não há excepções.
Nos estatutos há institutos minúsculos que gozarão de Autonomia Financeira, designados por unidades diferenciadas (artº 108), sem que seja explicado o que são. Sá há duas, uma delas sendo o Instituto Confúcio, que divulga a lingua Chinesa. E o Instituto de Letras e Ciêncas Humanistas não divulga línguas? É caso para perguntar, poderia o ILCH ser considerado uma unidade diferenciada e gozar de autonomia financeira? Quais são os critérios? Estou confúcio!
Há casos de espera de mais de dois meses para pagamentos ou reembolsos pela Universidade. Os recursos são exíguos, pelos vistos, tanto na Divisão Financeira como na Tesouraria. No entanto temos espalhados pelas unidades funcionários que poderiam fazer esse serviço aliviando estes dois serviços centrais. Houvesse autonomia de outras unidades, que poderiam ser também diferenciadas, pela sua especificidade, como a de Engenharia, e os prazos encurtariam de que maneira. Isto não quer dizer que obrigatoriamente não houvesse um acordo em que uma percentagem das receitas das unidades com autonomia financeira não continuassem a ser transferidas para a UM, como sejam, os "overheads" dos projectos financiados e dos serviços prestados ao exterior. Por uma questão de coesão. Com o papão da Fundação muitos conseguem os seus objectivos do controlo centralizado no Largo do Paço. Não se trata de fazer uma Fundação, mas sim de agilizar o fluxo das verbas e os pagamentos.
Ganhavamos todos com esta mudança, creio, mas mudança é algo que não se vislumbra nestes estatutos e neste aspecto, o da autonomia financeira, também não há excepções.
domingo, julho 13, 2008
A reestrutruração da Escola de Engenharia-parte 3
Chegados à data limite de apresentação de propostas por parte dos departamentos às sugestões colocadas pelo Presidente da Escola em relação à reestruturação da Escola de Engenharia, nomeadamente a possível formação de pelo menos dois novos departamentos, o de Engenharia de Materiais e o de Design a partir da fusão de departamentos existentes ou de grupos dentro de departamentos, verifica-se que tal com já se previa os departamentos são imutáveis. Preferem permanecer tal como estão.
Ora isto vai de encontro ao que eu já tinha afirmado como sendo o conservadorismo existente no ensino superior, neste caso podendo-se também designar por cooperativismo. Porquê o cooperativismo? Porque se consideram privilegiados por terem de momento uma situação confortável, ou porque pensam que têm sustentabilidade como departamento (por via do número de alunos que conseguem aliciar para os seus cursos ou por via do proteccionismo superior)? Em relação a esta posição, que prejudica todo o processo previsto pelo RJIES, podemos também exclamar: oxalá não se enganem e a sustentabilidade que imaginam não será por muito tempo. Os departamentos organizados em sectores, como já o afirmei, têm fragilidades. Estas coisas de projectos de vida de alunos universitários têm a tendência de mudar com os tempos e com as modas. Hoje podem entrar aos magotes para engenharia disto ou daquilo, amanhã mudam para outro sectores mais apetecíveis ou ainda mais provável mudam para áreas transversais que lhes asseguram maior flexibilidade.
Esta é mais uma razão para aqueles que querem de facto a mudança, não ficarem presos por esta inacção por parte dos seus departamentos, mas aproveitarem esta oportunidade que o RJIES lhes dá e unirem esforços com outros pequenos grupos que investigam e leccionam em áreas análogas noutros departamentos, para integrar uma proposta de formação de um novo departamento de Engenharia de Materiais.
Desde que integrei o grupo de reflexão GRUM e a primeira Workshop que defendo uma reestruturação da Universidade em grandes áreas transversais. A dos Materiais é uma escolha óbvia numa Escola de Engenharia. Penso que não é original a ideia. Até o Presidente da Escola a propõe embora em moldes um pouco diferentes, ampliando o departamento para as Tecnologias de Produção, e integrando departamentos como o de Engenharia de Produção e Sistemas (Engenharia Industrial), ampliação que não vejo qual a coerência por divergir bastante do "core business" que se pretende na área dos Materiais, isto é, a sua produção e transformação. Se o nome fosse Engenharia de Materiais e de Transformação de Materiais, embora englobasse as disciplinas de produção dos vários departamentos representaticvos de sectores industriasi de indústrias de transformação (Metalurgia e Mecânica, Polímeros,Têxtil) existentes na UM, não seria lógico incluir um Departamento que tem mais afinidades com a informática que com as Tecnologias. No entanto, poderia haver um grupo de docentes neste,como noutros departamentos, que se sentiria á vontade num novo departamento de Engenharia de Materiais. Estou também a pensar no departamento de Engenharia Civil. Existe um grupo de Materiais neste departamento. Embora este departamento não tivesse sido integrado no "cluster" sugerido pelo Presidente da Escola, não vejo porque não teriam tanto direito como colegas do Departamento de Produção e Sistemas.
Bem resumindo, não estará tudo perdido em relação a este processo que o RJIES abre e que parece estar a culminar num tremendo fracasso.
Ainda há a hipótese da futura Assembleia Estatutária da Escola de Engenharia, ainda por eleger, mexer um pouco naquilo que os departamentos propõem, e se houver uma manifestação nesse sentido, como seria o caso duma proposta vinda de um grupo informal de docentes que proporiam um nova solução para os Materiais, que não esta de estarem dispersos por vários departamentos, mas sim o de a criação dum Departamento de Engenharia de Materiais com esses vários grupos como o núcleo duro do futuro departamento, acredito que a reestruturação ocorreria e que a lógica das grandes áreas transversais perduraria em detrimento da lógica sectorial.
Colegas que queiram formar esse grupo de Materiais, podem desde já enviar-me um e-mail (rgomes@det.uminho.pt) manifestando essa sua intenção de integrar tal grupo. Se quiserem visibilidade e difundir a vossa opinião podem como alternativa enviá-la para este blog.
O futuro está ao alcance de todos. É só querer!
Ora isto vai de encontro ao que eu já tinha afirmado como sendo o conservadorismo existente no ensino superior, neste caso podendo-se também designar por cooperativismo. Porquê o cooperativismo? Porque se consideram privilegiados por terem de momento uma situação confortável, ou porque pensam que têm sustentabilidade como departamento (por via do número de alunos que conseguem aliciar para os seus cursos ou por via do proteccionismo superior)? Em relação a esta posição, que prejudica todo o processo previsto pelo RJIES, podemos também exclamar: oxalá não se enganem e a sustentabilidade que imaginam não será por muito tempo. Os departamentos organizados em sectores, como já o afirmei, têm fragilidades. Estas coisas de projectos de vida de alunos universitários têm a tendência de mudar com os tempos e com as modas. Hoje podem entrar aos magotes para engenharia disto ou daquilo, amanhã mudam para outro sectores mais apetecíveis ou ainda mais provável mudam para áreas transversais que lhes asseguram maior flexibilidade.
Esta é mais uma razão para aqueles que querem de facto a mudança, não ficarem presos por esta inacção por parte dos seus departamentos, mas aproveitarem esta oportunidade que o RJIES lhes dá e unirem esforços com outros pequenos grupos que investigam e leccionam em áreas análogas noutros departamentos, para integrar uma proposta de formação de um novo departamento de Engenharia de Materiais.
Desde que integrei o grupo de reflexão GRUM e a primeira Workshop que defendo uma reestruturação da Universidade em grandes áreas transversais. A dos Materiais é uma escolha óbvia numa Escola de Engenharia. Penso que não é original a ideia. Até o Presidente da Escola a propõe embora em moldes um pouco diferentes, ampliando o departamento para as Tecnologias de Produção, e integrando departamentos como o de Engenharia de Produção e Sistemas (Engenharia Industrial), ampliação que não vejo qual a coerência por divergir bastante do "core business" que se pretende na área dos Materiais, isto é, a sua produção e transformação. Se o nome fosse Engenharia de Materiais e de Transformação de Materiais, embora englobasse as disciplinas de produção dos vários departamentos representaticvos de sectores industriasi de indústrias de transformação (Metalurgia e Mecânica, Polímeros,Têxtil) existentes na UM, não seria lógico incluir um Departamento que tem mais afinidades com a informática que com as Tecnologias. No entanto, poderia haver um grupo de docentes neste,como noutros departamentos, que se sentiria á vontade num novo departamento de Engenharia de Materiais. Estou também a pensar no departamento de Engenharia Civil. Existe um grupo de Materiais neste departamento. Embora este departamento não tivesse sido integrado no "cluster" sugerido pelo Presidente da Escola, não vejo porque não teriam tanto direito como colegas do Departamento de Produção e Sistemas.
Bem resumindo, não estará tudo perdido em relação a este processo que o RJIES abre e que parece estar a culminar num tremendo fracasso.
Ainda há a hipótese da futura Assembleia Estatutária da Escola de Engenharia, ainda por eleger, mexer um pouco naquilo que os departamentos propõem, e se houver uma manifestação nesse sentido, como seria o caso duma proposta vinda de um grupo informal de docentes que proporiam um nova solução para os Materiais, que não esta de estarem dispersos por vários departamentos, mas sim o de a criação dum Departamento de Engenharia de Materiais com esses vários grupos como o núcleo duro do futuro departamento, acredito que a reestruturação ocorreria e que a lógica das grandes áreas transversais perduraria em detrimento da lógica sectorial.
Colegas que queiram formar esse grupo de Materiais, podem desde já enviar-me um e-mail (rgomes@det.uminho.pt) manifestando essa sua intenção de integrar tal grupo. Se quiserem visibilidade e difundir a vossa opinião podem como alternativa enviá-la para este blog.
O futuro está ao alcance de todos. É só querer!
sábado, julho 05, 2008
A reestruturação da Escola de Engenharia-parte 2
Continuando a argumentação em redor da restruturação da Escola, há outras áreas transversais importantes que têm que ser consideradas, além da dos Materiais. São elas a do Design e a da Informática. Não sendo um conhecedor destas áreas, atrevo-me no entanto a comentar as propostas já apresentadas nas Workshops que a Escola promoveu pelos diversos intervenientes, já que considero que continua a faltar discussão entre departamentos nesta fase final do processo. Em primeiro lugar o Design e a proposta do Presidente da Escola: um departamento de Design, que suponho seria a consequência do cluster proposto a partir de elementos de vários departamentos que se dedicam mais a esta vertente, não me parece má ideia, até porque poderia beneficiar de sinergias dos vários sectores representados actualmente em departamentos de engenharia Têxtil, Polímeros e Mecânica. Surgiriam novas apostas pedagógicas ligadas ao Design e eventualmente actividades noutras vertentes, científica ou de serviços. A única questão que eu poria seria se este departamento não estaria melhor situado como fazendo parte da futura Escola de Arquictetura ou associado a ela.
Em relação à Informática também se põe a questão se colocação, uma vez que tal como foi argumentado, a Informática vai muito para além da Engenharia. Poderia eventualmente ser considerada uma ciência. Afinal de contas ela é leccionada como tronco comum em muitos cursos, de engenharia, mas também de ciências e até de letras e humanidades. Por outro lado há departamentos de informática que se intitulam de Engenharia, o que talvez tenha mais a ver com a divisão da UM em dois pólos. Também a Matemática tem um departamento autónomo no Pólo de Azurém. Penso que esta divisão ou se faz na totalidade dos departamentos, dividindo a Universidade em dois pólos completamente independentes, ou não se faz de todo, e estes departamentos devem-se fundir com os de origem.
O tempo da fragmentação acabou. É necessário tocar a reunir para sobreviver! Só com massa crítica e com a troca de experiências o mais ampla possível, é que evoluimos. Quanto mais muros mais definhamos.
Penso que três ou quatro grandes departamentos serviriam muito melhor a Escola e a Universidade. Se a Informática e o Design ficarem de fora da Escola, a Engenharia fica mais pequena. Mas o núcleo não é a Escola é o Departamento, e se a Escola diminuir mas os departamentos aumentarem, não ficaremos pior. Pensem nisso.
Em relação à Informática também se põe a questão se colocação, uma vez que tal como foi argumentado, a Informática vai muito para além da Engenharia. Poderia eventualmente ser considerada uma ciência. Afinal de contas ela é leccionada como tronco comum em muitos cursos, de engenharia, mas também de ciências e até de letras e humanidades. Por outro lado há departamentos de informática que se intitulam de Engenharia, o que talvez tenha mais a ver com a divisão da UM em dois pólos. Também a Matemática tem um departamento autónomo no Pólo de Azurém. Penso que esta divisão ou se faz na totalidade dos departamentos, dividindo a Universidade em dois pólos completamente independentes, ou não se faz de todo, e estes departamentos devem-se fundir com os de origem.
O tempo da fragmentação acabou. É necessário tocar a reunir para sobreviver! Só com massa crítica e com a troca de experiências o mais ampla possível, é que evoluimos. Quanto mais muros mais definhamos.
Penso que três ou quatro grandes departamentos serviriam muito melhor a Escola e a Universidade. Se a Informática e o Design ficarem de fora da Escola, a Engenharia fica mais pequena. Mas o núcleo não é a Escola é o Departamento, e se a Escola diminuir mas os departamentos aumentarem, não ficaremos pior. Pensem nisso.
quarta-feira, julho 02, 2008
A reestruturação da Escola de Engenharia - parte 1
Agora que os departamentos da Escola de Engenharia discutem o seu futuro, é bom que o façam pensando no futuro e não no passado. Assim o exige o RJIES e assim o exigem todos aqueles membros da Academia que perceberam há muito que a evolução da Ciência e da Tecnologia tem sido em grande parte concentrada nos novos materiais. Para uma formação dos futuros alunos não podemos ter uma estrutura do passado. Hoje há grandes áreas que são transversais e que devem ter expressão através da formação de grupos de diferentes sectores, que enriquecem essas áreas com a experiência que trazem desses sectores. É o caso dos Materiais. Sendo uma área transversal aos polímeros, têxteis, metais, construção civil, beneficia do cruzamento de informação entre especialistas destes sectores. Seria lógico que os professores e investigadores destes sectores que trabalham e investigam materiais, formassem uma estrutura de ensino com o objectivo de reforçar essas componentes nos diversos cursos sectoriais existentes (engenharia mecânica, têxtil, de polimeros ou civil)e formassem novos cursos transversais, que substituissem o actual curso de Engenharia de Materiais. Este foi fundado numa época em que nem sequer existiam os materiais funcionais o que leva a supôr que está muito desactualizado.
O cooperativismo e o conservadorismo de que os docentes do Ensino Superior são muitas vezes acusados, não pode prevalecer. Não é só o espírito do RJIES que o exige, é o próprio país. Não há progresso sem quebra de amarras. O situacionismo deve ser combatido. A inércia deve ser combatida. A iniciativa deve ser encorajada.
Diz-se que não se fazem omeletes sem ovos. Eu diria mais. Não se fazem omeletes sem primeiro se partirem as cascas dos ovos!Tenham paciência, façam alguma coisa, não se fiquem no vosso comodismo...
O cooperativismo e o conservadorismo de que os docentes do Ensino Superior são muitas vezes acusados, não pode prevalecer. Não é só o espírito do RJIES que o exige, é o próprio país. Não há progresso sem quebra de amarras. O situacionismo deve ser combatido. A inércia deve ser combatida. A iniciativa deve ser encorajada.
Diz-se que não se fazem omeletes sem ovos. Eu diria mais. Não se fazem omeletes sem primeiro se partirem as cascas dos ovos!Tenham paciência, façam alguma coisa, não se fiquem no vosso comodismo...
sexta-feira, junho 13, 2008
Os novos Estatutos e o futuro que se adivinha para a UM, a não ser...
Os Estatutos da UM aí estão. Enviados pelo gabinete do reitor. Com actas a acompanhar em que todos se elogiam pelo trabalho feito. Pergunto-me: será um trabalho desinteressado para tanto se auto-elogiarem? O reitor também mereceu um elogio pelo seu empenho...por parte dum membro co-optado. Tudo em sintonia portanto.
E nós, aqueles que não participaram na Assembleia Estatutária, que nenhuma influência tivemos na elaboração destes eatatutos, que fomos supostamente ouvidos através dum orgão que nos representa, o Senado, mas que a julgar pelas actas também não teve qualquer influência...Nós, pois temos que acreditar na boa fé e na boa vontade de quem elaborou os estatutos. Em boa verdade, já o fizemos no passado quando a Assembleia e o Senado eram formados por elementos eleitos por um sistema em que só votavam os que estavam mobilizados e os outros confiavam. Assim foi eleito o reitor actual e o anterior a este, ambos protagonistas na elaboração destes estatutos.
Por aqui se pode prever, mesmo sem ler os estatutos (que suponho que foi o que muitos fizeram quando receberam o e-mail, isto é, arqivaram-no para uma leitura posterior que nunca surgirá..)que teremos mais do mesmo. Mas leiam os estatutos nem que seja para verem as diferenças em relação aos anteriores estatutos. Pela minha parte ainda não vi diferenças fundamentais, mas fico a aguardar que outros as descubram. Há alguma diferenças no pormenor,por força do RJIES, como o número de membros de cada orgão, a eleição do reitor envolver elementos externos à Universidade. Mas será que estas diferenças por exemplo farão alguma diferença? Afinal consta que os elementos externos participam muito pouco nas votações e nesse caso o reitor será eleito principalmente pelos docentes como já o era, os membros exteriores eventalmente votarão de acordo com aqueles docentes qe os co-optaram...
Os orgãos, à parte o Conselho Geral que só se pronuncia uma ou duas vezes por ano, para aprovação de contas e da estratégia, são essencialmente os mesmos: Há um para a Gestão (antigo Conselho Administrativo), Um Conselho Científico, e acrescentou-se um Senado com comissões pedagógicas (antigo Conselho Académico). Onde estão as diferenças? Talvez a perda de representatividade dos não-docentes, e o aumento de poder dos estudantes, que penso que até estão no Conselho de Gestão (deve ser para garantir que recebam subsídios generosos para o enterro da gata e a semana do caloiro..). Os estudantes estão representados pela Associação e não por eleição directa como acontece com os outros representantes nos orgãos, nomeadamente os docentes. Porque será? Mistério..
Penso que daqui para a frente se continuarmos a entregar a política aos políticos, teremos aquilo que merecemos. A pouca actividade dos docentes nestas "coisas" da política universitária entrega nas mãos dos profissionais da política (universitária) o destino de todos nós. A julgar pelos protestos dos últimos anos, não é esta política e este reitor e a sua equipa que a maioria quer. Mas é o que vão ter, por força da lei nos próximos dois anos, até o reitor cumprir o mandato, e posteriormente, através de uma actuação concertada no Conselho Geral, será a evolução na continuidade.
A não ser...
A não ser que se mobilizem duma vez por todas, e elejam um Conselho Geral alternatvo ao que apoia o reitor. Penso que o reitor não ficaria sequer para cumprir o mandato até ao fim se tivesse um Conselho Geral que lhe fizesse frente. Para já o seu plano para os seus dois anos de mandato poderia ser chumbado e teríamos um impasse..
Já chega de anos de prepotência com um reitor virado para dentro, sem contacto com os membros da "sua" Universidade, que retira verbas aos projectos sem consultar os responsáveis desses projectos, que nomeia um administrador da SAS que por sua vez directa ou indirectamente aterroriza os funcionários através do sistema introduzido por si de "picar o ponto" e controlou a UM-net através de moderadores que cortavam a torto e a direito muito ao jeito daquilo que muitos não conheceram (a censura do Estado Novo), que permite a promoção de funcionários sem currículum, alguns a chefes de secção, outros a assessores, e deixa outros apodrecerem através da aplicação desvirtuada das regras dos 5% de excelentes introduzida pelo iluminado Ministro Mariano Gago, que acaba com único jornal democrático da UM destituindo todos os seus membros e acarinha pasquins do género do UMDicas que ataca sem pudor o seu opositor nas últimas eleições, que..enfim haverá muito mais a dizer que podemos repescar dos últimos anos da sua governação e que outros sentiram mais na pele. Eu por mim não me queixo, uma vez que não posso dizer que me tenha afectado pessoalmente qualquer medida tomada por este reitor. Muitos dirão o mesmo. Aliás já aqui disse que o reitor está lá longe, como se fosse um general e é com os sargentos que quase todos lidam no dia a dia. Mas não trabalhamos para o bem comum? Ou é só o nosso sossego pessoal que interessa?
Houve com certeza muitas coisas que se fizeram, mau era, nomeadamente nas edificações imponentes que se construiram e que estão aí para todos verem.
Também no País se construíram muitas auto-estradas e em Braga muitos túneis, torres de apartamentos e centros comerciais. E o progresso visível. Mas e o invisível à primeira vista? O incentivo à colaboração com o exterior (já referi o desfalque nas verbas dos projectos..), um ambiente universitário de paz e tranquilidade, a motivação dos docentes e funcionários, de uma forma geral, um ambiente do qual nos orgulhemos e nos sintamos bem?
Ainda em relação a exerior, esperar-se-ia uma dinâmica diferente frente à fúria construtora da Câmara. Já que herdou a capitulação de anteriores reitores perante os interesses da Câmara e dos empreiteiros em relação ao espaço em frente ao Campus de Gualtar, a Quinta dos Peões, poderia ter insistido com a Câmara alternativas de espaços verdes para o campus. Em vez disso ensaiou uma liderança de Câmaras para a criação duma região do conhecimento, experiência megalómana da sua parte que falhou rotundamente.
Poderia ter dinamizado a discussão da ligação ferroviária entre as duas cidades onde se encontram os dois campi da UM, o de Braga e Guimarães, agora ainda mais relevante com o aumento do preço do petróleo, uma vez que, mérito seu, conseguiu sentar á mesma mesa os dois Presidentes das duas cidades, conhecidas pelo seu bairrismo...
Enfim, poderia mas não pôde..
É por tudo isto que a UM precisa da mobilização de todos os seus membros nos momentos decisivos que se aproximam para que a Universidade e até a cidade, passe a ter alguma esperança.
E nós, aqueles que não participaram na Assembleia Estatutária, que nenhuma influência tivemos na elaboração destes eatatutos, que fomos supostamente ouvidos através dum orgão que nos representa, o Senado, mas que a julgar pelas actas também não teve qualquer influência...Nós, pois temos que acreditar na boa fé e na boa vontade de quem elaborou os estatutos. Em boa verdade, já o fizemos no passado quando a Assembleia e o Senado eram formados por elementos eleitos por um sistema em que só votavam os que estavam mobilizados e os outros confiavam. Assim foi eleito o reitor actual e o anterior a este, ambos protagonistas na elaboração destes estatutos.
Por aqui se pode prever, mesmo sem ler os estatutos (que suponho que foi o que muitos fizeram quando receberam o e-mail, isto é, arqivaram-no para uma leitura posterior que nunca surgirá..)que teremos mais do mesmo. Mas leiam os estatutos nem que seja para verem as diferenças em relação aos anteriores estatutos. Pela minha parte ainda não vi diferenças fundamentais, mas fico a aguardar que outros as descubram. Há alguma diferenças no pormenor,por força do RJIES, como o número de membros de cada orgão, a eleição do reitor envolver elementos externos à Universidade. Mas será que estas diferenças por exemplo farão alguma diferença? Afinal consta que os elementos externos participam muito pouco nas votações e nesse caso o reitor será eleito principalmente pelos docentes como já o era, os membros exteriores eventalmente votarão de acordo com aqueles docentes qe os co-optaram...
Os orgãos, à parte o Conselho Geral que só se pronuncia uma ou duas vezes por ano, para aprovação de contas e da estratégia, são essencialmente os mesmos: Há um para a Gestão (antigo Conselho Administrativo), Um Conselho Científico, e acrescentou-se um Senado com comissões pedagógicas (antigo Conselho Académico). Onde estão as diferenças? Talvez a perda de representatividade dos não-docentes, e o aumento de poder dos estudantes, que penso que até estão no Conselho de Gestão (deve ser para garantir que recebam subsídios generosos para o enterro da gata e a semana do caloiro..). Os estudantes estão representados pela Associação e não por eleição directa como acontece com os outros representantes nos orgãos, nomeadamente os docentes. Porque será? Mistério..
Penso que daqui para a frente se continuarmos a entregar a política aos políticos, teremos aquilo que merecemos. A pouca actividade dos docentes nestas "coisas" da política universitária entrega nas mãos dos profissionais da política (universitária) o destino de todos nós. A julgar pelos protestos dos últimos anos, não é esta política e este reitor e a sua equipa que a maioria quer. Mas é o que vão ter, por força da lei nos próximos dois anos, até o reitor cumprir o mandato, e posteriormente, através de uma actuação concertada no Conselho Geral, será a evolução na continuidade.
A não ser...
A não ser que se mobilizem duma vez por todas, e elejam um Conselho Geral alternatvo ao que apoia o reitor. Penso que o reitor não ficaria sequer para cumprir o mandato até ao fim se tivesse um Conselho Geral que lhe fizesse frente. Para já o seu plano para os seus dois anos de mandato poderia ser chumbado e teríamos um impasse..
Já chega de anos de prepotência com um reitor virado para dentro, sem contacto com os membros da "sua" Universidade, que retira verbas aos projectos sem consultar os responsáveis desses projectos, que nomeia um administrador da SAS que por sua vez directa ou indirectamente aterroriza os funcionários através do sistema introduzido por si de "picar o ponto" e controlou a UM-net através de moderadores que cortavam a torto e a direito muito ao jeito daquilo que muitos não conheceram (a censura do Estado Novo), que permite a promoção de funcionários sem currículum, alguns a chefes de secção, outros a assessores, e deixa outros apodrecerem através da aplicação desvirtuada das regras dos 5% de excelentes introduzida pelo iluminado Ministro Mariano Gago, que acaba com único jornal democrático da UM destituindo todos os seus membros e acarinha pasquins do género do UMDicas que ataca sem pudor o seu opositor nas últimas eleições, que..enfim haverá muito mais a dizer que podemos repescar dos últimos anos da sua governação e que outros sentiram mais na pele. Eu por mim não me queixo, uma vez que não posso dizer que me tenha afectado pessoalmente qualquer medida tomada por este reitor. Muitos dirão o mesmo. Aliás já aqui disse que o reitor está lá longe, como se fosse um general e é com os sargentos que quase todos lidam no dia a dia. Mas não trabalhamos para o bem comum? Ou é só o nosso sossego pessoal que interessa?
Houve com certeza muitas coisas que se fizeram, mau era, nomeadamente nas edificações imponentes que se construiram e que estão aí para todos verem.
Também no País se construíram muitas auto-estradas e em Braga muitos túneis, torres de apartamentos e centros comerciais. E o progresso visível. Mas e o invisível à primeira vista? O incentivo à colaboração com o exterior (já referi o desfalque nas verbas dos projectos..), um ambiente universitário de paz e tranquilidade, a motivação dos docentes e funcionários, de uma forma geral, um ambiente do qual nos orgulhemos e nos sintamos bem?
Ainda em relação a exerior, esperar-se-ia uma dinâmica diferente frente à fúria construtora da Câmara. Já que herdou a capitulação de anteriores reitores perante os interesses da Câmara e dos empreiteiros em relação ao espaço em frente ao Campus de Gualtar, a Quinta dos Peões, poderia ter insistido com a Câmara alternativas de espaços verdes para o campus. Em vez disso ensaiou uma liderança de Câmaras para a criação duma região do conhecimento, experiência megalómana da sua parte que falhou rotundamente.
Poderia ter dinamizado a discussão da ligação ferroviária entre as duas cidades onde se encontram os dois campi da UM, o de Braga e Guimarães, agora ainda mais relevante com o aumento do preço do petróleo, uma vez que, mérito seu, conseguiu sentar á mesma mesa os dois Presidentes das duas cidades, conhecidas pelo seu bairrismo...
Enfim, poderia mas não pôde..
É por tudo isto que a UM precisa da mobilização de todos os seus membros nos momentos decisivos que se aproximam para que a Universidade e até a cidade, passe a ter alguma esperança.
sábado, junho 07, 2008
O Conselho Geral e o início da campanha pré-eleitoral
Longe do dia a dia da UM, numa conferência noutro continente, sou transportado de novo para a realidade dos estatutos, através duma nota publicada por um grupo de membros da Assembleia Estatutária, penso que conotados com a lista candidata A.
O que surpreende nesta nota, confusa e sem muito nexo, é o facto de não dizer nada!
Assim vai a UM...Esperemos que não dizendo nada os subscritores também não recebam nada. Esperemos então pelas eleições....para o Conselho Geral, que será o objectivo. Será este o pontapé de saída para as eleições? Aguardemos novos desenvolvimentos para confirmar(ou não)as nossas suspeitas.
O que surpreende nesta nota, confusa e sem muito nexo, é o facto de não dizer nada!
Assim vai a UM...Esperemos que não dizendo nada os subscritores também não recebam nada. Esperemos então pelas eleições....para o Conselho Geral, que será o objectivo. Será este o pontapé de saída para as eleições? Aguardemos novos desenvolvimentos para confirmar(ou não)as nossas suspeitas.
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